Entrevista

Entrevista com o BORN no V-ROCK FESTIVAL

18/02/2012 2012-02-18 00:01:00 JaME Autor: polina Tradução: Nana

Entrevista com o BORN no V-ROCK FESTIVAL

Antes de sua apresentação nos EUA, o BORN falou sobre as mudanças que a banda vem atravessando e mais.


© BORN - V-ROCK FESTIVAL
Após tocar um poderoso set no Rainbow Stage do mega evento V-ROCK FESTIVAL '11, a banda visual kei BORN sentou com o JaME para falar sobre seu progresso desde a última vez que nos encontramos, próximos lançamentos, os shows na América e mais.


O JaME teve a chance de entrevistar o BORN na América uma vez, então em vez de se apresentarem, vocês pode apresentar o membro ao seu lado com um fato interessante?

K: À primeira vista, o guitarrista Ray parece legal, ele fala muito e é divertido. (risos) Por exemplo, durante os shows, ele diz coisas engraçadas nos MCs, ele é o líder da banda e quem controla o humor.

Ray: Eu gosto de piadas americanas.

KIFUMI: Ele se apresentou. (risos)

Ray: (para K) Ei, me apresente!

K: Ele é um líder KY ("KY" significa que alguém age inapropriadamente em situações onde o comportamento apropriado deveria ser óbvio para o contexto). (risos)

Ray: Eu vou apresentar o baixista KIFUMI. Bem, ele é como parece, um pouco desobediente, e também malcriado no interior; ele é uma criança. Você também pode ver isso no palco — antes de saber disso, ele está girando na horizontal e na vertical. Eu acho que ele é alguém que não esqueceu o que é ser um garoto de uma forma boa. Ele é um baixista teimoso que está sempre correndo pelo palco como um pequeno animal. Eu quero que ele continue assim sempre.

KIFUMI: Eu vou apresentar o TOMO. Nós temos estado juntos com esses membros por muitos anos, mas o TOMO tem recentemente pensado sobre a banda, tanto que chegamos a ver seu senso comum e seus aspectos adultos. Mas para mim, isso não é muito divertido. Antes, ele costumava a ser um anarquista e um cara bastante perigoso que você nunca sabia o que ia fazer. Agora, nós estamos indo para a América, ser então tocados por um ar de liberdade, eu quero que ele volte aos seus riscos, às suas expressões loucas. Lembre TOMO, como você era naquela época!

TOMO: Eu vou apresentar o vocalista Ryoga. Geralmente, ele é um cara que você nunca vai saber sobre o que ele está pensando. E quando ele fica no palco, você continua sem poder entendê-lo. (risos) Eu acho que o fato de você nunca saber o que ele vai fazer no final é parte do que é fascinante sobre ele, assim como seu demérito. Eu acho que isso é tudo o que eu posso dizer abertamente. (risos)

Ryoga: O guitarrista K é muito sério e, recentemente, ele tem tentado o seu melhor para se tornar um adulto. Mas ele tropeça e escorrega às vezes, e isso é encantadoramente irritante. (risos)

A última vez que falamos com vocês foi há dois anos. Vocês podem nos contar o que mudou para o BORN desde então?

Ray: Primeiramente, uma grande coisa foi que nos juntamos a um selo. Quando nós ainda éramos independentes, nós viemos juntos para uma reunião e, na verdade, era uma conversa de separação. Naquela época, quando estávamos todos pensando seriamente sobre o que fazer a partir de então, nós fomos nos aproximando da produção que temos agora, e pudemos nos tornar o que somos agora. Isso foi uma grande coisa. Estávamos prestes a terminar, mas agora ainda podemos continuar.

Ryoga: O BORN estava prestes a terminar, mas fizemos um novo começo. Quando estávamos ativos por nossa conta, nós não ouvíamos as opiniões a nossa volta. Nós apenas fazíamos o que queríamos e estávamos simplesmente seguindo em frente. Mas agora, estando envolvidos com muitos profissionais diferentes, recebemos opiniões de diferentes pessoas, e de uma boa forma o BORN pode carregar uma parte disso no nosso âmago, e ao mesmo tempo, o nosso horizonte musical está aumentando. Entretanto, a partir de agora nós também vamos continuar a seguir em frente, sem esquecer a anarquia, o espírito afiado que forma a nossa base.

Como foi o show hoje?

Ryoga: Hoje houve muitos pontos a se refletir. Esta foi a nossa primeira vez nesse tipo de ambiente! Eu me senti como em um one-man, mas foi como começar um festival. Lá estavam muitos grandes senpais tocando hoje, mas nós pudemos fazer um show que foi bagunçado e muito no estilo do BORN.

TOMO: No começo eu estava nervoso, porque essa foi a primeira vez que participei de um evento tão grande. Mas no momento em que eu subi no palco e fomos “bam!”, foi muito divertido.

KIFUMI: Eu lembro a época quando a banda foi formada, a primeira vez quando tivemos essa atitude de afronta. Quando eu vi o público, eu pensei que se lá havia aquelas tantas pessoas, deviam ter muitas que nunca viram o BORN antes, e isso me excitou.

