Especial

O Lado Comercial do Visual Kei: Trechos de Entrevistas

03/09/2011 2011-09-03 06:28:00 JaME Autor: Meg Pfeifle (Phelan) Tradução: Nana e Shin

O Lado Comercial do Visual Kei: Trechos de Entrevistas

No oitavo artigo da série virtual "Globalizando o Visual Kei", o JaME entrevistou várias pessoas da imprensa e da indústria, de promoters a revistas, para aprender mais sobre o lado comercial do visual kei.


© Lydia Michalitsianos
Foto: 2356
Durante a minha pesquisa para esta série virtual, eu trabalhei com muitas organizações diferentes variando de convenções de anime a revistas e com promoters pelo mundo para tentar fornecer uma visão bem completa da cena visual kei. Estes são trechos de entrevistas que foram realizadas.

Anime NEXT


Anime NEXT é uma convenção de anime localizada em Nova Jersey. Iniciada em 2002, ela vem crescendo em tamanho e obteve um público de mais de 8.000 convidados em 2010. Frequentemente recebendo bandas japonesas de visual kei, o Anime NEXT graciosamente concedeu esta entrevista para que possamos saber como esse mundo funciona do seu ponto de vista.


Qual a taxa de frequência para eventos de visual kei no Anime NEXT? Há algum tipo de oscilação ao longo dos anos?

Anime NEXT: Nossa taxa de frequência para todas as nossas bandas é muito positiva, mesmo que com o visual kei você tenha uma vibração um pouco diferente do público.

Como o Anime NEXT decide quais bandas de visual kei vocês gostariam de ter como convidados?

Anime NEXT: O Anime NEXT nunca quer ser reconhecido por apenas um tipo de banda. Estamos constantemente tentando descobrir qual será a próxima grande banda do visual kei ou qualquer outra cena, nós só estamos tentando trazer para o nosso público a melhor banda que pudermos.

Quem é o principal responsável por financiar a viagem e despesas da banda?

Anime NEXT: Nós somos os principais responsáveis.

Aos olhos do Anime NEXT, como o visual kei se encaixa no espírito do anime e na cena da convenção?

Anime NEXT: Muitos dos nossos visitantes já são grandes fãs de vários aspectos da cultura japonesa e já são fãs da cena visual kei; enquanto que outros visitantes amam aprender novos aspectos da cultura japonesa. Trazendo uma banda visual kei podemos diversificar nossas ofertas e expor as pessoas a novos aspectos da cultura japonesa.

Finalmente, há mais alguma coisa que vocês gostariam de compartilhar conosco?

Anime NEXT: Sim, é claro. Deixe todos os seus fãs saberem que o nosso coração e os melhores votos vão para o povo do Japão, neste momento, e nos consideramos abençoados pelas bandas e convidados que têm vindo aqui. Ah sim, se você estiver por aqui, de 10 a 12 de junho em Somerset NJ, venha assistir o show*. É a PRÓXIMA GERAÇÃO de convenções de anime.

*Nota do autor: Neste ano o convidado do Anime NEXT é a banda visual kei Mix Speaker's,Inc.
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Cameron Scholes


Para fãs ocidentais que estavam no visual kei no início do milênio, Cameron Scholes é um nome conhecido por muitos. Dona do site “Glam Japan” e agora da extinta revista visual kei “BLUSH”, Cameron ajudou a impulsionar o visual kei no exterior não só se envolvendo com os fãs online, mas também exportando mercadorias via eBay e outros meios de vendas.


Você foi uma fã de visual kei estrangeira pioneira nos primeiros anos do milênio. Você pode descrever como era a cena dos fãs visual kei naquela época?

Cameron: Em 2000, praticamente não tinha estrangeiros na cena, além de Jennifer, que é dona do site “Bonjour Honey”. Ela era apenas uma de um seleto grupo de bandas, ao contrário de mim que aproveitava tudo e estava interessada em qualquer banda que usasse batom. Na época, a internet estava no início e os sites de bandas não existiam. Havia publicações, claro, a revista de longa data SHOXX e a de surta duração V-Shot, bem como numerosas publicações estilo pró-zine, mas tudo feito em japonês. A única coisa sobre a cena que realmente mudou nesses oito anos foi o influxo e interesse dos fãs estrangeiros. Toda a filosofia do visual kei no Japão continua a mesma.

Você poderia me falar sobre a revista BLUSH? Por que você decidiu fazer isso? Foi fácil conseguir entrevistas e live reports?

Cameron: Com a cena visual kei indie em 2000, eu caí em cima de algo fantástico. No segundo que comecei a ir a shows, eu soube imediatamente o que seria interessante para esta cena fora do Japão. Mas isso foi em 2000. Eu tinha um site, o único além do "Bonjour Honey", e que atraiu muita atenção. Mas eu senti que havia (é claro) muito mais que eu poderia fazer. Fui à Draculina Publishing, uma pequena empresa nos EUA que publicava pró-zines. Isso foi fácil pra mim já que eu já tinha feito um pró-zine de sucesso com eles ao longo dos anos, então quando eu propus a ideia da BLUSH não foi tão difícil obter um sinal verde para a primeira edição. Eu consegui algumas entrevistas, mas eu não as considerei importantes na época já que nada do que os membros diriam teria muita relevância para um estrangeiro fora do Japão; um estrangeiro que não conhecia a cena, o sistema, os clubes, para não mencionar os membros especificamente. Eu escolhi, então, fazer artigos sobre as bandas e resenhas de shows e CDs/demos, porque isso me permitiu conseguir o maior número possível de nomes diferentes de bandas e fotos para as páginas. Essa era uma informação vital para apresentar a cena e passar aos estrangeiros o que estava acontecendo na cena, o mais rápido possível.

