Resenha

exist†trace - VIRGIN

15/08/2012 2012-08-15 00:01:00 JaME Autor: Hanamogeraed Tradução: neon-naito

exist†trace - VIRGIN

Uma mistura de várias coisas de uma estreia major que com certeza dividirá opiniões.


© Monster's Inc.
Álbum CD

Virgin (Regular Edition)

exist†trace

A banda de visual kei feminina, exist†trace, foi formada em Tóquio em 2003. Elas tem ganhado fãs internacionais recentemente com as suas aparições no Sakura-Con em 2011 e com a turnê na costa leste dos EUA em 2012. Apesar de estarem na ativa por quase uma década e de terem lançado vários singles e álbuns de coletâneas, seu último lançamento é o primeiro álbum major. Em homenagem a isso, a banda nomeou-o VIRGIN, lançado em 23 de maio.

VIRGIN acaba sendo uma exploração de uma variedade de sons. Ele contém oito novas faixas, as restantes são dos mini-álbuns anteriores TRUE e THE LAST DAYBREAK. Há, é claro, traços de gótico pelo álbum – a introdução de órgão na faixa de abertura WONDERLAND, por exemplo. A música possui um ótimo riff de guitarra misturado com uma profunda e preponderante combinação de baixo e bateria de NAOTO e Mally. A guitarrista Omi também fez experiências com efeitos de slide pela primeira vez em seu solo. A próxima faixa Daybreak ~Juusangatsu no shikisai~ apareceu primeiramente no mini-álbum THE LAST DAYBREAK, no final de 2011. Com suas seções notórias de guitarras gêmeas de Omi e miko em destaque, e com pesadas batidas implacáveis de címbalo, o seu som altamente contagioso é digno de fazer parte da trilha sonora de qualquer filme de ação.

HONEY continua com rock animado, ela é um verdadeiro deleite para os fãs, com suas grandes paredes de som e seu excitante refrão. Especialmente notável é o solo de guitarra de Omi, e ela também brilha em seu simples e ainda assim efetivo solo em Signal. I feel you é outra música que se caracteriza pela forte e bem feita parte rítmica e que, do mesmo modo, dá suporte ao vocal dominante de Jou.

Sólidas músicas de rock visual incluem Keiyaku, que faz bom uso do baixo e intimidador alcance da voz de Jou, e Futatsu no Koe que é uma poderosa faixa com uma tradicional melodia japonesa como principal linha melódica. A expressiva Anata, a já confessada favorita de Jou, é provavelmente a mais impressionante de todas as músicas em relação aos vocais. Eles mudam de um pouco mais do que um sussurro, nos versos mais assustadores, para gritos emotivos no culminante final - Jou admitiu que ela nunca expressou tanto o seu lado feminino quanto quando ela canta a letra franca de miko. Little Mary to utsukushiki nikushimi no donau se desenvolve como uma valsa veneziana mal-assombrada. A voz mais doce de miko, roubando os holofotes de Jou por um instante, se encaixa na atmosfera de conto de fadas gótico dessa música, e faz um belo dueto com a cantora principal.

exist†trace colide com uma banda de sopro para criar a bem jazzística GINGER. Com crossovers de rock e jazz parecendo ser como ritos de passagem para bandas de metal hoje em dia, pode ser fácil dispensar essa como sendo a faixa símbolo de inovação. No entanto, com a divertida troca e harmonia entre Jou e miko, e uma sólida apresentação por parte do resto da banda, a música se torna uma boa e alegre pedida. Apesar disso, os trompetes barulhentos e a lenta parte no estilo “The Stripper”, no meio, pode realmente desanimar aqueles que amam a banda por músicas mais antigas e obscuras como Judea. A animada KISS IN THE DARK possui linhas parecidas, seguindo um ritmo de swing, mas também com um momento de um assustador parque de diversões. Elas estão quilômetros de distância das músicas antigas, onde os gritos e guturais de Jou faziam frequentes aparições.

A faixa final e poderosa balada SORA é do tipo em que se deve balançar isqueiros acesos. Ela é um agradável e calmo final para o álbum, porém falta a energia necessária para deixar uma impressão duradoura, apesar de seu inesquecível e comovente refrão.

Infelizmente, as pessoas irão julgar o exist†trace com um olhar mais minucioso do que o normal, por causa da sua formação não ortodoxa – há poucas mulheres no mercado visual kei, muito menos bandas só delas. Com o seu álbum de estreia major, as garotas mostraram que podem mais do que apenas se igualarem aos garotos. Elas se esforçaram para cobrir diferentes gêneros musicais e fizeram mais experiências do que antes, resultando em uma variada coleção de canções bem escritas, cheia de habilidades e melodias cativantes. Ao fazer esse álbum, e apesar de terem feito uma aposta arriscada, elas esperam que os fãs que as tem admirado desde os seus dias indie, sigam-nas apesar da mudança. VIRGIN é uma boa estreia, mas somente isso, falta força e paixão no seu interior. Talvez no próximo álbum elas nos deem algo com a mesma qualidade, porém com mais pegada.

Segue abaixo um videoclipe de GINGER. Fique de olho na coruja apelidada de “Ginger-kun” por miko.

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