Entrevista

Entrevista com Kiwamu do BLOOD

13/01/2012 2012-01-13 00:01:00 JaME Autor: JaME Poland Tradução: Shin

Entrevista com Kiwamu do BLOOD

Um mês depois da estreia americana do BLOOD revivido, seu líder, Kiwamu, agraciou o JaME com uma entrevista sobre a nova formação.


© BLOOD - Starwave Records
Com esta entrevista, o JaME está introduzindo uma série de entrevistas com artistas selecionados da Starwave Records e Darkwave Labyrinth, dois selos mantidos por Kiwamu, conhecido como líder do BLOOD. Nós começamos a série com uma entrevista com o dono do selo, Kiwamu. Ele nos dedicou um pouco de seu tempo para responder à perguntas sobre sua banda recentemente retomada, seu novo single lançado e o cenário visual kei.


Por que você decidiu retomar o BLODD?

Kiwamu: Depois que o BLOOD parou as suas atividades em 2009, eu foquei no GPKISM. Eu já tinha começado o GPKISM em 2007, mas eu não consegui as boas reações que eu queria. Claro que, quando o <>GPKISM foi para países estrangeiros, lá havia muitas pessoas que foram para o show. Mas era o mesmo com o BLOOD, eu já tinha feito aquilo com o BLOOD. E quase a fanbase completa do GPKISM era a fanbase do BLOOD. O GPKISM era como uma versão pequena do BLOOD. Por um ano, eu marquei vários shows no Japão para o GPKISM, mas a reação não foi boa. Então, decidi recomeçar o BLOOD com novos membros na banda. Estava trabalhando em meu selo, então há muitos músicos a minha volta. Perguntei ao Hayato e ao Dora sobre o BLOOD e suas respostas foram "Ok!". Foi um novo começo.

Qual a diferença entre o atual BLOOD comparado ao BLOOD de alguns anos atrás? Como você quer ser percebido desde a volta do BLOOD?

Kiwamu: Acho que a parte mais diferente é a apresentação ao vivo. Do primeiro ao terceiro período, nós pensamos muito sobre a gravação. Fu-ki, o terceiro vocalista, gostava especialmente de gravar. Mas nosso novo vocalista, Hayato adora fazer shows, então sempre pensamos sobre a apresentação ao vivo. E o quarto período do BLOOD tem um baterista de verdade, Dora. Dora faz sua batida - não é uma batida industrial, mas uma real. Por causa disso, o som do BLOOD se tornou mais animado.

O que o BLOOD significa para você?

Kiwamu: É a base do meu tudo. Sem o BLOOD, eu não teria criado os selos Starwave Records e Darkest Labyrinth. Sem o BLOOD, eu não teria feito turnês por países estrangeiros, eu não teria lançado tantos CDs e não teria vendido 23.000 CDs. E graças a essas atividades, eu fiz muitos amigos pelo mundo.

Como você conheceu os atuais membros do BLOOD, Hayato, Azami, Kazuha e Dora? Por que você escolheu trazê-los para a banda?

Kiwamu: O baterista Dora era baterista de apoio do GPKISM no Japão e foi fácil pedir a ele para ser membro do BLOOD. Hayato era um vocalista disponível perto de mim. Às vezes, ele ensinou ao GPK o que um show era. Eu pensei que se eu quisesse fazer um show bom, eu precisava ter o Hayato no BLOOD. Kazuha foi nosso guitarrista de apoio a princípio, apresentado por Hayato. As habilidades dele na guitarra são básicas agora, mas ele tem talento.

Você planeja se envolver em projetos paralelos como o GPKISM de novo ou você quer focar apenas no BLOOD?

Kiwamu: Muitas pessoas entendem mal a minha situação. Eu não disse "Eu deixei o GPKISM", certo? Em 2007, eu fiz muitas coisas pelo BLOOD, mas também havia muito tempo livre porque eu não tinha as atividades do selo. Então eu decidi começar o projeto paralelo GPKISM com o GPK. Mas o GPKISM é um projeto do GPK, ele precisa continuá-lo sem o meu poder. Desde 2009, eu criei muitas canções e letras para o GPKISM, marquei muitos shows e procurei por fundos para o GPKISM. Porque isso parece tipo KIWAMUISM, não é bom para o GPKISM já que esse deveria ser o projeto principal dele. Então, depois do segundo álbum lançado, eu dei a ele a iniciativa. Se o GPK fizer suas músicas, o GPKISM vai lançar um novo CD. Se o GPK marcar uma turnê, o GPKISM irá em uma turnê. Se o GPK achar fundos para o GPKISM, ele pode organizar boas atividades. Consegue entender isso? Se eu fizer tudo como fiz entre 2008 e 2010, não é GPKISM. GPK tem seu próprio ritmo, mas tem um bom senso musical. Espero que ele faça algo no futuro. Atualmente, tenho muitas coisas a fazer pelo BLOOD. Por enquanto, eu quero empurrar as atividades do BLOOD por mim mesmo.