Quão bem foram as vendas da revista BLUSH? Por que você basicamente entregou os pontos e não tentou a ideia novamente anos mais tarde?

Cameron: A BLUSH foi muito mal. Tão mal que a Draculina Publishing desistiu na segunda edição. E por mais que eu quisesse discordar com o editor, ele estava muito certo sobre uma coisa. Ele disse, “Música, especialmente indie, não tem o mesmo poder sustentável com fãs de música como, por exemplo, filmes do gênero com fãs de filmes”, e ele estava certo. Se um fã visual kei se deparar com meu fanzine hoje, ele provavelmente não comprará porque as bandas, os CDs, as demos e as resenhas de shows estão obsoletas e irrelevantes para a cena de hoje. A música e as bandas frequentemente perdem sua relevância com o tempo; filmes nem tanto. Fãs de terror ainda citam filmes dos anos 70 como “O Massacre da Serra Elétrica” como um dos seus favoritos, apesar do aumento de sangue nos novos títulos, desde então. Cinéfilos vão atrás de sua história, muito mais do que fãs de música. Eu quero dizer, quantas bandas dos anos 80 ainda são famosas hoje em dia, têm seus álbuns relançados, e vendem milhões de cópias?

Nos anos que seguiram a BLUSH, mais e mais estrangeiros vieram para a cena indie no Japão e o que, por sua vez, gerou mais sites e fóruns de visual kei. Até então, algo como isso era como um terreno conquistador para mim. Então eu deixei que os “novos fãs” carregassem a tocha enquanto eu me mudava para as pastagens verdes do visual kei; e eu quero dizer mais verdes. E esse verde era o eBay. Não havia dinheiro para investir em um pró-zine ou fanzine, mas lá havia muito dinheiro, sacos, na venda de visual kei pelo eBay. Ninguém fazia isso naquela época. A CD Japan não existia, Closet Child não estava por aí, e as bandas de visual kei não vendiam para o exterior. Isso era perfeito. A própria definição de território virgem e eu peguei a cereja. E fazendo isso eu ainda podia divulgar o visual kei, encontrar muitos novos fãs e amigos, e ao mesmo tempo encher meus bolsos de dinheiro. Foi uma época insana, até eu deixar o Japão em dezembro de 2008. E eu acho que fiz mais pelo visual kei vendendo no eBay do que eu poderia ter feito com uma revista. Eu literalmente levei a música às pessoas; não apenas em palavras e fotos. Isso soa terrivelmente pretensioso, mas eu estou sendo honesta.

Aí... a festa acabou para tudo isso. O visual kei no eBay morreu por volta de 2009, os downloads substituíram as caras "mail order" CD para o exterior (e eBay), e o aumento de blogs e sites transformou os fanzines em coisas ultrapassadas. A verdade é que o visual kei nunca será grande o suficiente para sustentar o tipo de império promocional que os fãs construíram em sua volta.

Nathan Reaven do Hear Japan escreveu em um comentário aberto para os fãs essencialmente dizendo que os downloads estavam “matando as chances de bandas visual kei se tornarem populares no exterior”. Você concorda com isso ou acha que há mais do que isso?

Cameron: É claro que eu concordo, mas fazer downloads é um mal inevitável, pois o público visual kei é atraído pelos avanços tecnológicos da Internet. Primeiro, não estamos falando da fanbase com renda disponível. Estamos falando de jovens e pessoas por volta dos vinte anos. São pessoas com uma quantidade finita de dinheiro, mesmo com a cena visual kei sendo inundada de novas bandas todos os dias, que enchem a cena de álbuns, mini-álbuns, lançamentos estilo A & B, DVDs, edições especiais, material ao vivo, etc.

Se você espera que um fã obsessivo por visual apenas sente e “jogue limpo”, você está sonhando. Fãs de visual kei continuarão a drenar a cena o quanto puderem, porque esse é o único jeito deles continuarem tendo todas as músicas. E se a cena em um nível estrangeiro morrer por causa disso, todos vão apenas encolher os ombros e dizer... “Droga. Foi bom enquanto durou”. Essa é apenas a natureza humana, e nenhum “comentário aberto para os fãs” será cumprido em algum tipo de negociação. É nobre, mas um gesto inútil e fraco de uma pessoa que deveria ter maior compreensão da natureza humana.

Por que você acha que há tipo uma flutuação dos fãs na cena?

Cameron: Ser um fã estrangeiro de visual kei é o mesmo que ter uma namorada ou um namorado pela internet. Quanto tempo vai durar o entusiasmo inicial da relação? Para aqueles fãs vivendo no Japão, o visual kei é a melhor cena para se envolver. Está na sua cara 24 horas por dia, 7 dias da semana e se você deixar, vai se tonar o seu estilo de vida. É grande e envolvente. Mas fora do Japão, os fãs estão limitados ao que podem fazer e o quão profundamente podem se envolver. Eles não podem ir a lojas incríveis de CDs e procurar por toneladas de material, não podem ir a shows legais em qualquer dia da semana, não pode participar de meet and greets de bandas, não pode ter coisas promocionais legais, não pode ter amigos japoneses visual kei, e o mais importante (ou triste) eles não podem “viver” a cena como os fãs japoneses. Fãs estrangeiros em sua maioria estão relegados a assistir a cena evoluir pelos seus computadores. Então, você tem esses novatos no visual kei cansados de sentar na frente do computador e imaginar, esqueça isso, isso é loucura. Todas essas coisas acontecendo no Japão e eu não posso me envolver ativamente. Então, uma falta de interesse em conjunto e eles caem fora da cena. A maioria dos fãs de visual kei são daqueles que olham a vitrine e nada compram. Nunca são capazes de colocar os pés na loja. Começa a cansar depois de um tempo.

