Entrevista

BLOOD - Entrevista na Finlândia

03/11/2007 2007-11-03 12:00:00 JaME Autor: Matron & Annu Tradução: Gaga-Kun

BLOOD - Entrevista na Finlândia

Na mais recente entrevista do JaME com o BLOOD nós conversamos com Kiwamu sobre suas colaborações com outros artistas e muito mais.


© JaME
A versão finlandesa do JaME teve a oportunidade de entrevistar o BLOOD pouco antes de sua performance no Gloria Club em Helsinki dia 26 de agosto de 2007. Este foi seu terceiro show na Finlândia. Devido a um calendário muito ocupado a entrevista aconteceu nos backstages enquanto os membros do BLOOD se maquiavam e arrumavam os cabelos. Kiwamu, fundador e guitarrista respondeu a maioria de nossas questões.


Olá, nós somos do JaME. Obrigado por seu tempo.

Kiwamu: Obrigado.

Como vocês estão? Já se sentem cansados ou ainda tem bastante energia para os últimos shows da turnê?

Kiwamu: Pra ser honesto, eu estou um pouco estressado porque muitos dos shows que tinham sido previamente marcados foram cancelados. Eu pessoalmente culpo certos organizadores por isso. Apesar disso nós estamos muito entusiasmados quanto aos shows, e aqueles organizadores que cumpriram suas tarefas fizeram um trabalho maravilhoso.

Em 2005 vocês foram a primeira banda de j-rock a visitar a Finlândia. Após isso muitas outras bandas nos visitaram. Vocês acham que deram um exemplo para outras bandas nesse sentido?

Kiwamu: Eu acho que essas outras bandas são totalmente diferentes de nós. Infelizmente muitas delas estão nisso só pelo dinheiro; normalmente eles assinam com selos ambiciosos. Eu acho que isso é muito triste, e não, eu não acho que essas grandes gravadoras querem nos tomar como exemplo. (risos) eu mesmo não ouço bandas de visual kei mais, porque eu acho que elas são incrivelmente chatas.

Vocês visitaram a Europa muitas muitas vezes já. Vocês já tem uma rotina definida quando vêm fazer a turnê aqui?

Kiwamu: Essa é nossa sétima vez aqui. Eu sempre contato muitos organizadores antes de começar a turnê. As vezes eles demoram muito para responder meus emails, e isso é muito irritante. No momento eu estou muito furioso com Rússia, Itália, Espanha e Grécia, porque eles fizeram muita besteira. Por sorte, nós temos muitas boas memórias da Finlândia; vocês são ótimos e vendem muitos ingressos para nossos shows. Eu – (aponta para fu-ki e Kaede) estamos agradecidos com o JrockSuomi porque eles nos deram uma brilhante oportunidade aqui na Finlândia. Momentos como esses nunca fazem nossas turnês chatas.

De onde vocês tiraram a idéia para a música “Synchrony of Chaos”?

fu-ki: (pensa por um momento) Eu queria descrever o caos, com o qual as pessoas podem sofrer e o caos que nos cerca. Não só um caos, mas a grande combinação de todos os caos.

Seu novo álbum traz também NOA. Como vocês acabaram trabalhando juntos?

Kiwamu: Eu gosto muito da música que ele faz, então eu pedi pra que ele viesse cantar em nosso álbum. Primeiro que todos os resultados de projetos de colaboração anteriores me surpreenderam positivamente. Por exemplo, trabalhar com as bandas gregas Virgins O.R. Pigeons que vai abrir nosso show hoje. Nós gostamos de trabalhar com artistas que se interessam pela música do BLOOD. Nós gostamos de ter essas oportunidades de trabalhar com eles. Eu gosto muito quando alguém quer fazer remixes de nossas músicas, mas de volta ao assunto; NOA é um ótimo músico e ele entende nossa paixão por música gótica industrial. Além do mais, ele estar lá é uma ótima adição para nosso álbum. (todos riem)

E quanto à EXO-CHIKA do Aural Vampire? E geralmente o que vocêes acham de música eletrônica?

Kiwamu: Eu marquei sua voz desde a primeira vez que ouvi sua música. Depois eu mandei um email com respeito a sua presença em um de meus eventos. Depois de uma troca de emails por um tempo um respeito pelo nosso estilo surgiu; eles estavam especialmente impressionados com nossas turnês na Europa. Ela queria participar em nosso álbum. Pessoalmente eu admiro seu entendimento sincero de boas músicas.

Qual sua maior realização como banda?

Kiwamu: Nós tivemos uma porção de adversidades com diversos países e seus organizadores incompetentes. Problemas com nossos shows são muito importantes para nós, então hoje em dia nós temos que ter cuidado extra quando escolhemos os organizadores com os quais trabalhar. É muito duro para nós, mas eu tenho muito orgulho de mim mesmo por achar todas as pessoas certas, confiáveis para se trabalhar. É absolutamente a maior realização de todas.

O seu estilo atual é o certo para vocês ou ainda estão se desenvolvendo em uma outra direação?

Kiwamu: Nós estamos felizes com o que somos hoje. (aponta pra Kaede) Kaede em especial que era um grande fã de j-rock. Sendo um fã por volta de seis meses ou mais, foi basicamente quando começamos a desenvolver nossa banda, mas nossa paixão por visual kei desapareceu rápido. Nós achamos que a maioria das bandas de visual kei são muito chatas e estereotipadas. Elas só estão imitando. Nenhuma delas será nunca tão grande como, por exemplo, o LUNA SEA ou o X JAPAN foram. Hoje em dia nós tiramos nossas idéias de bandas góticas, então após nosso período visual kei, nós começamos a ouvir a músicas mais underground para nos inspirarmos em outros estilos. Visual kei é mais para pessoas jovens, mas música industrial e gótica é para fãs mais velhos, maduros e de melhor aparência. Nós queremos fazer música gótica genuína para pessoas que estão tendo um verdadeiro interesse em nossos lados bons.

Quais são seus planos para depois do fim dessa turnê?

Kiwamu: Nós estamos pensando em fazer um novo álbum. Eu gostaria muito de fazer um álbum duplo, sendo que o primeiro seria dedicado a músicas novas do BLOOD e o segundo incluindo músicas do BLOOD remixadas por artistas Europeus. Nós temos conversado muito sobre isso com outras pessoas.

Muito obrigado pela entrevista e tenham um ótimo show!

BLOOD: (inclinam-se) Obrigado.

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Agradecimentos a nosso fotógrafo Heikki Mitikka.
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