Entrevista

Entrevista com ESIE na França

06/06/2010 2010-06-06 19:18:00 JaME Autor: Jerriel & Fox Tradução: Gabi

Entrevista com ESIE na França

ESIE, a artista electro-industrial conversa com o JaME durante uma visita na França e divide detalhes em como a sua carreira musical começou há pouco tempo.


© Asuka Hirayama
Olá. Você poderia nos falar sobre você para quem não a conhece?

ESIE: Olá, eu sou ESIE, cantora e modelo.

Você anunciou duas datas na França no Printemps de Bourges e no Tokyo Tendance. Quais foram suas impressões?

ESIE: Eu tive alguns pequenos problemas com o equipamento que eu precisava mas o show, em si, foi bem aproveitado. Eu posso dizer também que o público francês parece ser mais receptível que o público japonês, que geralmente é mais calmo.

Há artistas que você descobriu e apreciou no Printemps de Bourges?

ESIE: Eu tive uma oportunidade para ajudar nos diferentes shows do festival, mas, infelizmente, eu não tive tempo para curti-los. (risos)

Fale sobre a sua estreia. Quando e como você decidiu entrar na música?

ESIE: Eu decidir fazer música em torno de um ano e meio atrás. Mas eu não sabia na época se seria realmente uma decisão séria.

Que música você escutava quando era mais jovem? No geral, que tipo de garota você era?

ESIE: Eu escutava música clássica porque eu fazia parte de um coral no colégio. Eu também era interessada em alguns grupos de rock. Em torno dos 17-18 anos também, eu tinha uma disposição em ficar em casa e descobrir diferentes estilos de música pela Internet e pelo Myspace, como o electro ou o techno.

Você tem influências particulares?

ESIE: Não, eu não tenho. As pessoas me dizem que o meu estilo se assemelha ao de Nina Hagen mas eu não sabia disso até recentemente. De outro modo, eu gosto muito do compositor japonês Akira Miyoshi.

Você só descobriu Nina Hagen há pouco tempo atrás. Como você acha que se encaixa no estilo dela?

ESIE: Nem um pouco. (risos) Mas eu acho a personalidade dela bem forte, com uma ótima presença de palco.

Seus primeiros shows foram realizados em treinamento para a formação do Desire Note. Você pode nos contar mais sobre isso?

ESIE: Tudo começou num site, Mixi (um site popular de redes sociais no Japão, equivalente ao Facebook.) O compositor das minhas músicas atuais, Yoshimi Hishida, veio com a ideia de iniciar uma banda com uma cantora eletrônica e um tocador de biwa, um instrumento da música tradicional japonesa. Nós nos conhecemos pela Mixi por acaso e formamos o trio Desire Note. Nós tocamos por 4 meses antes de o tocador de biwa decidir sair. Nós debatemos por um longo tempo sobre o futuro, daí o projeto solo, ESIE, finalmente nasce. Eu canto, enquanto Yoshimi compõe as minhas músicas.

Há um significado especial para o nome ESIE?

ESIE: Veio da palavra "poesia".

Como é a composição de suas músicas?

ESIE: Geralmente, Yoshimi escreve as partes básicos. Isto me obriga a escutá-las; eu escrevo minhas letras primeiro em japonês e depois as traduzo para o inglês. Eu planejo a música e depois a reconstruímos e a finalizamos juntos.

A personalidade de ESIE e de todos na indústria da música eletrônica dos quais você se envolveu radicalmente, veio da imagem da modelo Momoko (o nome verdadeiro da artista), mostrada na revista Non-No, por exemplo. Como esta mudança te afetou?

ESIE: No tempo da Non-No, eu tive que seguir as instruções artísticas da revista. Eu não tive muita liberdade para falar. Agora como ESIE, eu tenho novas formas e mais importância é colocada em minhas escolhas.

Quais dessas duas imagens, de modelo ou cantora, você mais se identifica?

ESIE: Eu não sei. Talvez uma mistura das duas. (risos)

ESIE representa a imagem de uma mulher dominante assim como as letras dela exploram os principais temas do corpo e da carne. Poderíamos enxergar algo como a rejeição social da sociedade tradicional japonesa ou uma apologia ao individualismo?

ESIE: Eu escrevo minhas letras das experiências de vida do meu dia-a-dia. Talvez tenha alguma ligação entre o modelo de sociedade do Japão. Mas não necessariamente eu remeta uma mensagem específica.

Sua discografia contém um título curioso cantado na França, Bouffe ta Baguette. De onde ele veio? Quem escreveu as letras?

ESIE: Yoshimi tem um amigo francês, um artista chamado Xerak, que também canta e compõe gloomy electro. Ele é casado com uma japonesa e passou um ano no Japão. Da última vez em que ele veio ao nosso estúdio e gravou um improviso, ele trouxe Bouffe ta baguette com ele também. Yoshimi apresentou amostras dos vocais e escreveu as letras para a faixa de voz da qual eu cantei depois. Assim, esta parte é uma colaboração de três, com Xerak.

Você tem um laço especial com o nosso país. Isso vem principalmente de Yoshimi Hishida que trabalha com diferentes selos e artistas franceses ou um apelo pessoal para a França?

ESIE: É um pouco de ambos. É verdade que Yoshimi possui contato com muitos artistas franceses e há uma certa influência na minha escolha para tocar na França. Eu mesma tenho muitos amigos franceses em Tokyo e no geral, eu também sou interessada nesse país por causa da moda.

É a primeira vez que vem à França?

ESIE: Sim, absolutamente.

Se você tivesse tempo, o que você gostaria de fazer ou ver?

ESIE: Eu amaria fazer compras (risos). Eu ainda tenho que visitar Notre-Dame e o Bourges, é grandioso.

Quais são seus projetos futuros?

ESIE:Lançarei um álbum em dezembro.

Além da França e do Japão, você planeja produzir em outros países?

ESIE: Nada está definido ainda mas eu faria mais shows na Europa, em Berlin, por exemplo ou nos Estados Unidos.

Quais são seus sonhos ou suas maiores ambições?

ESIE: Eu não posso dizer a vocês no momento (risos).

Nós podemos esperar por grandes surpresas?

ESIE: Eu deixarei vocês imaginar. (risos)

Você tem um último recado aos seus fãs?

ESIE: Obrigada pelo apoio de vocês e por esta entrevista que permitirá que seus leitores me descubram. Se possível, tentem acompanhar minhas novidades no futuro.


O JaME gostaria de agradecer a ESIE, Yoshimi Hishida e JMusic Live por possibilitarem essa entrevista.
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