Por que você acha que o visual kei ainda é uma subcultura apesar de ter se tornado um estilo musical globalizado? Você acha que há alguma forma de trazê-lo acima disso?

Cameron: O visual kei tem dois fatores que continuarão sempre a mantê-lo fora do mainstream e um senso global: o pouco uso do inglês e o uso pesado de maquiagem que deixa o gênero duvidoso e a moda. Deixando de lado as opiniões de fãs de visual kei, para a mídia dos ouvintes de rock (o grande mercado mundial lá fora) bandas de visual kei se vestem como garotas e parecem gays. Se isso é verdade ou não, é irrelevante. Estas são as primeiras reações da mídia dos fãs de rock, 99% dos quais ficarão totalmente desinteressados por estes elementos de glamour independentemente se a música é interessante ou não. Então, se a mídia dos fãs de rock não consegue lidar com os elementos de maquiagem e moda, o que geralmente acontece, então está acabado; estagnado! E é exatamente por isso que o visual kei está neste estado hoje. Por mais de uma década eu tentei apresentar o visual kei para inúmeros amigos e associados, que gostavam de rock e metal, e o resultado geralmente é o mesmo. O glamour e a “atuação andrógena” o deixa de fora, não importando o quão legal ou pesada é a música. Eu até tentei tocar a primeira música para deixá-los viciados, mas isso sempre falhou... quando eu lhes mostrei, em seguida, as imagens, eles recuaram com uma exclamação de "O que é isso???" E isso é quando o CD sai do som do carro.
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Kokaku Music


Kohaku Music é um grupo de promoção em crescimento que vem trazendo bandas de visual kei para a Europa Oriental.


Nos últimos anos, a Rússia e a Europa Oriental se tornaram lugares populares para bandas de visual kei se apresentarem. Você tem alguma ideia do por quê?

Kohaku: Fãs europeus ocidentais tinham muito visual kei japonês, enquanto fãs da maioria da Europa Oriental e países bálticos só sonhavam com isso antes da Kohaku Music. Nós trouxemos pela primeira vez bandas de visual kei para Bielorrússia, Bulgária, Croácia, República Checa, Estônia, Grécia, Letônia, Lituânia, Romênia, Sérvia, Eslováquia, Eslovênia e Ucrânia. A Rússia está sempre em sintonia com tudo de novo e extraordinário.

Como você determina com quais bandas quer trabalhar e onde elas se apresentarão (tanto cidades quanto países)?

Kohaku: Eu finjo que sou um fã de J-rock de 18 anos e eu vou a muitos shows antes de tomar a decisão. Então eu finjo que sou Alexandre, o Grande e vou estudar o mapa com o general da turnê. Estou só brincando!

Apesar de haver regularmente muitos eventos no exterior, você notou um menor comparecimento nos shows? E quanto às turnês repetidas com o mesmo artista ou a muitos shows na mesma cidade?

Kohaku: A presença nos shows é uma variável dependente de fatores como a fama do artista e o preço dos ingressos. No entanto, turnês/shows reprisados só valem a pena quando a turnê/show inicial foi um completo sucesso.

Você já fez algum evento que teve perda de capital? Você tem ideia do que causou isso?

Kohaku: Nós fizemos um itinerário de quatro shows em quatro áreas da Romênia, que foi um teste sem resultado positivo. Os esforços da banda e dos organizadores se tornaram muito caros.

Por que as bandas se apresentam mais em eventos solo do que em convenções de anime como na América?

Kohaku:Nós fizemos nossas bandas se apresentarem em várias convenções de anime, contudo as longas turnês da Kohaku Music frequentemente não batem com nosso cronograma de convenções. Além disso, ter bandas se apresentando em casas de shows apresenta o movimento a mais pessoas, não apenas fãs de anime.

Qual foi o seu evento de maior sucesso? Por quê?

Kohaku: Eu considero como nosso evento de maior sucesso o primeiro show em Bucareste em 14 de maio de 2010. Não porque nós tivemos o maior público ou a melhor performance ao vivo, mas porque foi o aniversário da Kohaku Music.

Finalmente, há mais alguma coisa que gostaria de dividir conosco?

Kohaku: Acompanhe as turnês da Kohaku Music e divulgue o amor pelo Japão!
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ASKEW Magazine


A ASKEW Magazine, agora extinta, foi uma das diversas revistas em inglês sobre visual kei e música japonesa. Em seu auge, tinha uma quantidade saudável de leitores e foi uma ótima fonte em inglês para os fãs lerem sobre o gênero musical.


Em 2001, o visual kei viu a sua primeira revista em inglês, "Blush". Nos dez anos seguintes, nós vimos apenas outras três. Por que você acha que as revistas de visual kei em inglês simplesmente falham em ser populares, enquanto os fãs continuam a comprar as revistas japonesas?

ASKEW: Revistas são extremamente caras e difíceis de manter. Staff com credibilidade e conhecimento também são difíceis de encontrar. Sendo assim, revistas em inglês de visual kei dificilmente se comparam em qualidade com as revistas japonesas e é por isso que os fãs continuam a comprá-las.

