Resenha

Hemenway - The Music

01/03/2014 2014-03-01 00:01:00 JaME Autor: Hanamogeraed Tradução: LauTakashi

Hemenway - The Music

Este grande álbum de estreia é um pouco diversificado.


© Hemenway
Álbum CD

The Music

Hemenway

Depois do lançamento do mini-álbum indie em 2012, o quarteto de rock Hemenway está de volta com seu álbum de estreia major. Com colossais 18 faixas, parece que eles passaram muito tempo produzindo essa abundância de conteúdo para o The Music, lançado no Natal de 2013.

Inclusas dentro das 18 faixas estão algumas que apareceram em um álbum digital em 2012, o URAHEME Welcome to the Other Side, como Gensou to Dance, Anosa, e a fantástica GET UP (previamente comentada aqui). As músicas novas são variadas e mostram as habilidades musicais dos rapazes, graduados na Berklee College of Music em Boston, onde eles se encontraram.

A maior parte do álbum é composta por uma batida pop-rock. By My Side, destaque no anime “Naruto Shippuden”, tem a típica combinação de um refrão brilhante e uma progressão de acordes que garantem uma melodia cativante, mas por outro lado, não é uma boa aposta se você procura emoção. Outras faixas emulando esse formato incluem Hana Furu Yoru, Mayoi michi no ue de e Hibana, embora essa última seja redimida por solos impressionantes do talentoso guitarrista Charm. Há elementos divertidos como o notado pela presença de um sintetizador brilhante na alegre faixa título The Music, uma dançante celebração desinibida da vocação e paixão da banda. Há também o toque de felicidade na esmagadoramente alegre Future Kousatsu.

Um rock mais pesado pode ser ouvido em GET UP, na criativa Anosa e na arrojada Hanbun Ningen. Este último tem uma abertura com rap na qual a guitarra e o baixo são esmagados com o ritmo das batidas rápidas como fogo do baterista Toshi. O efeito é repetido ao longo da faixa para manter o sangue pulsando nesta que é verdadeiramente uma canção agitada, a qual é embalada por uma orquestra de cordas dramáticas e vocais poderosos do cantor Isaac. Charm também tem a oportunidade de demonstrar seus dedos rápidos até o final. Esse é um bom exemplo de energia que a banda é capaz de injetar em seu trabalho quando o ânimo toma conta. Escape, usada na abertura de “Eureka Seven AO”, é uma das poucas faixas compostas por Isaac em vez do principal compositor Charm; ela começa com um tom pop familiar, mas então surpreendentemente aumenta o volume para uma segunda metade satisfatoriamente forte.

tonight é agradavelmente diferente da maioria das faixas que são um pop-rock brilhante. A banda segue um hino emocional, embora o sintetizador no início seja um pouco “divertido”. Estes são todos os ingredientes para uma música empolgante – a altura, os riffs de guitarra inspiradores, o refrão que cria um clímax e o reverberante “oh oh” que se seguem são apenas formas de clamar por um massivo balançar de braços no show. Com isso, essa é uma das melhores músicas que podemos encontrar no álbum e é animada com sucesso. Vocês vão se pegar cantando antes mesmo que percebam.

O pop-rock suave Inori e a balada Will You Stay? são um final lento nessa gama. O formato é composto por uma canção pop ritmada e leve a qual permite a Isaac ter uma performance suave e sussurrante e flexionar seu alcance vocal a um falsete-pesado no refrão garantindo uma experiência diferente. Will You Stay? é a faixa mais emotiva. Ela começa com cordas suaves e a bateria ao fundo, antes de explodir em uma balada puro rock que conta com uma entrega vocal mais forte do homem de frente. A em tom menor Goodbye é uma faixa simples, mas emocionante que fala sobre perda, trazendo estilos musicais parecidos com Coldplay com uma pitada ocasional de Radiohead. É a única faixa escrita inteiramente em inglês, embora muitas das canções do álbum contenham algumas frases em inglês devido à bagagem americana de Isaac e Charm.

The Music definitivamente continua de onde URAHEME Welcome to the Other Side parou, apesar de que algumas das melhores faixas são de fato deste último álbum. Era esperado anteriormente que Hemenway poderia decidir tomar a direção do rock pesado, já que eles se destacaram nesse campo, mas parece que eles escolheram seguir com firmeza a linha do pop-rock com um mergulho estranho em ambos os lados. Embora isso seja um pouco decepcionante, com seu inegável talento e habilidade (sem mencionar os jingles de TV) Hemenway é capaz de se virar bem independentemente do gênero que escolher.
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