Especial

Globalizando o Visual Kei: Trechos de Entrevistas com Músicos

13/08/2011 2011-08-13 03:00:00 JaME Autor: Meg Pfeifle (Phelan) Tradução: Nana

Globalizando o Visual Kei: Trechos de Entrevistas com Músicos

Junte-se a nós no sexto artigo da série virtual Globalizando o Visual Kei enquanto o JaME aprende sobre as experiências dos músicos que trabalharam tanto com a cena, quanto com membros de bandas visual kei.


© Lydia Michalitsianos
Durante o processo de pesquisa desta série virtual, eu tive a oportunidade de entrevistar diversos músicos que tiveram a experiência de trabalhar em bandas visual ou ao lado de músicos que se aventuraram na cena. Os trechos a seguir são dessas entrevistas.

Kaytea Miyagi



Kaytea Miyagi, uma baixista que se apresentou tanto nos Estados Unidos quanto no Japão por muitos anos, experimentou o visual kei de primeira mão durante o tempo que passou na moko. Após seu trabalho com a banda, ela continuou a escrever letras para outras bandas japonesas, bem como se apresentou na banda de rock yankee de Tóquio, 4649 (yoroshiku).


Por que o visual kei é geralmente descrito de uma perspectiva negativa na sociedade japonesa?

Kaytea: Mesmo que isso seja uma pura especulação da minha parte, eu acho que muito disso se origina do fato de que o visual kei é apenas isso: visual. Como um gênero, a música não é o seu foco principal, e eu acho que para um conhecedor “real” da música, é apenas um monte de caras usando maquiagem e que não colocam a música em primeiro lugar, apesar de muitas bandas visuais serem treinadas musicalmente. Da mesma forma que grupos de ídolos vendem baseados em suas aparências mais do que em suas habilidades vocais, eu acho que o visual kei é julgado da mesma forma. Eu acho que o visual kei é mais visto como um gênero musical em transição, onde é normal garotas entre 13 e 20 anos gostarem, mas que quando se tornam adultas, muitas irão se “graduar” e mudar para um gênero mais apropriado.

Quando você acha que o visual kei evoluiu para a era neo-visual?

Kaytea: Eu acho que a travessia do DIR EN GREY pelos Estados Unidos teve muito a ver com isso. As bandas que eles auxiliaram eram completamente opostas dos padrões do visual kei no Japão, de todas as formas possíveis. Eles encararam fãs de outras bandas que os intimidaram nas primeiras datas da sua turnê, mas que logo os reconheceram não apenas como uma banda japonesa visual kei, mas como uma banda que pode controlar o público americano – e não uma multidão típica de convenções. Quando a música mainstream e a cena visual colidiram, eu acho que isso abriu muitas portas para outros artistas.

Por que você acha que o visual kei se manteve como uma subcultura pelo mundo, apesar de sua rápida globalização na última década?

Kaytea: Honestamente, eu acho que enquanto o impacto do visual e o estilo musical têm ganhado maior aceitação global na última década, a barreira de linguagem ainda impede a cena de ter mais sucesso. Além disso, é muito mais uma cena exclusivamente japonesa, e apesar da popularidade, ela só pode ser copiada por fãs estrangeiros até certo ponto antes de parar de ser visual kei e se tornar mais tradicionalmente o gótico, punk, etc. Desta forma eu acho que a cena visual kei sempre permanecerá muito japonesa, não importando o quão popular se torne mundialmente. Isso realmente é parte do que a mantém atraente.

Por que você escolheu estar em uma banda visual kei em vez de uma banda regular de rock?

Kaytea: Enquanto eu não diria que escolhi especificamente estar em uma banda visual kei, o estilo da música e o visual atrativo foram aspectos que me chamaram para a banda que eu fiz parte. Eu realmente gostava de ter um lado técnico, mas também um lado muito teatral. Qualquer um pode tocar bem um instrumento se praticar, mas eu acho que é preciso um tipo diferente de habilidade para se apresentar como uma entidade específica, o que acabará por ser o que atrai os fãs para você, goste você ou não.

Pode nos contar sobre o tempo que passou em uma banda visual kei?