Por que a ASKEW Magazine parou de publicar?

ASKEW: Falta de fundos e staff tiveram um papel enorme, porque isso atingiu a organização em todos os sentidos. Outras coisas como a recessão também entraram no jogo. Como um amigo meu disse uma vez, "Punks não pagam contas".

Foi difícil vender uma revista que atende a um público muito específico?

ASKEW: É sempre difícil vender um produto assim, porque o público às vezes não aumenta nas suas expectativas para ser capaz de sustentar o seu produto.

Houve alguma coisa particularmente frustrante quanto a fazer uma revista?

ASKEW: Tiveram várias vezes que cancelaram entrevistas conosco, porque a gravadora de repente “mudou de ideia”. Há muitos indivíduos e empresas que dirão às gravadoras o que fazer e com quem trabalhar exclusivamente para os seus próprios interesses, e não está olhando para os interesses dos próprios artistas. Essas atitudes são prejudiciais, uma vez que arruínam a oportunidade de promoção do artista em um mercado que já é pequeno.

Você acha que há algo que as empresas ocidentais de visual kei (promoters, revistas, etc.) podem aprender com as empresas japonesas de visual kei?

ASKEW: O problema com a maioria das empresas ocidentais é que não há um balanço saudável entre os conceitos de negócios japoneses e ocidentais; de longe muitas empresas funcionam no estilo ocidental e isso perturba muito a indústria japonesa. As empresas de ambos os lados devem ser mais flexíveis para que isso não aconteça. Qualquer um buscando trabalhar em outro país deve aprender não só os costumes de negócios locais, mas também a língua e cultura, antes de seguir adiante.

Você experimentou qualquer dificuldade quando trabalhou com empresas japonesas?

ASKEW: Eu experimentei dificuldades tanto com empresas japonesas e quanto com americanas. Os maiores problemas vêm de empresas americanas que querem gerir seus negócios com táticas de intimidação. Outros problemas também vêm tanto de estrangeiros quanto de staff de empresas japonesas que não tiram um tempo para entender nosso mercado e como ele funciona. Se você ainda não viu o seu Mercado em ação em primeira mão, você provavelmente não deveria ser uma autoridade. Eu nunca tive dificuldade com os artistas, porque eles tendem a ser mais flexíveis. Entretanto, nem todas as bandas japonesas são assim e até mesmo os artistas estão tirando um tempo para aprender como trabalhar no exterior (como o X JAPAN).

Se tivesse uma coisa que você pudesse dizer aos fãs, o que seria?

ASKEW: Continuem a apoiar os artistas; vá aos seus shows e compre seus CDs e produtos. Os artistas precisam do seu apoio agora mais do que nunca, e até mesmo algo simples como o apoio em mídias sociais (Facebook, Twitter, etc) é uma grande fonte de encorajamento para eles. Eles leem e escutam tudo o que você diz e tomam suas palavras com o coração. Por favor, continuem a apoiá-los.

Finalmente, há mais alguma coisa que gostaria de dividir conosco?

ASKEW: Se você for ao Japão para ver os artistas, por favor, lembre-se de que as suas ações impactarão a todos. Você está representando o seu país quando vai a shows, então, por favor, passe uma boa impressão!
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JRock NL


JRock NL é uma organização sem fins lucrativos que leva bandas do Japão para a Holanda. Eles hospedaram diversos eventos de sucesso no passado, para o deleite de fãs europeus e holandeses.


Onde a JRock NL primariamente opera?

JRock NL: Atualmente estamos em pausa, mas a JRock NL organiza shows principalmente na Holanda, trabalhando em conjunto com uma agência de turismo internacional. Nós também já fizemos duas convenções no passado e uma turnê.

Como você determina com quais bandas quer trabalhar e onde elas se apresentarão (tanto cidades quanto países)?

JRock NL: Para as cidades, nós normalmente escolhemos Utrecht porque é bem central e muito acessível pelo transporte público (e todas as pessoas jovens usam transporte público). Algumas vezes nós fizemos um show em Amstelveen, próximo à Amsterdam, mas foi mais porque o outro local estava reservado ou era muito pequeno para 400 pessoas.

Nós somos uma organização sem fins lucrativos, portanto nosso objetivo é equilibrar e não obter qualquer lucro. Por causa disso, nós temos que evitar grandes riscos, então mesmo que recebamos uma oferta, nós vemos a popularidade do artista em nosso país para ver se funcionaria.

Apesar de haver regularmente muitos eventos no exterior, você notou um menor comparecimento nos shows? E quanto às turnês repetidas com o mesmo artista ou a muitos shows na mesma cidade?

JRock NL: Sim, para pequenas bandas, menos pessoas aparecem. Um exemplo de bandas se apresentando no mesmo período: quando fizemos o Plastic Tree, poucas pessoas apareceram para assistir porque o DIR EN GREY estava se apresentando na mesma semana. As casas de show aqui da Holanda nunca querem acreditar em nós quando dizemos “este é um período ruim porque outra banda estará se apresentando aqui”, mas quando você está entregando panfletos do Plastic Tree em um show do DIR EN GREY e os fãs estão literalmente te dizendo que “não podem se dar ao luxo de fazerem a viagem novamente” ou “ou não podem se dar ao luxo de comprar outro ingresso naquela semana”, é difícil não acreditar que é verdade.

Shows com várias bandas são geralmente mais ou menos rentáveis?

