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the GazettE no Saitama Super Arena

17/11/2009 2009-11-17 22:42:00 JaME Autor: Murezor Tradução: Paula

the GazettE no Saitama Super Arena

Live report do the GazettE no Saitama Super Arena no dia 5 de setembro de 2009.


© PS COMPANY - The GazettE
2009 marcou o sétimo aniversário do the GazettE. Mesmo assim, a turnê que eles fizeram para marcar este evento, assim como o lançamento do último álbum DIM, foram mais do que simplesmente eventos de aniversário. Eles podem também ser vistos como amostras do que pode vir a ser o futuro da banda. O fato de planejarem o encerramento da turnê na Saitama Super Arena, um local muito maior do que aqueles onde a banda normalmente toca, é uma prova da sua ambição. Entretanto, foi também um teste importante e, com um público tão grande como júri, uma nota mediana não seria satisfatória. Vamos ver se the GazettE foram aprovados no teste com louvor.

Uma coisa era certa: às 5 da tarde, no horário anunciado para o início do show, a Saitama Super Arena e suas redondezas estavam repletas de fãs. Como sempre, o show se passava tanto no público como no palco, considerando-se que os espectadores não pouparam esforços para vestir-se à altura do evento. Raramente houveram tantos cosplayers vestidos como o Reita em um local fechado como este; apesar de sua capacidade de 20.000 pessoas, os ingressos estavam esgotados. Uma apresentação impressionante, especialmente ao final de uma turnê de vinte e duas datas no Japão, para a qual the GazettE mereceu uma nota 10.

Logo após o horário oficial marcado, o show começou. A escuridão cobria o local antes do palco ser iluminado, acompanhada da música DIM e do aplauso da plateia. O palco estava iluminado por uma luz vermelha bem forte e a chegada de cada membro foi marcada por um raio branco que cruzou a nossa visão. E, de repente, ainda com os nossos olhos ofuscados pela entrada da banda, a primeira música, The Invisible Wall, começou. Foi um ponto de partida perfeito para o show, dando à plateia a oportunidade de entrar no espírito do show e adaptá-lo ao palco de Saitama. Um palco muito simples, que somente tinha dois telões grandes, um em cada lado, para mostrar a banda tocando e seis telões menores. Os músicos também estavam vestidos de maneira mais sóbria; o vocalista Ruki apareceu com uma camisa branca e luvas pretas, enquanto o resto da banda estava, em sua maioria, vestida de preto.

Como resultado, o the GazettE parecia querer dar uma atmosfera bem especial ao início do show, para o qual o novo álbum DIM parece estar bem adequado. A plateia sentiu isto e deixou-se levar pelo espírito daquela primeira música, ouvindo calmamente em sua maioria enquanto alguns headbangers podiam ser vistos em pontos isolados. A música terminou com um homem cometendo suicídio nos telões explodindo a própria cabeça enquanto Ruki o imitava apontando o dedo para a própria têmpora. Se o the GazettE quisesse dar ideias suicidas para a sua plateia, eles poderiam ter conseguido se decidissem continuar com esta atmosfera. Felizmente, eles tinham outro projeto em mente.

Porque a música seguinte, LEECH, tomou um rumo diferente instantaneamente. As luzes no palco e nos telões tornaram-se psicodélicas, o que pareceu enlouquecer o público. Todos começaram a mexer os braços e a cabeça, pulando até todo o local tremer e a energia alcançar cada parte da arena. Foi realmente incrível ver como, em instantes, o the GazettE conseguiu mudar a atmosfera de toda a Saitama Super Arena. O que também é prova do alto nível que os seus shows alcançou.

Em seguida, as luzes da arena escureceram e ela ficou repleta de gritos da plateia por uns instantes até Ruki introduzir a música seguinte, DISTRESS AND COMA. As luzes tornaram-se verdes e os telões mostraram linhas binárias verdes, bem no estilo Matrix, hipnotizando o público que estava quieto e calmo durante a música. Nem mesmo um solo breve de Uruha fez com que se movessem. Somente o apagar das luzes quebrou o feitiço e a plateia, finalmente dando-se conta do que havia acontecido, começou a gritar novamente.

