Entrevista

Entrevista com o ROACH

02/10/2008 2008-10-02 12:00:00 JaME Autor: Ruka, Kay & Cynthia Tradução: R.

Entrevista com o ROACH

O JaME teve a chance de entrevistar a jovem banda do Reino de Ryukyu, ROACH.


© Maverick
Vindos de Okinawa, o ROACH é uma das mais novas apostas do selo Maverick, lar de várias bandas populares como MUCC e SID. Combinando cultura e música do Reino de Ryukyu, eles trazem uma mistura interessante para seu público, tanto japonês quanto estrangeiro. Aqui, o ROACH fala sobre suas origens, esperanças de um novo lançamento, e até menciona sua estada em um hotel mal-assombrado.


Por favor, vocês poderiam se apresentar para os nossos leitores do JaME?

ROACH: Nós somos o ROACH, do Reino de Ryukyu. Ta-ma♪ nos vocais, Kubocchi e Masashi nas guitarras, Katsuya no baixo e Mizaki na bateria.

Vamos começar falando da origem da banda; em 2003 vocês tinham sete integrantes e agora tem cinco. Como a banda foi formada originalmente? Por favor nos contem como o ROACH chegou à formação atual.

ROACH: Quando nós começamos a banda nós éramos em sete, os cinco integrantes de agora, mais bateria eletrônica e um segundo vocalista. Nós queríamos tentar algo diferente. Naturalmente, nós acabamos ficando apenas com cinco pessoas por causa do som que estávamos tentando fazer.

Como vocês decidiram o nome da banda? Por que "ROACH"?

ROACH: Nós nunca contamos para ninguém porque nós escolhemos esse nome, e não temos nenhum plano de revelar isso.

Vocês são de Okinawa, uma das ilhas do Japão, conhecida por sua rica e singular cultura, sua história e pelo seu clima tropical. Como o fato de crescerem na ilha afetou a sua música?

Ta-ma♪: Mesmo a nossa música sendo Screamo, a cultura de Okinawa influenciou minha mente para criar um sentimento intenso em nossa música.

Okinawa é conhecida pela base do exército americano que reside aí, mas também é parte do Reino de Ryukyu. Como essa mistura entre a cultura Ryukyu e a música contemporânea americana influenciou o seu próprio estilo musical?

ROACH: Nós não temos certeza, mas não sabemos como explicar. Entretanto, nós nos sentimos confortáveis com essa combinação de culturas.

Para se tornar um músico precisa-se de determinação para alcançar seus objetivos; como cada um de vocês decidiu se tornar músico? Por que você escolheu o instrumento que você toca hoje, ou o papel que desempenha na banda?

ROACH: Todos nós achamos que se tornar um músico era legal. Coincidentemente, alguns de nós éramos vizinhos. Foi natural que nós começamos a tocar juntos.

Ta-ma♪: Eu segui meu coração e estava procurando algo divertido. Eu decidi me tornar um cantor e então fiz esta banda.

Kubocchi: Eu escolhi a guitarra porque eu achei que era brilhante e legal. Eu não conseguia me concentrar em nenhum outro instrumento.

Masahi: Eu não sei porque, mas eu escolhi a guitarra porque era legal e era meu instrumento preferido.

Katsuya: Desde que eu me interessei pela música eu me interessei pelo baixo. Eu acho que parece e soa melhor do que a guitarra. Eu toco baixo desde que me interessei pela música.

Misaki: A minha primeira banda não tinha baterista, então eu decidi tocar bateria e amo tocá-la desde então.

A sua música é bem interessante; ela combina rock pesado com alguns sons tradicionais japoneses. Como vocês descreveriam sua música para alguém que ainda não a escutou?

ROACH: Rock Lequiosu (Okinawano). Lequiosu significa Ryukyu.

Ta-ma♪, às vezes você canta em um estilo okinawano muito tradicional, algo que parece muito difícil para a maioria dos vocalistas de rock imitar. Você teve algum treinamento formal para isso, ou foi algo que você aprendeu de ouvido?

Ta-ma♪: É claro que a técnica é importante, mas eu não tive nenhum treinamento especial. Eu senti que a emoção que eu colocava na música era mais importante.

Vocês usam algumas palavras típicas da língua okinawana? Se não, vocês acham que talvez incluam isso em algum lançamento futuro, ou vocês acham que talvez seja muito difícil para os seus fãs no continente entenderem?

Ta-ma♪: Eu não uso palavras okinawanas em nossa música. Mas eu quero usá-las algum dia. O melhor é pensar como se fosse língua estrangeira. Até mesmo a nova geração de okinawanos tem problemas em entender essa língua.

Ainda falando sobre letras, ocasionalmente vocês usam inglês em suas letras, geralmente nas partes mais pesadas, ou no caso de now I know, a música é em inglês. Por que vocês decidiram fazer desse jeito, vocês sentem que o inglês se encaixa melhor em expressar os aspectos mais pesados, ou existe alguma outra razão para esta decisão?

Ta-ma♪: O inglês é mais fácil de explicar e mais direto se comparado com a língua japonesa. O inglês possui mais ritmo e eu acho isso legal, mas às vezes eu preciso de ajuda. Até pedi para alguns amigos meus me ajudarem com essa entrevista.

Em relação à última pergunta, parece vocês falam inglês muito bem; vocês se sentem igualmente confortáveis compondo letras em inglês, japonês e okinawano?