JRock NL: Nós só fizemos um, mas foi em boas condições. Eu diria menos rentável, porque você tem MUITO mais despesas e em algum ponto as pessoas não pagarão mais por um ingresso.

Qual foi o seu evento de maior sucesso? Por quê?

JRock NL: O primeiro show holandês do MIYAVI, porque vendeu a maior quantidade de ingressos.

Se tivesse uma coisa que você pudesse dizer aos fãs, o que seria?

JRock NL: Por favor, continuem a apoiar a cena musical japonesa indo a shows e comprando CDs oficiais. Um ingresso de show ou um CD vendido faz a diferença.
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Tainted Reality


A Tainted Reality é uma companhia multifacetada localizada na Pensilvânia. O proprietário, Roger, aventurou-se em uma variedade de ideias, de trazer bandas a hospedar um site com entrevistas e publicações sobre o visual kei, um programa de rádio (agora extinto) e sua nova ambição, vídeos.


Você já fez algum evento que teve perda de capital? Você tem ideia do que causou isso?

Roger: Eu tive dois. O nosso primeiro foi, na verdade, no auge da cena em 2007 com a turnê The Candy Spooky Theater. Nós estávamos prestes a fazer algum dinheiro se até o ultimo dia tivesse 100 ou mais pessoas. Então, por razões que eu não entendo, só 35 pessoas apareceram para o show final. Algumas pessoas disseram “Bem, são só quatro dias antes do Jrock Revolution”. Eu acreditaria se fosse em Los Angeles, mas era em Baltimore! De jeito nenhum todos os interessados em J-rock em um raio de 80 quilômetros iriam ao J-Rev. Então, uma vez que tínhamos pouco público, eu levei um grande golpe pessoal.

A outra foi a nossa última turnê do GPKISM. A taxa de participação não tinha sido benéfica no passado, mas estávamos preparados para isso, então fiz uma turnê muito simples. Eu planejei tudo, então faríamos dinheiro independentemente do pouco público. Contudo, a Mãe Natureza nos pegou. Uma nevasca atingiu a Filadélfia na noite do show e transformou o que eu estava esperando ser o maior show da turnê em algo com 101 pessoas. Isso também nos forçou a cancelar nosso show na Flórida. Mas o que foi pior foi que tivemos que remarcar nossos voos para voarmos direto para Chicago, não a Flórida. Isso nos custou $200 (aproximadamente R$320) por pessoa, e nós tínhamos seis pessoas! Nós poderíamos ter feito algum dinheiro, mas Deus disse "Não".

Você notou uma diminuição no comparecimento em casos de turnês repetidas com o mesmo artista ou em casos de múltiplos shows na mesma cidade? Por que você acha que isso está acontecendo?

Roger: Absolutamente. Nas turnês do BLOODde 2008 - 2009, nós tivemos pouco público em cada show, exceto em San Antonio, às vezes até 100. Isto foi muito chocante pra mim naquela época, porque isto (para todos os efeitos, no momento) foi visto no último show da turnê do BLOOD. Então, ver os números foi muito assustador. Eles se tornaram mais terríveis da turnê do BLOOD/GPKISM de 2009 à turnê do GPKISM/Seileen em 2010. Em algumas paradas, tivemos apenas um terço do que tivemos no ano anterior.

Você tem algum prazer/queixa específica quanto à organização de eventos?

Roger: Planejar eventos é uma droga. (risos) Especialmente turnês em clubes. Convenções de anime não são tão ruins, e há muito menos estresse, mas turnês em casas de show são agonizantes. Se você não tiver um relacionamento estabelecido com a casa, você passará por dificuldades para começar um. Agentes pegam bandas que conhecem e que podem vender, e frequentemente não querem correr riscos... especialmente com um bando de caras que não falam inglês, que nenhum de seus amigos conhecem e que vão trazer crianças em sua maioria. E esse é o nosso defeito fatal. Nossos fãs são muito jovens para comprar álcool, e é assim que esses clubes fazem seu dinheiro de verdade. Se nossas bandas não levam as pessoas aos bares, eles não nos querem... e nenhuma de nossas bandas. Após a última turnê, na verdade, teve um clube que nos disse que não poderíamos mais fazer negócio, porque o bar estava cheio. E com cheio... Eu quero dizer que mesmo depois de eu ter subido no palco, deixado os fãs saberem da situação, e suplicado para que comprassem algo (mesmo uma Coca-cola)... o bar rendeu $35 (aproximadamente R$55).

Era para ter uma turnê do Rose Noire após Zenkaicon, mas por causa da nossa incapacidade de garantir um bar, e com o recorde recente de pequenas bandas de J-rock nos EUA, quase ninguém estava interessado em nós. Então, há também a situação ocasional de “a banda não está feliz com o engenheiro de som”. (risos)

Quanto aos prazeres, conseguir uma grande quantidade de pessoas para curtir o show. Conseguir que muitas pessoas sejam cativadas por uma banda é incrível e espantosamente satisfatório. Eu poderia me importar menos com o dinheiro se houvesse pessoas para amar a banda. Eu vou me preocupar com dinheiro quando as mariposas voarem da minha carteira quando eu tentar comprar comida. (risos)

Quais são seus pensamentos sobre a música visual kei estar se tornando global apesar de restar uma cena underground no Japão?