A música seguinte manteve a mesma atmosfera, começando com luzes violetas que enfocavam Aoi, antes do palco mergulhar em uma luz azul fosca, proporcionando uma atmosfera apropriada para uma música com partes mais calmas. Ela terminou com Ruki de joelhos. Porém, a intenção não era fazer a plateia entrar em desespero ou ficar triste. Portanto, o espírito das músicas seguintes tornou-se o mais variado possível. As luzes tornaram-se esverdeadas, de uma maneira até mesmo doentia, e rostos horríveis encheram os telões, entre os quais uma estranha garota apareceu. Silêncio preencheu a arena. De repente, as cores se misturaram no local e Ruki deu uma amostra do poder da sua voz e do talento como cantor. Em um instante, ele transformou a plateia em uma multidão frenética de headbangers. Após chamar “Saitama” várias vezes, os músicos e o público uniram-se em uma sessão comum de headbanging. A música realmente levou todos à loucura e os gritos intensificados de Ruki no final contribuiram ainda mais para tal efeito. Já na hora de HEADACHE MAN, a atmosfera tornou-se sombria, beirando à loucura, enquanto a plateia dava o máximo de si no headbanging. Múltiplos olhos observavam dos telões sobre um fundo vermelho que tornava-se branco durante o refrão. Ao invés de assustar a plateia, isto levou-os ao delírio, fazendo-os pular loucamente.

Um riso final de Ruki mergulhou a arena em uma escuridão. Apesar de um intervalo breve e bem-vindo após um set tão intenso, a plateia continuou gritando durante vários minutos. Porém, a música seguinte começou muito mais tranquila, com as luzes enfocando Ruki, com Uruha e Aoi ambos tocando violão. A plateia ouviu com respeito antes da banda animá-los novamente. Os dois guitarristas continuaram a alternar entre guitarra e violão, criando dois ambientes completamente diferentes. A maneira que eles tocaram, juntamente com os sentimentos da plateia, foi muito impressionante. Fascinados, o público começou a bater palmas em ritmo, em uma atmosfera psicodélica. Sangue rodopiava nos telões sobre um fundo branco, antes de ondas de focos de luz vermelha encher a arena. Nesta névoa surreal, todos na plateia ficaram de pé bem eretos e calmos, ouvindo Ruki cantar com atenção, encantados, enquanto Reita o acompanhou com um solo de baixo. No final, o cantor foi iluminado por uma luz azul, antes de entoar um grito final de tortura em frente a um fundo vermelho e com um céu nublado.

Houve um silêncio e o público pareceu estar em choque, ainda um pouco estonteado com a última música. Aoi foi ao centro do palco por alguns instantes e tocou sua guitarra de dois braços enquanto Ruki deixou a plateia descansar um pouco. Foi como se todos estivessem hipnotizados após o ato mágico e apenas um estalar de dedos do mágico Ruki poderia tirá-los do seu estado meditativo.

Ao final, aplausos e gritos preencheram a arena. O show havia começado apenas uma hora antes, mas, mesmo assim, já havia sido bem intenso. Ruki falou algumas palavras, assegurando-se de que todos estavam bem acordados. Uma precaução desnecessária, pois a plateia estava realmente empolgada e realizou o pedido de Ruki para pular com uma alegria evidente. Uma coisa boa, já que, nas duas músicas seguintes, o público teve muitas oportunidades para testar a sua resistência. Fãs balançaram as mãos, pularam e fizeram headbanging até não poder mais enquanto as músicas tiravam o seu fôlego. O ambiente estava incendiando e a plateia estava realmente à vontade. Os músicos deram um exemplo para eles, cada um, por sua vez, interagindo com o público, com Ruki chegando mais perto da beira do palco e cada guitarrista vindo para a frente. Cada membro também apareceu nos telões menores.

O ambiente tornou-se mais agressivo durante DISCHARGE, alternando explosões de música, um som poderoso e a voz forte de Ruki. Uma iluminação e fumaça brancas preencheram a arena enquanto o público parecia ter uma crise epiléptica. A plateia uniu-se em um headbanging em respeito aos seus deuses antes de enlouquecer em uma saudação pagã. A última música, Dim SCENE, começou em um ambiente etéreo combinando com a música, que somente foi quebrado por um uivo animalesco de Ruki. Enquanto isto, os telões atrás dele mostravam vapores de água cheios de espuma com imagens rápidas de rostos que se quebravam. Em seguida, os telões tornaram-se vermelhos novamente e as últimas palavras de Ruki submergiram no som ensurdecedor. Ao final, ele foi deixado sozinho no palco no escuro, antes de sair cambaleando.

O silêncio caiu antes da plateia começar a aplaudir e pedir bis. Após dez minutos, Reita e Kai voltaram ao palco e ficaram lado a lado, cada um usando uma bandana em volta do pescoço e da boca. Reita começou a gritar “Saitama!” e a plateia gritou de volta. Após algumas palavras para esquentar a plateia, eles começaram Ride with the Rockers. Durante a música, eles continuaram a brincar com o público, com Reita gritando e os fãs respondendo. A música seguinte, Ruder, também tocada pelos dois, pôs a plateia à prova. Foi um show de headbanging, dança e gritos, enfim, tudo o que a plateia podia fazer. Ao final, Uruha e Aoi reuniram-se a seus amigos e começaram a participar da diversão, enquanto a plateia enlouquecia com os gritos de Reita e Aoi.

