Entrevista

Entrevista com o vistlip

29/03/2009 2009-03-29 12:00:00 JaME Autor: Non-Non & Polina Tradução: Guilherme

Entrevista com o vistlip

Pouco antes de seu novo lançamento, o JaME se encontrou com a jovem e popular banda vistlip para uma entrevista.


© MMV
A excepcional banda vistlip tem recebido muita atenção tanto no Japão quanto no exterior. O JaME se encontrou com a banda para apresentá-los aos nossos leitores e conversar sobre seu caminho para o sucesso, seu próximo lançamento, planos para o futuro e muito mais.


Por favor, apresentem-se.

Tomo: Eu sou o vocalista; Tomo.
Yuh: Eu sou o guitarrista; Yuh.
Umi: Eu sou o guitarrista; Umi.
Rui: Eu sou o baixista; Rui.
Tohya: Eu sou o baterista; Tohya. Muito prazer.

Com que sentido em mente vocês criaram o nome "vistlip"?

Tomo: Resumidamente, é uma palavra que criamos ao juntar as palavras "vista" e "lip". "Vista" está relacionada à visão, e "lip" às coisas que saem da boca de uma pessoa, como por exemplo uma melodia, então está relacionada com os sentidos auditivos.

"Vis" também significa força em latim, então é fácil confundir seu nome como a junção de "vis" e "trip".

Tomo: Há muitos fãs que pensam que o nome da banda contém a palavra "trip", então ainda hoje eles cometem erros em "vistlip" e acham que o "L" é um "R." (risos)

Então vocês querem enfatizar a parte "lip", certo?

Tomo: Queremos, mas também acho interessante que quando juntamos as duas, surge a palavra "trip".

Poderiam nos contar como a banda foi formada?

Umi: Tomo, Yuh e Rui tocavam juntos em uma outra banda. Essa banda se separou e, em seguida, a banda em que eu estava se separou, assim como a de Tohya. Nós nos dávamos bem em nossas bandas antigas e éramos amigos. Quando eu estava procurando por membros para começar uma nova banda, eu convidei Tohya primeiro, e ao mesmo tempo fui convidado por Tomo. Então pensamos "Vamos tentar nos encontrar no estúdio". E nós cinco nos juntamos e tocamos em um estúdio, e sentimos como "Vamos fazer isso juntos."

Todos vocês têm quase a mesma idade?

Tomo: Sim, temos. Tocávamos nos mesmos eventos.

Sua banda foi fundada em 7 de julho de 2007, são três setes alinhados. Isso tem algum significado especial?

Tomo: Não, foi apenas uma coincidência. A hora em que decidimos falar "Vamos começar esta banda" foi na madrugada do dia 7 de julho.
Umi: Nos encontramos na noite do dia 6. Eu estava ouvindo muito "Porque você não toca conosco?", mas eu estava pensando sobre várias coisas e ainda não tinha decidido. Eu ficava pensando "O que devo fazer?". Quando saímos do estúdio, exatamente à 1h da manhã, eu decidi "Ok, vamos lá!" Quando estávamos andando na rua, nós percebemos "Ah, é 7 de julho." (risos)

Vocês não pensaram em chamar a banda de 777?

vistlip: (risos)
Umi: Bem, nós falamos brincando que deveríamos nos chamar "Seven", mas não combinava conosco. (risos)

A música do vistlip tem vários elementos musicais, rock pesado, alternativo, hip-hop, etc. Que tipo de música vocês estão tentando criar?

Tomo: Basicamente, nós não tentamos pensar muito em "Nós somos assim". Somos uma banda que não gosta desse tipo de censura. Já que existem bons elementos em todos os gêneros, nós gostamos de pinçar estes elementos que gostamos e tentamos transmiti-los do nosso próprio jeito. Não criamos apenas músicas sombrias ou apenas canções alegres, e se nos perguntarem "Vocês tocam canções pop, mas que tal usar berros?", e nós gostamos de músicas com berros... Então é um conceito bem egoísta. (risos)

Entretanto, vocês misturam estes vários elementos muito bem.

Tomo: Bem, o que queremos é que o vistlip se torne um gênero totalmente novo.

Então não existe nenhum conceito específico em sua banda?