Roger: Ela pode ser global, mas eu acho que continua parecendo principalmente uma coisa japonesa e ainda é uma cultura muito oposta. Fora do Japão, o visual kei não aproveita as vendas e o comparecimento em shows, o que consistentemente ocorre no Japão. Muitas vezes, eu tive bandas que cancelaram aparições nos EUA em favor dos shows japoneses. Chamar de global não é vender. Há fãs de visual kei em quase todos os continentes... mas eu não acho que haja muitos. Além disso, é muito difícil para uma banda visual kei fora do Japão fazer isso com o visual kei básico. Enquanto que artistas visual kei certamente existem fora do Japão (Bowie, KISS, Slipknot, qualquer banda de black metal), bandas com um selo visual kei normalmente também não o fazem, tais como seus irmãos japoneses. Algumas bandas americanas baseadas no visual kei expressaram para mim certa insatisfação com a fanbase, eles são muitas vezes zoados por não serem japoneses. Então, enquanto tiver este apelo mundial, eu acho que o mesmo é limitado e ainda é estritamente visto como japonês.

Com a música visual kei se tornando cada vez mais aceita globalmente, você acha que ele será mais aceito no Japão? Por quê?

Roger: Não. Pegue a banda Bush como exemplo. Eles são a música básica dos anos 90. Eles possuem uns dos maiores sucessos das rádios por 20 anos com músicas como Comedown e Glycerine. Você pode tocar qualquer uma dessas músicas e acha que a maioria das pessoas reconheceria pelo menos o refrão, certo? Bem, não em seu país de origem no Reino Unido. Eles venderam mais de 10 milhões de cópias nos EUA, mas mal podiam ser considerados sucesso na Grã-Bretanha. Há centenas de outras histórias similares a esta e isso me faz acreditar que você tem que ganhar qualquer mercado.

Finalmente, há mais alguma coisa que gostaria de dividir conosco?

Roger: Eu estou realmente preocupado quanto ao futuro da cena na América. Eu tenho notado pouca frequência nos shows, menos atenção do rádio, a pouca ênfase na comunidade, e muitas organizações de J-rock e visual kei que se formaram nos últimos anos, não resistiram. Os fãs têm deixado a cena em massa, muitos a abandonando pelo pop coreano. Eu não posso culpá-los totalmente, porque de 2008-2010 a grande maioria da música era muito ruim. Entretanto, as bandas realmente pegaram o ritmo no ano passado, com Versailles, D e DEATHGAZE lançando gravações impressionantes. Não sei se é muito cedo, muito tarde, mas eu temo pelo futuro do visual kei na América, porque se os fãs não comparecerem aos shows, as bandas não virão mais.

Nota do Autor: Após esta entrevista, Roger revelou que a turnê do Rose Noire ocorreria após o Zenkaicon. O comparecimento foi bem sucedido em Baltimore, mas seu show em Nova Iorque foi muito pobre com apenas 36 pessoas, custando à Tainted Reality centenas em investimentos na turnê.
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Jhouserock Entertainment


Jhouserock é um promotor americano de sucesso localizado no estado da Georgia. A primeira organização a trazer artistas de visual kei para a América, eles têm tido sucesso continuo em seus esforços e em criar memórias para os fãs, proporcionando grandes shows durante quase uma década!


O que fez inicialmente o Jhouserock pensar em trazer bandas de visual kei aos EUA?

Jhouserock: Faz tanto tempo que eu esqueci como começamos a coisa do J-rock! Harry e eu tivemos a oportunidade de auxiliar Sophie [uma funcionária do A-Kon], ela é uma grande fã do DuelJewel, em trazer a banda para tocar no Texas. Após aquele evento, Harry conheceu o baterista, VAL, muito bem, então quando Harry visitou Tóquio eles saíram e conversaram sobre o visual kei.

Por que o Jhouserock trabalha com convenções de animes para trazer mais bandas?

Jhouserock: Toda a convenção de anime tem muitas coisas a ver com a cultura japonesa, então bandas de visual kei são só uma parte disso. Além disso, algumas bandas de visual kei possuem músicas em aberturas e encerramentos de animes.

A Jhouserock participou na turnê Rockstar Taste of Chaos em 2008. Como isto aconteceu? O que vocês acharam de participar de uma turnê com uma mistura de músicos de vários países?

Jhouserock: Quando nós promovemos o DIR EN GREY em 2006, nós encontramos um monte de pessoas da indústria musical americana, porque essa foi a direção que o DIR EN GREY queria explorar. O DIR EN GREY criou um monte de rumores com a aparição no SXSW e vencendo o "Headbangers Ball" com o melhor vídeo na MTV2. Com as "bandas de rock japonês" ainda sendo faladas em 2008, nós trabalhamos com o promoter do Taste of Chaos e achamos que algumas bandas japonesas trabalhariam bem na turnê!

A Jhouserock frequentemente usa ingressos VIPs em convenções de anime. Você notou uma flutuabilidade disso nos últimos anos comparado a quando você começou a usá-los?

Jhouserock: Nós implementamos os ingressos VIPs em parte para desencorajar os fãs a esperarem na fila por horas e horas; sem isso os fãs esperariam na fila o dia todo e isso criava problemas de segurança [no passado]. As vendas de ingressos VIPs flutuam com a popularidade da banda. Sempre há um limite de ingressos VIP disponíveis para a venda com a convenção, depende da banda a rapidez em que os ingressos VIPs serão vendidos.

Com que frequência os eventos/turnês fora de uma convenção de anime são rentáveis? O que é mais lucrativo, turnês ou eventos solo?

Jhouserock: Eventos/turnês fora de convenções de anime são muito mais difíceis de fazer dinheiro, porque as despesas são esmagadoras. Nós temos que manter o orçamento ou ele sairá de nossas mãos, realmente rápido! A maioria das turnês são mais lucrativas do que eventos solo.

