Especial

Globalizando o Visual Kei: A Ascensão do Visual Kei – Europa, Oceania e Leste Asiático

06/08/2011 2011-08-06 03:00:00 JaME Autor: Megan Pfeifle (Phelan) Tradução: Shin

Globalizando o Visual Kei: A Ascensão do Visual Kei – Europa, Oceania e Leste Asiático

No quinto artigo da série virtual “Globalizando o Visual Kei”, o JaME investiga a história do visual kei na Europa, Oceania e Leste Asiático.


© Lydia Michalitsianos
Enquanto o interesse no visual kei estava crescendo no mercado internacional quase no mesmo nível, artistas visual kei não se aventuraram longe dos Estados Unidos por dois anos após sua iniciação no agrado ocidental. O grupo pioneiro que se apresentar na Europa em 2004 e depois no México em 2005 foi o BLOOD. Como Kiwamu explicou, ele mostrou outras bandas cujas apresentações no exterior seriam uma possível tentativa.1 Rapidamente se tornou aparente que a fanbase na Europa era grande, e só neste ano os fãs viram um total de dezesseis shows de cinco diferentes bandas. O cenário disparou e só cresceu desde então, abrangendo mais países e mostrando mais shows.

A Ascensão do Visual Kei na Europa


Logo após a turnê inicial do BLOOD na Europa, a cena visual kei na Europa Ocidental viu muitos artistas tentando construir seu fandom no exterior. No primeiro ano, 2004, fãs viram as apresentações pelo continente de KISAKI PROJECT, Eve of Destiny e D’espairsRay.2

O ano seguinte trouxe muito mais: não só em termos de bandas e shows, mas de países também. Enquanto os lugares principais para shows continuaram na Alemanha e França, artistas escolheram também se apresentar em países pequenos, abrangendo Áustria, Suécia e outros. Este ano viu vários artistas, incluindo kagerou e MUCC. Também foi em 2005, com sua participação no rock am ring da MTV e no festival rock im park na Alemanha, que o DIR EN GREY ajudou a incendiar a cooperação futura em shows de artistas visuais e não-visuais.

Em 2006, a contagem de shows praticamente triplicou em relação ao ano passado. No total, a Europa recebeu 76 shows naquele ano, mais do dobro de número de shows que aconteceram nos Estados Unidos. Além disso, aconteceram muito mais turnês de artistas individuais que no ano passado, com Calmando Qual, D’espairsRay e kagerou, apenas alguns entre os muitos que viajaram pela Europa naquele ano.

Foi durante este ano que a organização sem fins lucrativos Ukiyo-e foi fundada na Polônia, que até a data realizou com sucesso mais de vinte shows no país.3 O grupo organizou shows envolvendo várias bandas como Plastic Tree, Gram∞Maria e ∀NTI FEMINISM. Ukiyo-e já se expandiu e organizou shows em outros países também, mas a aceitação precoce do visual kei na Polônia pode ser atribuída principalmente ao trabalho deles, assim como de outros pequenos promoters.

O ano de 2007 foi particularmente engraçado para os fãs europeus. Apesar do número de cancelamentos, a Europa alcançou o seu pico com 23 bandas diferentes se apresentando, fazendo do ano o maior recorde de apresentação de artistas individuais. Até hoje, não houve um ano que superou isso. Curiosamente, 2007 foi o mesmo ano em que os Estados Unidos também teve um grande número notável, apesar de que muito desse sucesso pode ser atribuído ao evento Jrock Revolution.

Junto com o grande volume de eventos, a Europa também viu vários eventos multi-bandas incluindo J-Shock e Jrock Invasion em 2007. Como nos Estados Unidos, a consciência do visual kei logo infiltrou a música mainstream. Com antigos festivais bem sucedidos tendo misturado visual kei com artistas não-visual ainda frescos na cabeça das pessoas, convites foram estendidos a MUCC e girugamesh para tocarem no Tuska Open Air, um festival de metal na Finlândia. MUCC foi convidado, além disso, para o Sweden Rock Festival, e para a europeia Rockstar Taste of Chaos, turnê entre 2007 e 2008.

Os anos de 2008 e 2009 também foram memoráveis em termos de números de apresentações, cada um ultrapassando os 100 shows, com 2009 chegando a 160. Durante o correr destes dois anos, fãs viram vários artistas populares de visual kei, incluindo An Cafe, Kagrra,, Dio – distraught overlord e muitas outras.

