O 9GOATS BLACK OUT tropeça, de leve, no início de sua envolvente carreira com Black rain.
Após uma incrível estréia em 2008 com devils in bedside, o 9GOATS BLACK OUT lançou seu segundo mini-álbum, Black rain, em Fevereiro. Com muitas expectativas envolvendo o lançamento, ele não desaponta no quesito emoção e melancolia, aspectos bastante explorados em seus primeiros CDs, mas também não possui muitas faixas individualmente chamativas.
Black rain foca suas melhores faixas no começo, com o excepcional combo formado entre a light, SALOME e in the rain. Iniciando positivamente o álbum, a primeira possui um ótimo balanço entre suas partes mais animadas e melancólicas, com uma bateria constante e um baixo hipnotizante. SALOME é uma canção mais simples, com um ritmo mais animado e vocais um pouco abafados que juntos chegam a contagiar, mesmo que sua estrutura instrumental canse após algum tempo. in the rain, no entanto, se destaca instantaneamente; beirando os 6 minutos, a balada flui naturalmente, envolvendo facilmente com sua linda melodia, às vezes um pouco obscura devido ao baixo. ryo brilha no refrão com suas habilidades impecáveis, desbravando emoção com ótimas variações entre vocais potentes e falsetes, construindo perfeitamente o clima da música.
ROMEO, precedida da instrumental moses, parece perdida no meio do disco. Sem muita força, ela não parece seguir o padrão das faixas anteriores, apresentando somente uma melodia um pouco morna e pecando em deixar uma impressão forte. headache, a faixa seguinte, começa com ótimas linhas de baixo e riffs de guitarra proeminentes, e, chegando ao refrão, mostra uma melodia bastante semelhante às do GULLET, antiga banda de ryo, que nesta canção faz uso de vocais rasgados e gritados, remanescentes de seu grupo anterior. Tenshi, outra balada, não mostra nada novo e acaba soando bastante monótona. Rakujitsu segue o clima da faixa anterior, porém com o tempo um pouco maior. A música não parece ir a qualquer lugar até aproximadamente os 1:40 minutos, quando ganha um pouco de fôlego no seu refrão. Porém, a faixa brilha na parte a capela de ryo, atingindo um clima denso e envolvente que marca a parte mais notável da canção.
Definir este CD é uma tarefa difícil. Ele certamente tem alguns momentos onde se destaca mais, especialmente em in the rain, porém, no geral, não possui praticamente nenhuma música verdadeiramente marcante se comparado ao primeiro mini-álbum do 9GOATS, devils in bedside. Com construções indiscutivelmente sólidas de um lado e monotonia e repetitividade do outro, o álbum é melhor definido como um balanço entre inspiração e e confortabilidade musical, resultando num disco um pouco decepcionante, mas ainda acima da média.