Umi: Na verdade não. Se nos limitarmos, poderemos ficar presos ao conceito, então fazemos aquilo que achamos ser bom... Bom, nós somos muito flexíveis. (risos)

Mesmo assim, desde que vocês consigam moldar bem as coisas, tudo bem. (risos) Se vocês não conseguirem juntá-las será difícil.

Umi: Ah, nós temos canções que não conseguimos montar direito. (risos)
Yuh: Nós descartamos essas canções logo que percebemos "Ah, isso não se encaixa". (risos)
Tomo: As canções são descartadas se forem muito limitadas, especialmente para nós. Apenas pensamos "Isso não é a gente, é?" e paramos por aí.
Umi: Começa com alguém dizendo "Não é meio chata...?" (risos)

Que tipo de música cada um de vocês gosta de escutar?

Umi: Eu sou muito parcial. Por exemplo, eu gosto de rock pesado, emocore e coisas assim. Basicamente eu gosto de músicas de bandas "ao vivo", então não escuto música eletrônica.

Você não escuta? Sua imagem sugere o contrário.

Umi: (risos) Eu gosto de instrumentos reais. Por exemplo, eu gosto de Linkin Park, Limp Bizkit e Story of the Year. Eu gosto deste tipo de música. De bandas japonesas, eu gosto de grupos como o ACIDMAN.
Tohya: Eu também ando muito parcial esses dias, e eu gosto muito de J-POP. Eu também gosto muito de música eletrônica. No pop japonês de hoje, batidas eletrônicas são um elemento crucial para a maioria dos artistas. Antes eu costumava ouvir bandas com um estilo mais pesado, como as que Umi mencionou, mas agora sou atraído pelas melodias cativantes e fáceis de escutar. (risos) Acabei de tentar fazer uma piada para o público estrangeiro!
vistlip: (muitos risos)
Tomo: Eu gosto muito de músicas com rap, então gosto muito de escutar rap rock e hip-hop. Mas ultimamente só ando ouvindo músicas de anime.

Você gosta de anime?

Tomo: Gosto das canções usadas nos animes. As chamadas anime songs. Me interesso pelas músicas que são usadas nos animes que costumo assistir ou canções que são usadas em videogames. Mas primeiro as de anime. Então não sei dizer com facilidade que tipo de música eu gosto.
Yuh: Eu sou guitarrista, então gosto de bandas que se destacam pelo som da guitarra e guitarristas que só perdem em importância para o vocalista. Eu gostava muito de bandas progressivas, por exemplo Dream Theater e Slipknot entre as bandas ocidentais, e por exemplo SIAM SHADE entre as japonesas. Entretanto, antes de começar o vistlip, eu virei fã de J-POP, especialmente bandas com vocais femininos, e tenho escutado muito esses grupos ultimamente.

Você também escuta música instrumental?

Yuh: O Dream Theater tem músicas instrumentais. Eu as escuto, mas não escuto álbuns conceituais de canções instrumentais e geralmente não escuto coisas puramente instrumentais.

Então você não gosta muito de álbuns lançados por guitarristas, certo?

Yuh: Não muito. Mas eu comprei o primeiro álbum que DAITA, do SIAM SHADE, lançou.
Rui: Originalmente eu gostava de punk, e aprendi a gostar de pop no colegial, e agora parece que esses dois estilos estão ficando mais próximos. Eu gosto de músicas alegres vindas do punk, como New Found Glory por exemplo.

Vocês estrearam com seu primeiro álbum, Revolver, em 23 de abril de 2008, e logo terá passado um ano desde seu lançamento. Vocês sentem que o tempo passou rápido?

Tomo: Muito rápido, será? Eu não sinto isso.
Yuh: Eu também não me sinto assim. Eu sinto como "O quê? Ainda não se passou um ano?". No começo estávamos tipo "vai completar um ano em breve", mas ainda não se passou um ano e é tipo "Ainda não passou".
Umi: Os primeiros seis meses passaram rápido. Foi rápido até mais ou menos uns 9 meses.
Tomo: Sim. A segunda metade do ano é muito lenta.
Yuh: Estes dois ou três meses estão muito lentos. É como "Ainda faltam dois meses".
Tomo: As pessoas costumam dizer que o tempo voa quando se está ocupado. Uma semana certamente passa rápido.
Tohya: Ah, isso é verdade.
Tomo: Como "Já se passou uma semana. Esse anime está passando de novo". (risos) Mas um ano é bem lento.