O Reino Unido e a Europa Ocidental






Em 2009, houve um pico de atividade na Europa Oriental. Enquanto a Polônia já tinha visto artistas de visual kei várias vezes, quase nenhum dos outros países da Europa Oriental o tinha. Como resultado, enquanto alguns países da Europa Ocidental começaram a diminuir em atividade de shows durante os próximos dois anos, a Rússia e seus países vizinhos aumentaram, com bandas respondendo cordialmente a demanda. Esse aumento no leste coincidiu com o pico de usuários de internet no Leste Europeu, com alguns países pulando tanto quanto 15% em apenas dois anos4 assim como o aumento da popularidade da animação japonesa.5

Enquanto isso é puramente especulativo, podemos tentar detalhar algumas das causas para este súbito surto em atividade, mas a causa principal é provavelmente a internet. De acordo com o Banco Mundial, de 2006 a 2008, o uso da internet aumentou em vários países do Leste Europeu.6 Por exemplo, os aumentos para os seguintes países foram acompanhados: Rússia 13%, Eslováquia 17%, Hungria 14%, República Checa 13% e Polônia 9%. Esses números são bem mais altos que de muitos países modernizados como Estados Unidos e Alemanha, que apenas aumentaram por volta de 5%. Contudo, este aumento não engloba todo o Leste Europeu, nem o nível de modernização realmente determina este aumento – alguns países, como Eslovênia e Látvia, viram pouco menos de 5% de aumento.

Outro aspecto que pode ser atribuído a esse aumento na atividade de 2008 para o presente é o nascimento na região da Europa Oriental e Báltica do promoter Kohaku Music7, assim como interesses de bandas individuais em se apresentar nestas áreas para encontrar a necessidade dos fãs.

Europa Oriental




Observando os quadros tanto da Europa Ocidental quanto da Oriental durante os anos, vemos uma subida na atividade em certos países, apenas para resultar em uma retração em outros. Apesar desta variação, as bandas estão mostrando sinais de que não vão parar suas atividades no exterior, com muitos shows já tomando forma em 2011.

Visual Kei no Leste Asiático


A primeira atividade do visual kei no exterior começou não muito longe de casa; a turnê de 1999 do LUNA SEA marcou a primeira atividade documentada do visual kei fora do Japão, com uma turnê de três dias começando em Taiwan e terminando em Shanghai.8 Eles não foram a única banda a visitar naquele ano, e os artistas Laputa e GUNIW TOOLS, entre outros, se apresentaram no Rock’n’Roll Circuit 19999 em Hong Kong.

Pelos próximos dois anos, países no Leste Asiático viram vários shows, incluindo a apresentação de 2001 ROCK ON do Dué le quartz e a subsequente turnê de outono com Dué le quartz, Kagrra, e kagerou.11 2002 trouxe o DIR EN GREY pela primeira vez, onde eles fizeram a parte do Leste Asiático de sua turnê Japanese Fucker Family por três países.12

Passaram-se alguns anos após as atividades de 2002 antes que outro artista visual se aventurasse de volta ao Leste Asiático; em 2005, Nookicky acabou com o silêncio com COCONUT JUICE PARTY em Hong Kong.13 Um ano depois, machine rumou para a Coréia para o Korea-Japan Friendship Live Vol-5.14

Em janeiro de 2007, o evento multi-bandas Shinrabanshou foi feito na Coréia do Sul, e fãs viram as apresentações de ayabie, SCREW, SERIAL⇔NUMBER e wizard. No verão, as bandas jealkb e LM.C apareceram no FORMOZ FESTIVAL 2007 em Taiwan, tocando junto de vários artistas não-visuais, como HEAD PHONES PRESIDENT e YMCK.15

Entre 2008 e 2009, fãs na Coréia do Sul, Tailândia, China e Taiwan viram sete apresentações de visual, incluindo MIYAVI, X JAPAN e VAMPS e a apresentação reprise do LM.C, junto com Plastic Tree no festival taiwanês FORMOZ 2008.16

2010 foi um ano bem ativo principalmente para os fãs chineses e taiwaneses, que receberam as apresentações de vários artistas, incluindo DIR EN GREY e D’espairsRay.17



Como evidenciado no quadro acima, o Leste Asiático teve uma verdadeira montanha russa de atividades pela última década. Enquanto sua atividade no exterior continua desbancada pela maioria dos países ocidentais, eles tiveram um histórico saudável com muitos shows memoráveis até hoje.