Diz-se que os artistas não vendem muitos CDs, mas vendem principalmente seus produtos. Como tem sido as vendas de produtos recentemente? Elas têm aumentado ou diminuído?

Jhouserock: Em cerca de 80% do tempo nós vendemos todos os produtos da banda. Nós não produzimos itens, nem pedimos à banda para trazer toneladas deles; isso torna as coisas simples.

Você tem algum prazer/queixa específica quanto à organização de eventos?

Jhouserock: A maior queixa, e isso ocorre todo o tempo, é não ter convenções nos fornecendo coisas que disseram que forneceriam. Nós ouvimos todas as desculpas, mas no final, a Jhouserock Entertainment tem que fazer isso acontecer, então a banda ficaria feliz e gostaria de voltar no futuro.

Como você mede pessoalmente o sucesso de uma pequena banda japonesa, de um ponto de vista de uma indústria?

Jhouserock: As vendas de CDs nos shows, vendas de produtos e público nos shows em sua maioria. Se uma banda consegue ser a principal ou fazer um show one-man no Japão, então isso significa que eles estão se tornando populares, que pode ser traduzido em mais vendas e possivelmente se tornar major. Além disso, hoje em dia o número de visualizações no YouTube também pode ser um indicador.

Finalmente, há mais alguma coisa que gostaria de dividir conosco?

Jhouserock: Através dos anos, nós temos estado em várias cidades, tanto grandes quanto pequenas, devido ao nosso trabalho com anime. Pela América ser tão grande, muitos fãs de visual kei que estão em cidades pequenas, não podem viajar para ver suas bandas favoritas e isso é uma vergonha.
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A-Kon



A A-Kon, a primeira convenção de anime a hospedar um evento de visual kei nos EUA, continuou bem sucedida anos depois. A cada ano ela hospeda uma variedade de convidados relacionados a anime e música, mantendo felizes aqueles que a frequentam e dispostos a voltar.


Qual foi o evento de visual kei de maior sucesso da A-Kon? Por quê?

A-Kon: É realmente difícil selecionar um em particular, mas três se destacam por várias razões. O primeiro foi a aparição do Psycho le Cému, que foi a primeira banda de visual kei major que participou da nossa convenção. Isso mostrou que aqui não era apenas um Mercado interessado em alguns shows no Texas, mas que o A-Kon era bem equipado para dar a eles o local e o público que mereciam. O segundo foi na verdade no ano que o LM.C cancelou sua aparição faltando um mês para o show, oque poderia ter sido desastroso. Entretanto, nós conseguimos registrar o ALSDEAD com apenas poucas semanas para repor, e ainda para oferecer um show de boa qualidade para os nossos convidados, um evento que mostrasse o verdadeiro espírito do A-Kon, e também começar nossa parceria com a conhecida Babel Entertainment. E claro, o terceiro foi no ano passado, quando nós fomos honrados em fazer parte do relançamento de uma das maiores bandas, um percursor e inspiração para muitas bandas de visual kei, a banda de metal progressivo, SEIKIMA-II. Além disso, eu pude oferecer a uma das minhas bandas favoritas, Inugami Circus-dan, a chance de vir à América e se apresentar para os seus fãs lá.

Como é a taxa de comparecimento para eventos de visual kei no A-Kon? Houve alguma flutuação durante os anos?

A-Kon: Isso é muito difícil de julgar, como os shows não têm somente visual kei, e, diferente de muitas convenções, nós não temos um comitê de visual kei, mas uma sala de vídeo inteira dedicada à música japonesa. Eu sei que nos últimos dois anos, nós temos lotado nossos locais, ainda que isso sejam aproximadamente três mil pessoas.

Como o A-Kon decide quais bandas de visual kei gostaria de ter como convidados?

A-Kon: Diversos fatores influenciam na nossa decisão, nós normalmente determinamos a popularidade da banda pesquisando sua presença em vários sites, e se eles tem uma fanbase forte nos EUA, mas nós também levamos em consideração seu som e sua atração com os participantes em geral, bem como sua atração com pessoas fora da convenção/fandons de visual kei em geral.

Quem primeiramente é responsável por financiar a viagem e despesa das bandas?

A-Kon: A convenção normalmente cobre as despesas de viagem, alojamento e alimentação, o mesmo que fazemos com convidados da convenção, bem como os custos associados à sua performance, como iluminação em nível profissional e equipamentos.

O A-Kon já contratou uma banda só para tocar em uma convenção, sem fazer shows adicionais por fora?

A-Kon: Não, não diretamente. Contudo, o A-Kon está primeiramente interessado em contratar shows exclusivos para a nossa convenção, ou que fará sua primeira aparição nos EUA.

Aos olhos do A-Kon, como o visual kei se encaixa no espírito do anime e da cena da convenção?

A-Kon: A-Kon sempre acreditou em fornecer uma programação adicional que não é diretamente associada com anime, mas que seja de interesse de nosso público, como nosso curso para escritores sci-fi, assim como nossos excelentes eventos de Games, assim como a inclusão de um curso programando Steampunk e um pequeno momento junto com a convenção de dolls, assim como tendo a primeira sala de vídeos centrada em música japonesa, dez anos atrás. Visual kei combina com o espírito de intimidade e família que o A-Kon acredita há tanto tempo – sabemos que os fãs estarão lá, porque há uma mistura entre os fandons de anime e J-music, logo, nós damos a eles algo pelo qual estar lá.
O A-kon já vivenciou algum contratempo ou complicação enquanto trabalhava com companhias japonesas visual kei?