Kaytea: Eu estava no lugar certo na hora certa, e acabei conectada a um guitarrista visual muito famoso. Ele me apresentou a um amigo que estava planejando formar um novo grupo. Na primeira vez que ouvi a música, ela realmente me surpreendeu. Não era a música visual kei padrão... na verdade tinha alguns sons rap/rock americanos, e eu imediatamente quis participar. Na época, era muito raro ter um estrangeiro, especialmente uma mulher, em uma banda visual, e havia muito em jogo, especialmente porque muitos fãs visual kei podem ser muito territorialistas e implacáveis quando se trata do envolvimento de mulheres. Eu toquei guitarra na maior parte da minha vida de adolescente, e embora eu estivesse perdida com o baixo antes de entrar na banda, eu não tinha ideia de onde iria começar, ou quanto eu teria que praticar para ser considerada aceitável para estar no palco e me apresentar. Desta forma, meus preconceitos com o gênero realmente mudaram, porque estes eram músicos reais no trabalho... pessoas que realmente ganharam o direito de serem chamadas assim. Minhas mãos sangraram de tanto praticar!

Eu toquei com eles algumas vezes em Tóquio e Nagano entre 2003-2004, mas problemas no visto me impediram de trabalhar com a banda no ano seguinte, e apesar de terem esperado pelo meu retorno, nós decidimos mutuamente seguir caminhos diferentes m pouco antes da estreia major. Nós ainda mantemos contato e eles têm meu total apoio, mas naturalmente eu tenho aqueles momentos em que imagino como teria sido... eles fazem tanto sucesso tanto no Japão quanto mundialmente, e teria sido interessante ver como seria o caminho se tivéssemos permanecido juntos. Desejo-lhes tudo do melhor.

Você já foi criticada por fãs ou algum membro de outra banda (japonesa ou estrangeira) por ser uma pessoa estrangeira em uma banda visual kei?

Kaytea: No Japão, isso na verdade abriu muitas portas para trabalhar em várias áreas com artistas diferentes, e só era um problema se eu era vista pelos fãs mais dedicados de um dos projetos antigos dos membros... houve rumores e fotos hackeadas que vazaram para tabloides japoneses, que causaram um pouco de problema, mesmo depois de eu já ter saído do país!

Principalmente, fãs estrangeiros não acreditavam que eu tivesse alguma coisa a ver com a banda, ou que eu tivesse dormido com a pessoa x ou y para chegar lá. Isso foi o mais doloroso, porque, pra começar, eu nunca fiz tal coisa, e coloquei nisso mais sangue, suor e lágrimas do que pus em qualquer outra coisa da minha vida. Eu tinha a aparência e a atitude certas e corri para a pessoa certa na hora certa, e realmente não pode ser mais simples do que isso.

O que foi mais frustrante sobre estar em uma banda visual kei?

Kaytea: Me falarem para fazer uma dieta, mesmo estando na minha fase mais magra! Entrar nas questões da típica indústria de entretenimento: “a câmera te engorda 4,5 kg”, “você precisa de força para fazer algum dia um show de três horas”, e a minha pessoalmente favorita, “nós queremos que você fique magra que nem a Britney Spears”. Além de praticar sozinha no estúdio de 4 a 6 horas por dia, eu estava acordando e indo à academia por três horas por dia também. Ainda, eu tinha que cobrir meu rosto quando ia a shows de bandas visuais major. Me esconder fazia com que eu me sentisse como se realmente tivesse feito algo ruim, mesmo que não tivesse feito, mas houve problemas por eu ter sido vista em um show que estava sob a administração rival, os fãs entendem errado... você sabe. Eu raramente tenho ido desfrutar de shows, e isso sempre foi uma paixão minha. De repente, se resumia a estar sentada em assentos VIPs, assistindo aborrecida alguns shows.

Você pode nos contar sobre algumas “feiuras” que ocorrem por trás dos panos no visual kei, com relação à bandas, empresas, etc?

Kaytea: Acredite em mim quando eu digo que muita coisa aconteceu por trás dos panos. Eu me casei no tempo em que estive for a do Japão, e enviei fotos do casamento para os membros da minha banda. Apesar de ter sido um dos dias mais felizes da minha vida, foi recebido como, “wow, Kaytea engordou. É melhor ela perder peso antes de voltar, ou ela está fora”. Também me foi dito pelo chefe de produção da minha banda que eu era substituível, e deveria ficar nos EUA e participar de uma banda de garotas “como a Joan Jett” quando eu os conheci em um evento americano produzido por outro artista do mesmo grupo.