Para THE $OCIAL RIOT MACHINE$, Ruki finalmente retornou ao palco. Durante a música, que começou com um solo de Uruha, Reita, Uruha e Aoi fizeram solos como respostas uns aos outros, enquanto Ruki levou a plateia às alturas. Shows de iluminação ou a criação de um certa atmosfera não eram mais importantes agora, toda a atenção estava voltada para um som forte e cru, cheio de energia, que se espalhou pela arena e levou a plateia ao êxtase. A banda não conseguia parar, tanto que a música seguinte veio sem nenhum intervalo antes. A plateia não queria ficar atrás e manteve o ritmo, reagindo ao headbanging feroz dos músicos fazendo o mesmo.

A banda fez uma pequena pausa no palco enquanto a plateia continuava frenética como nunca. Após dizer algumas palavras, Ruki chamou por Saitama para que escutassem ainda melhor. A música seguinte começou com muito headbanging e gritos de Ruki, enquanto Reita e Uruha tocaram juntos na frente do palco. A arena tornou-se uma espécie de grande mar humano com cabelos longos voando por todas as fileiras de pessoas.

Ao final, chegou a hora da última música, LINDA. A plateia sentiu que esta seria a última chance de aproveitar o show e, portanto, nem perdeu tempo descansando. Eles simplesmente continuaram com o headbanging, pulando e se divertindo. Após um último solo de Aoi, tudo acabou. the GazettE começaram a despedir-se de todos, com Ruki gritando “obrigado” várias vezes para o público. Após a banda deixar o palco, as luzes apagaram. “DIM SCENE” estava escrito nos telões, enquanto Knocking on Heaven’s Door, de Bob Dylan, era tocada. A plateia continuou gritando e pedindo bis e parecia que poderiam continuar assim por um bom tempo, só para passar mais um tempinho com a banda.

E the GazettE voltou! Inspirados pela música de Dylan, os fãs devem ter batido tão forte na porta do céu que ela quebrou, pois, para a sua alegria, a banda tocou mais uma música para terminar este show e, ao mesmo tempo, esta longa DIM tour. Eles provavelmente acharam que estivessem no céu naquele momento. Antes de começar, Ruki disse algumas palavras e a sua emoção realmente podia ser sentida na sua voz. A atmosfera durante esta última música foi tão frenética quanto no início do show várias horas antes. Foi a última oportunidade para a plateia dar última olhada nos músicos enquanto eles apareciam no telão, assim como para ouvir os solos de cada um dos guitarristas. Cada momento foi verdadeiramente saboreado, pois muito rapidamente – apesar de já ter-se passado mais de três horas – o show finalmente chegou ao fim.

Em meio a aplausos estrondosos, the GazettE despediu-se dos seus fãs mais uma vez. Como presente de despedida, a banda convidou alguns membros da equipe para vir ao palco e todos deram-se as mãos. Os fãs também fizeram o mesmo antes de todos darem um último pulo após o sinal de Ruki. Após a banda deixar o palco, a escuridão caiu uma última vez na arena. O último single do the GazettE foi transmitido no telão e alguns anúncios foram feitos, incluindo um DVD ao vivo deste show e outro show no fim deste ano para comemorar o Natal à maneira do the GazettE.

Se alguém tinha alguma dúvida sobre a capacidade do the GazettE tocar em frente a uma plateia tão grande, este dia na Saitama Super Arena deve ser uma prova de que eles são bem capazes. A banda fez um ótimo show, fazendo não somente música excelente, mas também criando ambientes diferentes ao longo da noite. E caso este show realmente tenha sido uma previsão do futuro da banda, então somente temos que desejá-los que continuem desta maneira. Pois apesar de the GazettE terem acabado de começar a tocar sozinhos em um local tão grande como a Saitama Super Arena, ela já parece pequena demais para eles. Alguém sabe quando haverá uma data livre no Tokyo Dome?


Set list:

01. [Hakuri]
02.THE INVISIBLE WALL
03. LEECH
04. Hyena
05. DISTRESS AND COMA
06. Shiroki yuutsu
07. ERIKA
08.13STAIRS[-]1
09. HEADACHE MAN
10. WITHOUT A TRACE
11. [Kanshoku]
12. Nakigahara
13. [Shikyuu]
14. Guren
15. A MOTH UNDER THE SKIN
16. COCKROACH
17. IN THE MIDDLE OF CHAOS
18. Filth in the beauty
19. OGRE
20. DISCHARGE
21. DIM SCENE
22. [Mourou]

Bis:

01. Ride with the Rockers
02. Ruder
03. THE $OCIAL RIOT MACHINE$
04. Anata no tame no kono inochi.
05. Kanto dogeza kumiai
06. LINDA ~candydive pinky heaven~

Bis 2:

01. Miseinen
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