Ta-ma♪: Eu gostaria de falar "é claro", mas não é a minha língua nativa. Entretanto, eu sei falar inglês melhor do que okinawano. Eu preciso estudar mais.

Até agora, os seus lançamentos em CD explicam que Ta-ma♪ escreve as letras, enquanto o ROACH faz os arranjos musicais. Como é o processo de composição e como vocês juntam estas duas partes? Vocês já encontraram dificuldades em combinar a letra com a música?

Ta-ma♪: Eu escrevo as letras e as melodias, esta é a base da nossa música. Nós nos juntamos no estúdio e criamos o som. Alguns dos membros criam a música no PC e depois a trazem para o estúdio. De qualquer jeito, nós acabamos misturando os sons para o produto final. A parte mais difícil é tentar destruir e construir minha opiniao, o que eu busco alcançar, e a minha reputação.

Para seus fãs que não falam japonês, quais são alguns dos temas de suas musicas?

ROACH: Nosso tema é sobre nossos sonhos, amor, a banda, angustia, como nós vivemos, tristeza, e nós (incluindo nosso fãs) podemos achar um lugar para descansar.

Há alguns anos atrás, para a compilação PUNK ROCK BATTLE ROYAL 4, você gravaram um cover de uma das músicas da cantora Nakajima Miyuki, Chijou no hoshi. Por que vocês escolheram essa música?

Ta-ma♪: Nessa época eu gostava dessa música e perguntei para a banda e eles disseram ok.

Em 2006 vocês se apresentaram no evento de Natal da DANGER CRUE, DANGER V, junto de outras bandas como o MUCC e o girugamesh. Como foi se apresentar na frente de um público tão grande?

Ta-ma♪: Quando eu subi no palco os fãs removeram a minha ansiedade. Enquanto eu estava esperando para subir no palco eu estava me sentindo nervoso, toda a hora eu estava pensando em como me apresentar bem.

Para promover seu álbum, MIND OF THE SUN, vocês fizeram uma turnê nacional no ano passado. Quais foram alguns dos momentos e experiências marcantes daquela turnê. Poderiam nos contar algo que se destacou naquela turnê, seja positivo, negativo ou apenas interessante?

Ta-ma♪: Quando nós saímos na turnê, o hotel que nós ficamos era assombrado. Tinha eletricidade era escura e tinha pouca luz. Eu queria ter encontrado o fantasma porque então eu poderia ter contado isso aos fãs antes de começar a cantar.

O ROACH lançou apenas um álbum e um single em 2007. Vocês mencionaram em seus blogs que vocês estão trabalhando em novas músicas; poderiam nos contar mais sobre o que os seus fãs podem esperar? Que tipo de lançamento nós podemos esperar?

ROACH: Até o próximo álbum ficar pronto eu não posso dizer nada sobre como ele irá soar. Nós nos esforçamos muito para sermos uma boa banda. Por favor esperem boas músicas de nós.

Os seus públicos de Okinawa e do continente são diferentes; o que muda quando vocês se apresentam para essas platéias?

ROACH: O público de Okinawa é tímido mas muito intenso!! Os do continente são muito animados.

Se você pudesse fazer um show em qualquer lugar no exterior, onde cada um de vocês gostaria de ir? Algum de vocês já foi para o exterior antes?

Ta-ma♪: Qualquer lugar que vocês me convidarem! Eu já fui para os Estados Unidos, Taiwan, Malásia, e Singapura.

Kubocchi: Eu quero ir para os Estados Unidos. Eu nunca fui para o exterior.

Masahi: Eu quero ir para a Europa. Eu nunca fui para o exterior.

Katsuya: Eu quero ir para a Alemanha. Eu nunca fui para o exterior.

Misaki: Eu quero ir para os Estados Unidos. Eu nunca fui para o exterior.

Para alguém que irá visitar Okinawa, que tipo de lugares cada um de vocês sugeriria à esta pessoa, como locais para se visitar, comidas, etc?

Ta-ma♪: Admirar o céu estrelado da praia. É o melhor lugar para se ver muitas estrelas!

Kubocchi: Uma paisagem da parte sul.

Masahi: O restaurante Yanbaru na cidade de Naha.

Katsuya: O mar da parte norte.

Misaki: O restaurante Saikyou na cidade de Tomigusuku.

Uma pergunta mais íntima, poderiam dizer algo sobre o que algum de seus companheiros traz para a banda?

Ta-ma♪: Vamos continuar nos dando bem.

Kubocchi: Todos são estranhos.

Masahi: Eu não tenho mais nada para dizer. Eu já desisti.

Katsuya: Eu vou tentar não me atrasar mais.

Misaki: Não se atrasem pessoal.

Para descontrair, se cada um de vocês pudesse rearranjar uma das músicas do ROACH para a música folk de Okinawa, que música seria e por que?

ROACH: now I know. Nós achamos que não existe como rearranjar essa música, mas se pudéssemos, então ficaríamos satisfeitos.

Por favor, vocês poderiam deixar uma mensagem para todos os seus fãs estrangeiros?

Ta-ma♪: Eu vejo vocês em algum show! Nós iremos para a sua área algum dia!

Kubocchi: Vamos agitar juntos!

Masahi: Nós iremos nos encontrar!

Katsuya: Desfrutem cada dia ao máximo!

Misaki: Venha nos ver quando nós visitarmos o seu país!

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Muito obrigado à Maverick por tornar esta entrevista possível e ao ROACH por responder às nossas perguntas.
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