A-Kon: Sempre há a possibilidade de contratempos e complicações quando se trabalha com qualquer companhia. O maior contratempo que vivenciamos como convenção foi o cancelamento da apresentação do LM.C pela sua gravadora durante a epidemia de gripe suína, apenas um mês antes da convenção.

Em todo o seu tempo fazendo isso, você já ensinou japonês ou aprendeu do japonês algo quanto a produzir um evento de sucesso?

A-Kon: Claro, todo ano é uma nova oportunidade de aprender para ambos os lados sempre que culturas diferentes se encontram. É difícil dizer o que exatamente nós ou eles devem ter aprendido, varia desde coisas pequenas como fornecer lixeiras claramente marcadas nas áreas atrás do palco, a com o valor e a política de fotografia afeta como montar uma área de autógrafos e o local do show.

Finamente, há algo que vocês querem compartilhar conosco?

A-Kon: Só que tem sido uma experiência maravilhosa e positive, não só para realizar os sonhos de bandas japonesas que desejam tocar na América, mas também para os fãs que sonham chegar a vê-los, e nós vamos trabalhar continuamente para trazer ao nosso público o melhor que podemos.

Sumário


O JaME gostaria de agradecer a cada uma das companhias e entrevistados por fazer este artigo da série virtual Globalizando o Visual Kei possível.

No próximo sábado, por favor nos acompanhe quando exploraremos o mundo do glam rock, visual kei e artistas inspirados no visual por todo o globo. _______________________________________________________________

[1] Anime NEXT, E-mail interview with author, April 27, 2011.
[2] Cameron Scholes, E-mail interview with author, March 31, 2011.
[3] Kohaku Music, E-mail interview with author, March 17, 2011.
[4] ASKEW Magazine, E-mail interview with author, March 14, 2011.
[5] Jrock NL, E-mail interview with author, February 24, 2011.
[6] Purple SKY, E-mail interview with author, March 7, 2011.
[7] Roger Shackelford, Tainted Reality, E-mail interview with author, February 17, 2011.
[8] John Lo, Jhouserock Entertainment, E-mail interview with author, March 25, 2011.
[9] Jess Reade, A-Kon, E-mail interview with author, March 10, 2011.
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Globalizando o Visual Kei: Uma Série Virtual

O estudo

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O estudo "Globalizando o Visual Kei" é publicado em revista universitária

A série publicada em 2011 no JaME foi publicada na GMU Review da George Mason University.

Estudo de caso sobre o Visual Kei é escolhido para publicação em revista © Lydia Michalitsianos

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Estudo de caso sobre o Visual Kei é escolhido para publicação em revista

Meg Pfeifle, membro da equipe do JaME americano e autora da nossa série virtual de 2011 "Globalizando o Visual Kei", foi selecionada para uma publicação no tópico visual kei na revista George Mason Review

Globalizando o Visual Kei: Resultados Finais © Lydia Michalitsianos

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Globalizando o Visual Kei: Resultados Finais

Na edição final da série virtual "Globalizando o Visual Kei”, nós vamos revisar os resultados mundiais da nossa enquete de março, que se estendeu por 88 países e 6.384 fãs. ESTE ARTIGO ESTÁ CHEIO DE IMAGENS.

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Junte-se a nós no vigésimo artigo da série virtual “Globalizando o Visual Kei” onde nós encerramos a série e discutimos o visual kei hoje, e o seu futuro.

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No 11º artigo da série virtual "Globalizando o Visual Kei”, o JaME entrevistou Kiwamu, dono da Starwave Records e guitarrista do BLOOD, para discutir seus pensamentos sobre a cena visual kei do passado aos dias de hoje.

Globalizando o Visual Kei: Marketing no Exterior © Lydia Michalitsianos

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Globalizando o Visual Kei: Marketing no Exterior

No décimo artigo da série virtual “Globalizando o Visual Kei”, vamos explorar a era digital e a comercialização do visual kei no exterior.

Globalizando o Visual Kei: Investigando o Estilo Visual © Lydia Michalitsianos

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Globalizando o Visual Kei: Investigando o Estilo Visual

No nono artigo da série virtual "Globalizando o Visual Kei", nós exploraremos o visual kei e o relacionamento dos artistas visuais pelo mundo.

O Lado Comercial do Visual Kei: Trechos de Entrevistas © Lydia Michalitsianos

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No oitavo artigo da série virtual "Globalizando o Visual Kei", o JaME entrevistou várias pessoas da imprensa e da indústria, de promoters a revistas, para aprender mais sobre o lado comercial do visual kei.

Globalizando o Visual Kei: Visual Kei e Anime © Lydia Michalitsianos

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Globalizando o Visual Kei: Visual Kei e Anime

No sétimo artigo da série virtual Globalizando o visual kei, vamos explorar o envolvimento do visual kei no anime, assim como sua atividade com convenções de anime americanas.

Globalizando o Visual Kei: Trechos de Entrevistas com Músicos © Lydia Michalitsianos

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Junte-se a nós no sexto artigo da série virtual Globalizando o Visual Kei enquanto o JaME aprende sobre as experiências dos músicos que trabalharam tanto com a cena, quanto com membros de bandas visual kei.

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No quinto artigo da série virtual “Globalizando o Visual Kei”, o JaME investiga a história do visual kei na Europa, Oceania e Leste Asiático.

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