Especial

Segunda parte do Perfil do Fã de Jmusic no Brasil

20/06/2006 2006-06-20 12:00:00 JaME Autor: Xper

Segunda parte do Perfil do Fã de Jmusic no Brasil

Duas matérias exclusivas relatando um pouco da história e do que pensam.

A terceira pergunta feita tinha o intuito de constatar se os focos são mesmo os de sempre ou se hoje em dia já existem novos lugares onde os fãs se encontram e se conhecem!

3. Hoje em dia, onde vocês se reúnem com os outros fãs? E como os conhecem?

Sem ter uma sequer perspectiva de uma entrada oficial dos selos japoneses em nossas terras, a internet continua e continuará sendo o maior ponto de encontro para os fãs, onde a troca de material é essencial para que todos tenham acesso pleno ao cenário. Isto acontece, basicamente, pela dificuldade (para não dizer total abstinência de conteúdo) em se encontrar material nas mídias convencionais.
Como o primeiro contato da grande maioria foi nos animes, os eventos que tratam do gênero ainda são os pontos de encontro mais fortes para os que querem se socializar, contando ainda com lugares públicos, como a Liberdade (bairro japonês em São Paulo), que oferecem um pequeno acesso a produtos importados. Os que não freqüentam tais lugares, muitas vezes, não têm contato quase algum com outros fãs e nem demonstram muito empenho em modificar isto.



Na quarta pergunta queríamos tentar levar o fã a se abstrair e enxergar “por fora” o público, dando uma opinião de quem estaria em um show.

4. Se hoje uma banda ou artista viesse ao Brasil, realizar um show fora de eventos de anime, qual seria, em sua opinião, o perfil da platéia?

A maioria das pessoas acredita que só os fãs “hardcore” compareceriam em um show desses. Alguns ainda acreditariam que o público estaria tomado por fãs de anime e tokusatsu, e que poucas pessoas de fora deste meio se interessariam. Porém todos ainda mantém a esperança de que isto irá acontecer cedo ou tarde, por parte de alguma produtora fora de eventos de anime.
A surpresa vem de muitas pessoas que responderam a enquete, que demonstram a vontade em participar de uma atração assim, mas que não crêem que seja possível realiza-la, pela limitação de público, onde os próprios interessados se colocam como pessoas que dificilmente compareceriam.



A quinta pergunta tentava enxergar o que o público achava das pessoas que compartilham o mesmo gosto que o seu. Para mapear o relacionamento entre estes adeptos.

5. Dentro da música japonesa, qual sua área de maior interesse? Jrock, Jpop, Visual Kei, algum outro ou todos estes? E o que acha dos fãs que compartilham o mesmo interesse?

Os entrevistados em sua maioria dizem apreciar a música japonesa em geral.
Quem aprecia mais o Jpop normalmente se agrada com certas bandas de Jrock e inclusive algumas de Visual Kei. Quem conhece Jrock, nem sempre gosta de tudo que há no VK e normalmente gosta de algumas outras bandas de Jpop e poraí vai.
Aquela rivalidade que existia, onde o fã de J-Pop é somente fã de Pop e o fã de VK não poderia gostar de Pop, pois iria contra as normas de conduta de um “true fan”, parecem estar diminuindo, onde os fãs abriram a cabeça para a música em geral.

Porém ainda assim poucas pessoas, dentre os entrevistados, demonstraram realmente apreciar outros gêneros não listados, como o enka, o indie, o punk, o ska, e outros. Possivelmente pela dificuldade de acesso a material do gênero acreditamos.

O que gerou certa ironia foi a última parte da pergunta. Por um lado muitas pessoas que gostam do estilo, freqüentam eventos, sabem que existem pessoas que gostam e que freqüentam sites sobre o assunto, mas não se reúnem e nem procuram se envolver com os outros adeptos. Para estas, aparentemente, pouco importa o perfil deste fã, mas sim que seu estilo prospere.
Houve, porém, duas linhas de respostas irônicas. Por um lado um grupo dizia que boa parte dos fãs são de péssimo caráter, que são uma influência ruim para o estilo se disseminar e que sua “otakalidade” é prejudicial. Por outro lado houveram muitos que diziam que existem fãs bitolados demais e preconceituosos, que não ajudam em nada a disseminação do estilo.

Bem, se dependermos de ambos estes grupos nunca seremos capaz de nos organizar a ponto de tomar qualquer iniciativa.
Em qualquer estilo, a nosso ver, existem os adeptos mais antigos que já entenderam por completo o estilo e que se apegaram aos ideais com mais firmeza, e também existem os fãs que apenas estão descobrindo agora o estilo.

Não somos a favor, e nem nunca seremos, da completa ignorância que vem tomando conta da internet, muito menos dos erros horrendos de português e ainda menos da alienação. Porém devemos todos dar valor ao adepto em geral, mesmo os que ainda não são tão “cools” que nem vocês. Pois se nossa equipe for fazer uma pesquisa pela internet vai encontrar muita tosqueira feita e relatada por fãs antigos enquanto ainda eram “newbies”. : ]



A pergunta 6 e 7 tinham apenas como objetivo constatar bandas e estilos proeminentes.

6. Quais suas bandas (até 5) e/ou estilos musicais prediletos (dentro da musica japonesa)?

7. Você escuta quais outros tipos de música?


Em geral as bandas mais populares se reafirmaram como as mais escutadas: Larc~en~ciel, Dir en grey, X-Japan, Janne Da arc, BoA, The Pillows, Luna Sea, Malice Mizer, Utada Hikaru....

E em geral os estilos prediletos dos entrevistados variou entre o Metal, o Rock internacional, o Pop mainstream, o Indie e aspirantes e ainda bandas alternativas em geral.

Vê-se que já há uma certa unidade, se relevado o estilo musical predileto da maioria, quase podendo-se unir em um único grande grupo todos os adeptos, onde o gosto em geral já seria um tanto semelhante.


A última pergunta queria confirmar uma visão que temos tido quanto a enorme propagação do estilo.

8. O que acha da propagação do estilo atualmente no Brasil? e no mundo?

Como esperado muitos se mostraram surpresos com a tamanha disseminação que vem ocorrendo. Existem, a cada novo dia, mais pessoas randômicas surgindo em fóruns de discussão, comunidades sobre o assunto, em eventos e até em bairros como a liberdade. Grupos de pessoas que conheceram e se tornaram fãs nos últimos anos e que vêm mostrando a cara agora.
Ainda vê-se que muitos não se desprenderam dos eventos ainda, levando em consideração uma música primariamente pela anime que ela representa. Porém são todos suscetíveis a se tornarem novos adeptos em algum tempo. Todos são possíveis pagantes na hora de um show e são platéia para o caso de uma banda resolver dar as caras em nossas terras.

Como vocês podem ver em nosso portal, a disseminação da música japonesa pelo mundo vem ocorrendo em larga escala. As bandas se apresentam cada vez mais perto e cada vez mais delas lançam produtos numa escala mundial.
Quanto tempo falta para isso chegar ao Brasil? Por quanto tempo continuaremos sendo um país retardado quando a estas investidas? Ainda falta quanto tempo para que as pessoas se conscientizem que podem ser canais diretos para ajudar o estilo a crescer?

Bom. Estamos fazendo nossa parte. Uni-vos fãs. Se todos forem chatos o suficiente logo teremos um cenário decente, e nunca mais iremos invejar os europeus, americanos e nem os mexicanos!
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