No passado, havia elementos industrial e outros de hard rock na música do BLOOD. Que tipo de música inspira você agora?

Kiwamu: Eu escrevo todas as ideias das canções por mim mesmo no quarto período. De fato, estava cansado da música industrial de 2010. Eu escutei muita música industrial durante aquele anos, mas não consegui inspiração desse tipo de música. Agora, consigo muita inspiração do som da banda. Então, o novo som do BLOOD será mais tipo banda do que no terceiro período. Para a música do quarto período, os outros membros me dão suas ideias para o show. Nós sempre pensamos sobre o show antes.

O que fez você decidir usar Elizabeth Bathory como sua inspiração para o novo conceito?

Kiwamu: Em 2005, depois do lançamento do terceiro álbum do BLOOD, eu queria usar Elizabeth Bathory como conceito. Mas o conceito do terceiro álbum era Vampiros, então era similar. O vocalista disse "Quero usar outra ideia". Então não pude usar aquilo para o BLOOD. E, em 2008, depois do GPKISM lançar o primeiro álbum, GPK não conseguia criar canções por um tempo. Ele usou todas as suas ideias para o primeiro álbum. Então, eu trouxe a ideia da Elizabeth Bathory para o GPKISM e escrevi muitas letras e músicas por mim mesmo. Não sou muito familiarizado com escrever letras, mas escrevi muitas mesmo assim. De 2010, GPKISM tocou minhas canções Elizabeth e Bathory durante shows. Mas GPK é um artista de estúdio, não um artista de show, então não consegui a reação que eu queria. No final de 2010, decidi recomeçar o BLOOD. Queria usar Elizabeth e Bathory. Então, BLOOD tem o mesmo conceito para essas canções. Mas não tem muito significado porque eu escrevi essas canções em algum momento em 2010.

Você procura especificamente por motivos ou inspirações particulares? Você faz alguma pesquisa para descobrir tópicos interessantes? Ou é uma parte do seu hobby e você já possui o conhecimento desses tópicos, então você apenas os usa no seu trabalho?

Kiwamu: Todos os membros sempre pegam inspirações de sua vida e suas experiências. Crescendo passo a passo. Claro, eles vão conseguir algumas inspirações de shows e experiências de gravação. Então, eles vão achar suas ideias para a banda e canções.

Há algo que você gostaria de compartilhar conosco sobre novo maxi-single de vocês, Elizabeth?

Kiwamu: Neste single, há três músicas. A primeira é Elizabeth. Escrevi essa música quando estava no GPKISM. A princípio, essa música tinha uma parte mais estética. Mas quando tocamos essa música ao vivo, ela se tornou uma canção mais violenta. A segunda canção é Fake and Fake. Escrevi essa música após um show do quarto período do BLOOD. Dora e os outros membros me deram muitas ideias para essa música, então ela se tornou mais agressiva. A terceira é Sweetest Disease. Essa é uma canção do segundo período. Desde o primeiro show do quarto período do BLOOD, nós temos sempre tocado essa música. Então, nós decidimos gravar essa música de novo. A afinação é bem mais baixa e o som se tornou mais pesado.

Em sua entrevista para o JaME em 2009, você disse que tinha decido não fazer shows no Japão porque o público japonês não o apoiava. Contudo, depois de sua volta, vocês fizeram vários shows no Japão, então qual a situação com o público japonês agora?

Kiwamu: Acho que "você decidiu não fazer shows no Japão" foi para a última turnê do BLOOD. Durante os oitos anos de atividade do BLOOD, os fãs americanos e mexicanos apoiaram muito o BLOOD. Então, eu decidir ir para esses países, mas eu não via a imagem de nós tocando no Japão naquela época, foi por isso que disse isso. Em 2010, eu comecei a Starwave Record como meu selo. Todas as bandas tocavam no Japão. Agora os artistas do meu selo vão para outras cidades também, então BLOOD decidiu tocar no mercado japonês também.

Você planeja continuar sua atividade em shows no exterior, como nos anos anteriores?

Kiwamu: Este ano, marquei shows no Canada e nos EUA. Depois de anunciada essa turnê, recebi ofertas de outros países, então talvez nós iremos a outros países. Mas nós ainda não sabemos sobre isso.

Para esses shows no exterior que estão chegando no Canada e nos EUA, quais são as suas expectativas?