Ryoga: Sim, foi ótimo ver como a tensão do fundo do salão também começou a aumentar gradualmente.

K: Conforme as músicas seguiam, nós podíamos ver as pessoas erguendo as mãos gradualmente no fundo. Isso pareceu ótimo.

BORN: Envolver pessoas que não nos conheciam e ver pessoas começarem a se mover com a nossa música gradualmente foi interessante e me senti bem.

Ray: Todos estavam tão excitados, mas eu me senti mais feliz do que se pudéssemos fazer um verdadeiro show do BORN. Outras bandas têm suas próprias cores, mas, além disso, mesmo que o ambiente fosse diferente do normal, se pudéssemos mostrar nossas próprias características, se pudéssemos transmiti-las, isso se ligou a um bom resultado. Lá há pessoas que gostam de bandas diferentes, e como um resultado do show de hoje, pessoas que pensaram “Eu gosto do BORN” estão relacionadas com nossas futuras atividades.

Lá não há só japoneses, mas também bandas estrangeiras que se apresentaram neste festival. Vocês acham que o visual kei é um gênero apenas japonês? Como vocês se sentem sobre bandas visual kei estrangeiras?

Ryoga: Para ser honesto, eu sinto que o visual kei é mais forte no Japão. Eu estou orgulhoso disso. O visual kei japonês é ativo e também difunde para o exterior. E eu acho que aqui há muitas bandas que são influenciadas por ele. Quando eu vejo o número dessas bandas aumentando recentemente, eu me sinto orgulhoso do Japão.

Ray: Isso é simplesmente interessante. Como Ryoga disse, isso é uma coisa japonesa que está sendo difundida do exterior. Lá também há bandas que originalmente já usavam maquiagem, e é interessante poder participar de um evento juntos. Eu acho que é bom não apenas para o Japão, mas nós podemos fazer todos juntos.

Que tipo de música influencia vocês?

Ryoga: Tem muitas! Bem, artistas estrangeiros como Marilyn Manson e assim por diante. Eu acho que todo mundo tem influências próprias.

Ray: Eu gosto de KoЯn.

TOMO: Eu gosto de Slipknot.

KIFUMI: Eu fui influenciado por muitas coisas, de música pesada estrangeira ao J-pop, que tem belas melodias.

K: Há muitas bandas que me influenciaram no exterior como The Offspring e bandas de rock como Guns N' Roses. Eles também estão nas raízes do BORN.

Ryoga: Primeiro — esta é a minha própria interpretação, mas que — nós estávamos pensando em fazer a banda em algo como Foreign Tarento (artistas estrangeiros ativos primariamente no Japão), uma banda visual kei que teria herdado o frescor da música estrangeira. Artistas que nos influenciaram, como Marilyn Manson — eu também gosto de Rammstein — não são meia-boca, eles dão o seu melhor durante suas apresentações. Isso é que é legal neles e eu quase penso “Eles não são mesmo loucos?” Nós pensamos que queremos transmitir o mesmo espírito em nossos shows. Eu acho que esse foi o incentivo para fazer músicas pesadas como base.

Em 7 de dezembro, vocês lançarão seu novo single ProudiA. Qual o conceito desse lançamento?

Ryoga: Primeiro, Ray escreveu essa música. Ela é realmente boa. Pela primeira vez, há muito piano nela, e a ideia de “Nós queremos lançar uma balada como single um dia” nasceu. Isso foi, na verdade, há muito tempo, cerca de um ano atrás. É uma canção genuinamente boa, e queremos enfatizar isso como o BORN.

K: A canção ProudiA se tornou a A-side, e nós balanceamos isso com uma segunda música que colocamos no single, fazendo isso dentro de um conceito.

Para os fãs que não entendem japonês, podem nos contar sobre o tema das letras?

Ryoga: Simplificando, é sobre amor não correspondido.

TOMO: (em inglês) Coração partido. (risos)

Ryoga: (em inglês) Coração partido.

Uma das versões do lançamento contém um PV. Como foram as filmagens?

Ray: Esta foi a primeira vez que fizemos um PV em uma igreja. Geralmente não vamos a lugares como esse, então isso foi muito novo. Nós nunca vamos a essas construções, então de várias formas isso foi muito divertido. “Ah, aqui há coisas como esta”. Eu pessoalmente gosto de vitrais, então foi muito excitante.

KIFUMI: Normalmente, o BORN não lança singles com baladas como A-sides. Então, até agora com músicas pesadas, nós apenas tocamos com a disposição usual como em shows e um PV seria filmado dessa forma. Mas desta vez com uma música onde cantamos tão enfatizada, tivemos que apelar para os fãs através dos nossos movimentos e trazer a nossa visão do mundo, que era muito difícil. Foi um trabalho duro.

No ano que vem, em fevereiro, vocês estarão fazendo one-mans de dois dias. Cada um deles tem um tema ou conceito diferente?