Eu também tive a minha existência na banda apagada completamente quando decidi sair, coisa que outros membros japoneses de apoio não tiveram que passar. De repente eu fui tratada como uma ovelha negra e até hoje, somente as pessoas que me viram tocar com eles pessoalmente ou souberam por alguém ligado à banda, sabiam da história de como a banda começou. Eu não espero nada de ninguém, mas eu acho que história é história, e foi triste ter sido levado tão rapidamente o que construí com eles. Mas tudo é parte do processo, realmente.

O quão bem sucedidos foram a maioria dos seus eventos? Qual foi o seu evento de maior sucesso?

Kaytea: Quando eu fazia parte da banda, nós ainda estávamos na fase de crescimento, com poucas músicas para oferecer, então só tocávamos em pequenos shows onde não tinham muitas pessoas que conhecíamos. Nosso último show teve o comparecimento de 40 convidados – nossa lista de convidados sempre superou a quantidade real de pessoas que nos conheciam – mas nós tocamos para aproximadamente 300 pessoas no Roppongi Y2K no nosso último show juntos. Aconteceu de Spiky [ex-Gacktjob] tocar no mesmo evento, e por alguma razão, nós acabamos sendo os principais. Este foi um incidente feliz, eu acho! Principalmente pessoas ligadas a outros membros da banda e aos membros da banda da época.

Você aprendeu algo específico de outra banda japonesa e/ou organizador de evento japonês sobre como ser uma banda visual kei de sucesso? Há algo específico que você acha que os organizadores estrangeiros devam saber?

Kaytea: Comportando-se. Escândalos afetam bandas visual kei da mesma forma que afeta ídolos pop sem políticas quanto a uma namorada/namorado. É muito raro ver uma foto online de um fã com uma banda visual famosa no Japão, é muito comum ver fotos tiradas em eventos no exterior. Eu acho que isso é tratado diferente em solos estrangeiros, mas isso me surpreendeu quando eu vi pela primeira vez online uma série de fotografias de eventos dos EUA. Principalmente, eu acho que é importante que os organizadores estrangeiros empreguem intérpretes apropriados para os artistas que tocam aqui, à medida que alguém que está familiarizado com anime, mas não tão familiarizado a ponto de dar informação em uma língua estrangeira, isso não é muito útil!

Você tem uma mensagem para os seus fãs?

Kaytea: Obrigada a todas que me apoiaram quando eu segue meu caminho para o universo complexo que é conhecido como a indústria musical japonesa, e meu trabalho com a [a]narchy após a minha saída da moko!

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Sr. A



Sr. A tem trabalhado extensivamente na cena musical japonesa por uma variedade de gêneros de rock inclusive o visual kei. Hoje ele ainda está ativo na cena, mas não participa mais de projetos visuais.


Você acha que o apelo sexual conta pra qualquer seguidor de uma banda? Por quê?

Sr. A: Eu acho que sim, muitos dos meus amigos e colegas de bandas teriam "namoradas" que dariam dinheiro e presentes a eles se dormissem com elas. Eu nunca tive nenhuma, porque minha imagem era menos feminina e mais louca estilo Manson. Eu queria uma? Sim! Eu costumava perguntar se alguém me arranjaria uma, mas isso nunca aconteceu.

Por que você acha que os membros das bandas escolhem estar em uma banda visual kei em vez de uma banda regular de rock?

Sr. A: Eu acho que para nós foi porque estávamos vivendo em uma época onde o visual kei era uma espécie de efeito no Japão uma vez que o X JAPAN era tão popular. Pessoalmente, eu decidi fazer visual kei para me tornar diferente (como uma personalidade/pessoa diferente). Eu podia dizer coisas que normalmente não poderia sem maquiagem e isso ajudou muito na minha confiança.

Por que você acha que muitas bandas visual kei que se tornam major param de se vestir e usar maquiagem?

Sr. A: Eu não tenho certeza. Talvez estejam de saco cheio ou apenas querem vender mais. No meu caso, eu deixei de lado porque as casas de show em que me apresentei não tinham camarim e eu estava de saco cheio de fazer minha maquiagem no carro. Reconhecidamente, o visual kei é extremamente intimidante para grande parte da população, por isso eles estão propensos a vender mais se alcançarem mais pessoas.

Quais são seus pensamentos sobre a música visual kei se tornar global em vez de permanecer como uma cena underground no Japão?