Kiwamu: Para mim, uma turnê no exterior é algo bem normal. Farei o meu melhor em qualquer show. Mas se alguém tirar uma foto nossa sem nossa permissão, eu vou bater no rosto dessa pessoa.

Você acha que nos tempos modernos Ameblo, Twitter, Facebook e outras rede sociais são importantes "acessórios" para músicos/artistas?

Kiwamu: Para promover a banda, esse tipo de serviço da rede social é muito importante. Especialmente o Ameblo já que é um blog oficial para entretenimento. É muito importante para nós promover a banda.

Do seu ponto de vista, como membro de uma banda e dono de um selo, quão importante é o uso da internet para você?

Kiwamu: Por exemplo, quando eu uso o serviço de redes sociais, eu recebo vários emails de fãs. Mas nos emails dos fãs, há pessoas que querem receber uma resposta do artista. Mas eu não respondo a eles porque os artistas devem mostrar sua gratidão aos fãs em suas canções e em seus shows. Não devemos mandar uma mensagem pessoal para cada fã. Se tivéssemos esse tempo, deveríamos usá-lo para produzir mais bons trabalhos em vez disso. Perto de mim, há um artista estúpido que sempre conversa com os fãs. É a coisa mais tola que um artista pode fazer.

Kiwamu, por vários anos, você disse em entrevistas que o atual cenário visual kei é cheio de bandas chatas e estereotipadas, que são cópias do mesmo estilo e que vão acabar logo, mas recentemente você mencionou que você também achou bons aspectos no visual kei. O que você acha que é a vantagem do visual kei? O que, na sua opinião, deveria ser feito para melhorar o estilo?

Kiwamu: Quando eu trabalhei para o cenário gótico no Japão, percebi a mesma situação. Mas no cenário visual kei, notei que há poucas bandas boas que tem a sua própria identidade. Então, decidi voltar ao cenário visual kei. Outra razão foi que alguns artistas visual kei me perguntaram sobre um selo visual kei. Foi outra razão para mim. Para eles, eu precisei trabalhar em um selo visual kei.

Você não só escreve música, como também grava, faz o design de capas de CD, cria websites, vídeos promocionais e até administra o seu próprio selo. Qual dessas atividades é a mais desafiadora para você? Qual você acha que é o seu maior feito?

Kiwamu: Hummm, essa é uma pergunta interessante. Faço muitas coisas. De fato, no cenário independente, guardar dinheiro é algo muito importante. Então aprendi muitas coisas por mim mesmo. Para mim, editar vídeo e web design foram realizações. Sou um designer gráfico profissional, mas esses dois trabalhos não são a minha especialidade. Alguns artistas são mentirosos. Eles sempre dizem mentiras como "Sou um designer gráfico" ou "Sou um designer de moda" para fazer com que pareçam maiores do que realmente são. Mas não é verdade. Se eles não fizerem essas coisas por si mesmos, fãs vão notar a real situação. Acho que os artistas de verdade não mentirão. Se há um artista de estilo próprio próximo a você, dê uma olhada no trabalho dele. "Fez isso sozinho?" Às vezes, a mãe dele faz a roupa dele. Mas ele diz "Eu fiz isso. Sou um design de moda" Muito engraçado, né? De qualquer forma, em meu perfil, não há mentiras.

Em uma de suas entrevistas você disse que "gosta de estar ocupado". Há algo em especial que você está fazendo agora que talvez você gostasse de compartilhar conosco?

Kiwamu: Agora, há vinte artista nos meus selos. Todo dia, há muitas muitas coisas que preciso fazer. Mas gosto da situação. Para os artistas do selo, posso usar meu tempo e minha habilidade. Trabalho em minhas tarefas todos os dias, exceto quando estou dormindo ou comendo.

No próximo ano, BLOOD vai celebrar seu décimo aniversário. Você já planejou algo especial para a ocasião?

Kiwamu: Para mim é o décimo aniversário, mas para os outros membros, foi apenas um ano. Na minha mente, o quarto período do BLOOD é uma nova banda. Vou curtir o primeiro aniversário como novo membro do BLOOD.

Por favor, deixe sua mensagem para todos os fãs pelo mundo.

Kiwamu: Obrigado por essa ótima entrevista. O entrevistador pesquisou muito sobre o BLOOD, então as perguntas eram boas. De qualquer forma, BLOOD lançará seu segundo single como quarto período da banda e irá para o Canadá e para os EUA. Espero que todos possam aproveitar a nova formação. Nós também recebemos ofertas de promoters europeus. Se pudermos ir para a Europa de novo, seria muito bom. Vejo todos no nosso show!

O JaME Polonês gostaria de agradecer a Kiwamu por seu tempo e paciência e Inka por sua assistência.

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