O que vocês mais lembram deste último ano?

Tomo: Estávamos gravando o tempo todo. (risos)

Vocês lançaram muitos CDs em um curto período de tempo. Depois de lançarem seu primeiro álbum em 23 de abril de 2008, vocês lançaram três singles consecutivos a partir de setembro de 2008. Imagino que vocês estavam sempre compondo e gravando canções, certo?

Tomo: Sim. Foi como se não tivéssemos feito nada além disso. (risos)
Yuh: Isso se tornou nossa rotina por um ano. (risos) Já que estávamos fazendo as mesmas coisas, não tenho nenhuma lembrança sobre as gravações.
Rui: Era como se estivéssemos fazendo a mesma coisa todos os dias.
Umi: Se tivéssemos shows one-man teria sido diferente, mas ainda não realizamos um. Em relação às gravações, não era como "Acabamos! Terminamos tudo!", mas "Acabamos. Vamos começar tudo de novo em três semanas". (risos)
Tomo: Então a única lembrança que tenho é do estúdio. (risos)

Vocês tinham um estoque suficiente de canções?

Umi: Não, não tínhamos! Quase nada. (risos)
Tomo: Era como se nós as criássemos, depois as usávamos, criávamos de novo e depois as usávamos novamente. (risos) Nós terminamos algumas canções apenas dois dias antes da gravação.
Umi: Uma vez eu perguntei para Yuh: "Quantas canções você tem guardadas?" E eu ouvi "talvez umas 100" como resposta. (risos)
Yuh: Eu não disse isso!
vistlip: (muitos risos)
Umi: Eu pensei, "Aonde será que está esse estoque...?" (risos)
Tomo: Ele se cansa delas muito rápido, então acho que ele as joga na lixeira. (risos)
Yuh: Ah, elas podem ser apagadas tão rápido com um PC. (risos)
Umi: Mesmo se guardarmos canções, nós podemos descartá-las. Nós fazemos o que achamos melhor naquele determinado momento. Por exemplo, quando nós usamos três canções em um single e pensamos "não podemos colocar esta canção aqui, mas é boa," então falamos "usaremos ela na próxima gravação." Mas eventualmente, nós sentimos que não precisamos colocá-las novamente. (risos)

Vocês lançaram três singles consecutivos, Sara, alo[n]e e drop note., começando em setembro de 2008. Como surgiu essa idéia?

Tomo: Acho que foi idéia de Umi.
Umi: Nós queremos fazer algo interessante a cada vez. Eu não queria lançar CDs sem importância. Nós lançamos Revolver primeiro, e pensamos que ele seria nosso cartão de visitas, onde mostramos nossa base como vistlip, que tipo de banda nós somos. Ele foi muito bem recebido, então quando tentei avançar, dar um passo à frente e pensar sobre quais eram nossas armas, eu pensei em três padrões. Nós temos três estilos definidos. Por exemplo, se colocarmos todos eles em um CD e os lançarmos, eu senti que não poderíamos criá-los direito. Então pensei em dividi-los em três partes, e lançá-los consecutivamente em um certo período de tempo, para que pudéssemos fazer as pessoas ouvi-los e mostrar a elas que temos estes três tipos diferentes de canções.

Então você selecionou o track list dependendo do padrão de suas músicas.

Umi: Foi isso mesmo.

Vocês não ficaram preocupados sobre a seleção do track list, correu tudo bem?

Umi: Hmm, eu fiquei bastante preocupado.
Tomo: Não, não nos preocupamos muito sobre as faixas-título.
Umi: Mas ficamos preocupados com as canções que completariam os singles.

Como foi filmar o DVD para cada canção?

Tohya: Foi duro. (risos) Especialmente quando filmamos Sara, aquilo foi muito difícil. (risos)
Tomo: Nós nunca temos tempo, nós também tiramos as fotos promocionais ao mesmo tempo.

Mas isso economiza tempo, não é?

Tomo: (risos) Bem, é muito eficiente... mas eu senti que não era algo que deveria ter sido agendado para o mesmo dia. (risos) De qualquer modo, é sempre difícil.
Umi: Além disso, com os singles, estava muito quente na época em que os filmamos! (risos) E quando filmamos Revolver, estava frio! (risos)
Tomo: Sim, eu não sei porquê, mas o ar condicionado estava falhando nas três vezes. (risos)
Umi: Bem, na verdade nós desligamos o ar condicionado, mas por causa do uso da fumaça, dos barulhos que ele fazia, além de balançar a plataforma onde estávamos etc. (risos)

Parece que foi bem duro.