Sr. A: Eu acho que é bom. Porque é cultura japonesa e se outras pessoas decidirem começar sua própria banda visual kei, elas estarão espalhando essa cultura. Isso é uma boa coisa, mas eu não gosto se eles usam a aparência para encobrir sua própria inexperiência.

Como a música visual kei está cada vez mais aceita globalmente, você acha que ela pode se tornar mais aceita no Japão também? Por quê?

Sr. A: Eu não acho que irá, porque os japoneses são mais críticos quando se trata de aparências. Por exemplo, mesmo agora tatuagens são consideradas um sinal de crime organizado e você não pode ir a uma casa de banho pública ou a uma piscina se tiver uma. Embora seja apenas uma tatuagem e você não é criminoso, a imagem de alguém com uma tatuagem não é boa para os olhos de muitas pessoas.

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girugamesh



O girugamesh é uma popular banda visual kei que varreu o mundo com a sua música, que é infundida com hard rock, eletrônico e, mais recentemente, pop e rap. Nós recentemente encontramos com o girugamesh durante sua última turnê pelos Estados Unidos; a entrevista a seguir contém trechos desse encontro, bem como discussões anteriores que tivemos com eles sobre a cena visual kei.


Vamos falar sobre o visual kei por um momento. Muitos fãs parecem estar divididos se o visual kei é primeiramente uma cena de música underground ou algo popular. Como um artista visual kei, qual a opinião de vocês sobre isso?

ShuU: Os movimentos indies e major também aconteceram no Japão. Enquanto nós crescemos como músicos, nosso principal objetivo na música era ficar famoso. Quando nós éramos jovens, nosso sonho era aparecer na frente de públicos na TV, e coisas como essa. Eu não sei como algumas pessoas entenderão isso, mas nós esperamos que algum dia nos tornemos mais populares. Entretanto, neste momento o visual kei é mais underground.

Alguns fãs recentemente disseram que artistas como Lady Gaga e Tokio Hotel são alguns entre muitos que estão simulando o estilo visual kei. O que vocês acham disso?

ShuU: Lady Gaga é muito popular no Japão, ela atingiu as paradas do Japão, mas eu ouvi fãs alemãs de visual kei questionando o visual do Tokio Hotel. A coisa boa é que eles estão levando a influência do visual para outros países.

Vocês consideram que estes artistas sejam visual kei?

ShuU: Lady Gaga... é diferente, huh.
Satoshi: Sim, é diferente...
ShuU: Ela não é visual kei. Bem como Tokio Hotel, eu escutei que eles têm influências visual kei, mas eles ainda não são populares no Japão, então é difícil dizer.

Vocês acham que o visual kei é um estilo distintamente japonês?

(a banda discute entre eles)
ShuU: O visual kei começou com bandas como KISS e influências da maquiagem glam rock de Marilyn Manson. Quando as pessoas começaram a chamar as bandas de outros países de visual kei, ficou muito difícil de distinguir.

Na mesma veia do visual kei, recentemente aconteceram debates se o visual kei é uma cena musical em si, ou um estilo de moda J-rock. O que vocês acham?

ShuU: Moda, talvez. (Nii acena) A música em si algumas vezes está em categorias diferentes, como o J-rock e o J-pop, então eu acho que é moda.

Quando entrevistamos você em 2009, ShuU-san disse que ainda há alguma discriminação contra o visual kei no Japão e que vocês gostariam de mudar isso. Aconteceu alguma mudança na opinião de vocês?

ShuU: Ainda há muitas percepções negativas sobre o visual kei. Por exemplo, se você olhar para Marilyn Manson nos EUA: ele é um artista muito popular e com muitos fãs, mas a maioria das pessoas acha que ele é realmente muito estranho. Este também é o caso do visual kei. Mas eu ainda tenho uma vontade muito forte de mudar essa visão da nossa música.

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Milkjamjuice



Milkjamjuice é uma vocalista que participou pessoalmente de bandas não-visual kei, mas que trabalhou ao lado de artistas visuais durante suas performances. Adicionalmente, ela ajudou músicos visuais com seus projetos, o que lhe deu uma visão precisa de como esta indústria funciona.


Por que você acha que os membros das bandas escolhem estar em uma banda visual kei em vez de uma banda regular de rock?