Ryoga: Uma vez que temos dois dias, queremos enfatizar toda a atratividade do BORN sem deixar nada de fora. Até agora, nós nunca fizemos one-mans de dois dias consecutivos, então definitivamente faremos o primeiro e o segundo dia completamente diferentes. É o que eu vou dizer agora.

Vocês se apresentaram na América, por exemplo, em 2009. Como foi isso?

K: Quando todos pulamos do palco. (risos)

Ryoga: Quando todos pulamos do palco. Cada vez que vamos lá, os fãs são descontroladamente entusiasmados. Eu acho que lá há muitas pessoas que não conhecem o BORN, mas eles participam de qualquer forma, e eles possuem um sentimento forte de querer curtir a música. Os fãs japoneses são relativamente tímidos. Os fãs estrangeiros são tão ousados, e eles tentam ficar cada vez mais perto da frente. Então, nós também, sem reservas, nós pudemos pular do palco e assim por diante. Os sentimentos calorosos dos fãs estrangeiros aumentam muito a nossa tensão.

Vocês voltarão à América no mês que vem. O que vocês esperam dessa viagem?

K: Estamos ansiosos por isso.

Ray: O calor, o comportamento diferente no show, suas vozes que sentimos quando vamos à América, eu quero senti-las novamente depois de um longo tempo.

TOMO: Nas casas de show japonesas, há certas regras implícitas. É como se isso não importasse em todo o exterior e eles vão com todo o seu poder. Às vezes, quando queríamos que o público ouvisse silenciosamente a nossa música, eles gritariam “Boah!”, o que acho interessante. O fato de não sabermos o que esperar do público de lá é realmente interessante.

Há um lugar na América que vocês gostariam de ir? Ou algo que gostariam de experimentar?

KIFUMI: Eu quero comprar muitos instrumentos. Eu aposto que lá tem muitos instrumentos que não conseguimos aqui. Eu também quero sair e olhar em volta, mas nunca temos tempo e sempre estamos ocupados.

Ryoga: Eu quero ir a Nova Iorque. Eu quero ir à Nova Iorque e fazer um show e uma casa de shows lá. Isso é porque tinha um filme antigamente —eu não lembro que filme era — que tinha uma banda se apresentando em Nova Iorque, e depois de ver isso, que percebi que “Rock é igual à Nova Iorque”. Por isso eu tenho esse desejo. Mas é claro que o lugar que eu mais quero é Virginia. (risos)

TOMO: Estamos indo para Virginia, mas eu quero ir para Las Vegas. (risos)

BORN: O que você está dizendo? Você deveria dizer onde quer fazer shows, não onde quer jogar. Você está em uma banda (risos)

Ray: Eu quero comprar equipamentos.

K: Hoje nos apresentamos no V-ROCK FESTIVAL, e também nos apresentaremos em um festival na América. Eu imagino como isso vai ser...

Ryoga: Nós queremos nos apresentar mais em festivais na América. O tipo do corpo dos estrangeiros é maior do que o nosso, certo? Podemos ser esbeltos, mas isso não importa. (risos) Vamos nos apresentar com nossas almas.

Onde vocês gostariam de ir, além da América?

Ray: Eu quero ir para a França, para a Europa. As ruas são lindas lá.

KIFUMI: Eu quero ir a Dubai.

Ryoga: Eu também, quero ir a Dubai.

BORN: Por que Dubai?

KIFUMI: A economia de Dubai está melhorando, mas recentemente, eles estão em um período de estagnação. Eu acho que se trouxermos um pouco da energia do BORN para lá, isso pode resultar em um crescimento econômico secundário. (risos)

BORN: E TOMO? Você queria ir à Tailândia? (risos)

TOMO: Eu quero ir para a Ásia, tipo o Vietnã. Aparentemente, meu rosto é bem recebido na Ásia. (risos)

Por favor, nos falem sobre os planos do BORN para daqui pra frente.

Ryoga: Em 1º de fevereiro do ano que vem, lançaremos um álbum. Ainda não lançamos um álbum, e expressamos todos os aspectos saborosos do BORN, sem deixar nada de fora, então gostaríamos que esperassem ansiosamente por isso. Nosso sonho é poder competir em termos iguais com todos os tipos de bandas de todo o mundo.

Finalmente, por favor, deixem para os nossos leitores uma mensagem.

K: De agora em diante continuaremos com nossa expansão no exterior, então, por favor, experimentem a música do BORN!

Ray: Nós pedimos pelo seu apoio quando tivermos a chance de ir novamente para o exterior.

KIFUMI: Essa é a nossa quarta vez na América, então eu já sinto como se fosse meu jardim de casa. (risos) Por favor, esperem ansiosamente por isso.

TOMO: Quando tivermos uma chance, gostaríamos de progredir não só para a América, mas para outros lugares no exterior, então eu peço pelo seu apoio.

Ryoga: Incluindo a América, nós queremos poder ir para o exterior constantemente, então vocês também, por favor, venham para o Japão e frequentem nossos shows.


O JaME gostaria de agradecer ao V-ROCK FESTIVAL '11 e à produção da banda por tornar esta entrevista possível, assim como à Non-Non por ajudar com a transcrição.
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