Visual Kei na Oceania


Frequentemente esquecida em turnês mundiais e shows no exterior, a Oceania sempre recebeu o “resto do pacote de biscoito”; como resultado, sua história com o visual kei é mínima. Apesar de sua proximidade com o Japão, talvez haja outras características relacionadas a essa falta de atividade em shows, incluindo a apreensão de que uma forte fanbase na Oceania não existe. Em Globalizando o Visual Kei Enquete para os Fãs, menos de 1% dos votos foram recebidos de fãs que moram na Oceania.

Apenas poucos artistas até hoje visitaram a Austrália e países adjacentes incluindo BLOOD, GPKISM e MIYAVI começando em 2008. Com essa história datando de três anos e meio atrás e menos de dez shows de visual kei publicados no total,18 Austrália, Nova Zelândia e países vizinhos da Oceania não receberam muitos shows, mas isso pode mudar no futuro. Kaoru do DIR EN GREY disse que a banda está interessada em se apresentar na Austrália no futuro.19 Mais, o convite de MIYAVI para o One Movement Music Showcase do EMI em 201020 deixou espaçou para a esperança que nos anos futuros, mais artistas visual kei vão depois se chamados para se apresentar.

Na próxima...


Junte-se a nós no próximo sábado quando o JaME entrevistará músicos, que trabalham tanto em bandas de visual kei quanto junto a elas, para saber como o mundo da música funciona do ponto de vista deles.


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Nota do Autor: Mesmo batalhando para acumular um relato muito acurado do cenário visual kei no exterior, não sou expert e não posso garantir que esse relato esteja perfeito. Podem existir alguns artistas que chamei de “visual kei” que os leitores podem discordar e vice-e-versa. Espero que vocês achem essa história útil e perspicaz e o mais precisa possível. Peço desculpas, contudo, se houver algum show que foi esquecido entre os descritos.

[1] Kiwamu , Starwave Records, E-mail interview with Author, Feburary 13, 2011.
[2, 16, 17, 18] “"JaME Schedule", 2011.
[3] "Past",Ukiyo-e, 2011.
[4,6] "Internet Users as Percentage of Population",last modified April 1, 2011.
[5] Allison Anne, Millennial Monsters. (Uni. Of California, 2006) 165.
[7] "Kohaku Music" 2011.
[8] "Luna Sea Official Home Page", 2011.
[9] "Rock ‘n’ Roll Circuit in Hong Kong", Hong Kong Tourism Board Japan, 2011.
[10] "Due le Quartz", last modified June 2, 2011.
[11] "Kagrra," King Records Official Site, 2011.
[12]"Timeline" Dir en Grey Official Site, 2011.
[13] "Nookicky HK Live 2005", 2005.
[14] "Machine Infinity", 2006.
[15] "April wadai no Taiwan Rock Festival ni tsuka syutsuen", Natalie, June 21, 2007, accessed June 1, 2011.
[19] Chad Bowar. "Dir en Grey Interview: A Conversation with Guitarist Kaoru", accessed June 1, 2011.
[20]"EMI’s One Movement Music Showcase - Come Along!", 2010, accessed June 1, 2011.
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Globalizando o Visual Kei: Uma Série Virtual

O estudo

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O estudo "Globalizando o Visual Kei" é publicado em revista universitária

A série publicada em 2011 no JaME foi publicada na GMU Review da George Mason University.

Estudo de caso sobre o Visual Kei é escolhido para publicação em revista © Lydia Michalitsianos

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Estudo de caso sobre o Visual Kei é escolhido para publicação em revista

Meg Pfeifle, membro da equipe do JaME americano e autora da nossa série virtual de 2011 "Globalizando o Visual Kei", foi selecionada para uma publicação no tópico visual kei na revista George Mason Review

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Na edição final da série virtual "Globalizando o Visual Kei”, nós vamos revisar os resultados mundiais da nossa enquete de março, que se estendeu por 88 países e 6.384 fãs. ESTE ARTIGO ESTÁ CHEIO DE IMAGENS.

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