O final da turnê do girugamesh em Tóquio

Na noite do dia 26 de junho, uma multidão de tamanho razoável vestida em camisas da turnê do girugamesh podia ser vista na ilha artificial futurista de Odaiba, na baía de Tóquio, enquanto eles caminhavam em direção do Zepp Tokyo para o show final da turnê mundial do girugamesh de 2011. Dentro do local, os fãs esperaram impacientes até que finalmente o palco foi acesso com luzes brilhantes e a introdução do último álbum Go começou. A introdução de batida eletrônica e os efeitos luminosos vermelho e roxo fizeram a casa parecer uma boate, e durante isso a banda entrou calmamente e pegou seus instrumentos, pronta para começar quando a introdução suavemente mudou para a canção destiny.

A banda em si parecia mais maneira que nunca, o guitarrista Nii mudou o seu usual cabelo longo e reto por rastafári com mechas brancas e o baterista Яyo mostrava mechas vermelhas brilhantes em uma parte de sua cabeça. A plateia pulou animada e balançou suas mãos no ar nas canções de ritmo rápido, especialmente na terceira música sunrise que trazia uma batida funk. Um grande sensação de festa aqueceu a atmosfera consideravelmente.

O vocalista Satoshi deu boas vindas a plateia e a banda então se lançou na popular evolution que fez os fãs gritarem “hey” e jogar os punhos para o alto. A próxima música ALIVE começou com um rap, e a canção toda teve um sentimento mais forte de rua. O Baixista ShuU fez o MC durante driving time e o que ele falou foi tão engraçado que se ele um dia se cansasse de fazer música, ele poderia facilmente ser capaz de ganhar seu sustento como um comediante de stand-up.

A lenta Inochi no ki se seguiu e enquanto a plateia escutava a canção calada, eles aplaudiram ruidosamente depois. Então, todos os focos de luz caíram sobre Nii quando ele começou COLOR com um solo de guitarra. Apenas um pouco depois, ShuU teve a mesma atenção quando seu solo de baixo se tornou a introdução para CRAZY-FLAG. Esse número antigo que mostrou um pouco do estilo antigo do girugamesh recebeu uma resposta quente do público, que bateu cabeça em uníssono ao ritmo pesado. A igualmente cheia de atitude bit crash seguiu, em cujo final Nii, agora usando óculos escuros, fez poses engraçadas e também teve que falar um pouco assim como puxou outro pequeno solo de guitarra.

A acelerada DIRTY STORY foi uma apresentação extremamente poderosa que deixou uma forte impressão e os fãs, que balançaram suas mãos e gritaram “hey”, visivelmente aproveitaram. A dançante MISSION CODE trouxe a atmosfera para um clima de boate, e durante essa música todos os membros foram propriamente apresentados e mostraram um pequeno solo cada um. Satoshi então começou Never ending story, e o tom animado fez o público dançar de um modo diferente e não-controlado, que era atípico dos fãs japoneses. Com um “obrigado”, Satoshi deixou o palco enquanto o resto da banda apenas deixou o palco depois de uma pequena sessão instrumental e de fazer algumas poses engraçadas.

Contudo, o público claramente ainda não tinha tido o bastante de girugamesh e os cantos altos por encore foram enfatizados por raios de luz vermelhos circulando pelo público. A banda logo apareceu novamente, e todos os membros se dirigiram a plateia por vez. Яyo, depois de testar a obediência da plateia fazendo-os não só gritar “boa noite”, mas também “bom dia”, falou sobre a turnê mundial e sobre o quão tocado ele ficou pela preocupação pelo Japão mostrada pelos fãs estrangeiros . ShuU lembrou a primeira vez que eles foram para a Europa e tocaram para várias pessoas na Alemanha apesar de serem apenas uma pequena banda indie no Japão. Nii brincou sobre seu novo corte de cabelo e Satoshi introduziu o último single Pray, que foi escrita como uma canção de caridade em benefícios das vítimas do terremoto, mas o público claramente já conhecia a música e cantou junto animadamente.

A versão ao vivo de arrow pareceu um pouco mais pesada que a versão do CD, e essa foi seguida pela antiga shining onde a batida pesada foi contraposta por efeitos de luzes brilhantes em cores felizes. A introdução legal de Break Down foi acentuada por luzes brilhantes, e Satoshi mostrou muito de sua atitude nas partes de rap, apenas mudando seu estilo de cantar completamente quando a canção subitamente guinou para um refrão de pop leve. A banda mais uma vez deixou o palco e as luzes no mesmo foram apagadas, mas quando o público gritava por mais, os membros da banda voltaram na ponta dos pés no escuro para estar prontos quando as luzes voltassem para a última música, Saikai. Durante essa linda balada, a música foi parada por um momento e Satoshi teve que cantar algumas linhas a cappella, o que ele fez sem usar o microfone, impressionando a todos com a força de sua voz. Para os gritos da plateia, os membros da banda acenaram e deixaram o palco para valer dessa vez, Satoshi ficando para trás e agradecendo o público completamente antes de sair.

girugamesh está ficando cada vez mais difícil de se definir por gênero. Parece que eles acharam uma pequena ilha, até agora, em algum lugar do vasto oceano entre o pop-rock suave, o metal industrial e a música dance e fez seu próprio gênero. O que é certo, contudo, é que eles sabem como fazer um bom show, fazendo bom uso dos efeitos de luz e tocando vários estilos, tendo a certeza de que todos na plateia curtam o momento. Um show do girugamesh não é só para se ouvir – é para se dançar, pular e se divertir.

Setlist

01. destiny
02. EXIT
03. sunrise
04. evolution
05. ALIVE
06. Calling
07. driving time
08. Inochi no ki
09. Mienai kyori
10. COLOR
11. Endless wing
12. CRAZY-FLAG
13. bit crash
14. DIRTY STORY
15. MISSION CODE
16. Never ending story

Encore 1:
EN1. pray
EN2. arrow
EN3. shining
EN4. Break Down

Encore 2:
EN5. Saikai