Milkjamjuice: Porque o visual kei é um sucesso rápido ou um caminho para obter um status Cult, que possui fãs cults que gastam grandes quantias em dinheiro com tal banda. Nenhuma outra fanbase é tão obsessiva e leal, disposta a gastar muito dinheiro e tempo com uma determinada banda ou membro. Muitos membros visual kei já são hosts ou aspirantes a hosts que possuem um dom de oferecer uma promessa de algum tipo de “potencial”, que faz os fãs quererem mais. Estes fãs são apresentados a essa promessa e dão um pouco mais de atenção à maioria daqueles que investem na banda. Membros visual kei de sucesso são aqueles que sabem como jogar o jogo. Ter fãs viciados, satisfazê-los... mas depois, sempre deixá-los gritando por mais, mas negócio é negócio. Ficar íntimo com os fãs pode frequentemente ser desastroso para esse relacionamento, porque atingir um nível pessoal com um fã tem alguns resultados. Um, um fã se torna um amigo (lado ruim: não investe mais dinheiro na banda). Dois, uma fã se torna namorada (isso pode ser o fim de um mitsu ou de uma banda). Três, um fã fica ressentido (igual a “não há mais dinheiro”). Por isso, os membros normalmente se afastam para não ficarem “muito” próximos.

Você pode compartilhar qualquer história de experiências negativas que você possa ter sofrido, seja com roupas ou discutindo sua profissão com amigos, colegas ou familiares?

Milkjamjuice: A coisa mais negativa foi a rejeição da minha família. A minha família não vê a música como uma forma válida de vida e eles veem isso como um tempo passado destrutivo para mim. Cada vez que falo com a minha mãe, ela me pergunta "Você já parou de tocar?" Eu já tinha uma implicância com meu principal senpai, porque a minha família rejeita música. Entretanto, quase dois anos depois, meu senpai e eu nos tornamos amigos de novo, mesmo pisando em ovos. Esta é uma coisa rara na cena de Tóquio. Pessoas que se queimaram na cena geralmente são evitadas por comunidades inteiras de músicos.

A maioria das bandas visual kei ficam excitadas de ter fãs estrangeiros em seus shows ou têm alguma hesitação? Por quê?

Milkjamjuice: Bandas visual kei amam fãs estrangeiros. É como uma espécie de status. Quando você tem fãs estrangeiros significa que "mais alguém está prestando atenção em nós!!" Fãs japoneses ficarão ressentidos na maioria dos casos e evitam fãs estrangeiros se eles não cumprem o estrito código de conduta bangya. Os fãs estrangeiros raramente conseguem o benefício de estar na saizen “primeira fila”, obedecendo a isso. A melhor forma de ir bem com a bangya japonesa é FALAR japonês, estudar o temperamento, estudar a cultura bangya e participar de "uchiage", festas da bebida, e em seguida fazer um esforço para se tornar amigo de um bangya japonês. Gyao, ou caras que normalmente não estão ressentidos com a sua presença e, portanto, são muito mais fáceis de conviver. É claro, as atitudes diferem com a cena e a banda.

Finalmente, você tem outros pensamentos ou experiências que gostaria de compartilhar?

Milkjamjuice: Eu não ficaria surpresa de ver tanto 1) o visual kei ficar quase extinto ou 2) ter alguma reforma muito drástica em sua imagem nos próximos anos. Com a droga de economia, aqueles rendimentos formais e descartáveis secaram. Poucas pessoas podem comprar polaroides e bugigangas de seus membros favoritos por 550 ienes (R$ 10,00). O visual kei tem que mudar de forma decisiva ou vai se extinguir, por causa da natureza de sua cultura indulgente.

O JaME gostaria de agradecer a cada músico que aceitou a entrevista para esta série virtual.

Na próxima semana…

Junte-se a nós no próximo sábado, quando exploramos a conexão entre o visual kei e o anime, bem como o uso de convenções de anime pelos anos.


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[1]Kaytea Miyagi, E-mail interview with author, March 8, 2011.
[2]A-san, E-mail interview with author, March 1, 2011.
[3]“Interview with Girugamesh in Fairfax, Virginia”, JaME, April 29, 2011,
http://www.jame-world.com/us/articles-74933-interview-with-girugamesh-in-fairfax-virginia.html
“Interview with Girugamesh in Saint Petersburg, Russia,” JaME, May 25, 2009, http://www.jame-world.com/us/articles-49376-interview-with-girugamesh-in-saint-petersburg-russia.html
[4]Milkjamjuice, E-mail interview with author, April 19, 2011.
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