Tomo: Tentamos filmar nas melhores condições possíveis!
vistlip: (muitos risos)

Tomo, suas letras têm um senso original de realidade. Você se inspira em seu cotidiano para escrevê-las?

Tomo: Eu sempre penso naquilo que está próximo de nossas vidas. Eu não gosto muito de letras fantásticas, porque nem sempre entendo seus significados. Sobre filmes, eu acho que os mais fantásticos são interessantes e não tenho nada contra eles, mas para letras de canções e cantar, eu sempre viso criar uma mensagem com significado. Sou japonês, então crio um mundo com coisas que estão disponíveis no cotidiano japonês, então acho que os estrangeiros podem ter alguns problemas para entendê-las. Eu chego a usar nomes de lugares japoneses. E às vezes uso palavras bem japonesas, como "uzai" (irritante) e tal.

Entretanto, há algumas frases indecentes em inglês em Aya...

Tomo: Aah... (risos)

É uma série de palavras bem duras.

Tomo: Para ser honesto... eu as fiz para ser indecente em inglês. Embora elas possam soar rudes para estrangeiros por causa dos palavrões, nós ainda não lançamos nossos CDs no exterior, e pensei que, se as escrevesse em japonês, elas não passariam pela censura. (risos) Então as escondi em gírias. (risos)

Entendo. Você as colocou no rap para escapar da inspeção?

Tomo: Sim. Gírias têm diferentes significados. As mesmas frases em inglês podem ter sentidos completamente diferentes.

Posso ver que você usa muitas palavras tipicamente japonesas quando leio a frase "kagome kagome..." na canção earl grey.

Tomo: Isso é verdade. Eu também gosto de letras em japonês.

Essa canção parece ter uma visão geral bem fantástica.

Tomo: Nesse caso... mais ou menos... (risos)

Tomo, você conversa com os compositores das canções quando escreve as letras?

Tomo: Não.

Você só escreve sobre seu ponto de vista?

Tomo: Sim.
Yuh: Mas às vezes você pergunta, não é?
Tomo: Ah, quando empaco em alguma parte pergunto "O que você quer que eu faça? Que imagem você tinha em mente quando fez isso?"
Yuh: Ele soa irritado quando faz isso. (risos)
Tomo: Eu não escrevo as melodias. Embora faça os raps de vem em quando, são os compositores que geralmente criam as melodias. Quando nós fazemos as melodias, logo colocamos letras, como "isso e aquilo", sabe? E toda vez, eu quero muito perguntar, "O que você cantou naquela vez?!" Entretanto, eu não consigo uma resposta decente. Bem, eles me dizem coisas vagas, então escrevo algo com aquilo em mente... mas não gosto. (risos) Então às vezes, eu reescrevo as letras no dia.
Umi: Nesse aspecto, ele é um egoísta. (risos)

Umi, você é o líder da banda, e o criador do aspecto visual do vistlip. Como você decide que imagem usar?

Umi: Hmm, primeiro de tudo, eu tento encaixar a imagem com as canções, e penso em coisas que outras bandas não fazem. Sobre os figurinos, eu simplesmente penso sobre o que quero que os membros usem e desenho.

Você desenha todas elas?

Umi: Sim. Eu faço as capas dos CDs com uma ligação entre as letras e as músicas, então se você escutar uma canção, vai poder ver uma pequena ligação entre as músicas e a capa. Basicamente, eu tenho um grande estoque de idéias, então as uso onde elas parecem apropriadas.

Posso perguntar como os outros membros se sentem sobre a coordenação de Umi?

Tomo: Bem... eu entendo o que ele está tentando dizer. Quando ele diz "Eu quero fazer este tipo de coisa", ele dá um jeito de fazer funcionar. (risos)
Umi: Os outros não costumam discordar muito de mim. Basicamente, eles deixam a coordenação de nossos figurinos e capas de CD para mim. Tento aprender as coisas a partir de conversas não relacionadas aos figurinos e capas de CD, que me fazem perceber se um integrante gosta de um certo tipo de moda ou tendência e penso sobre o que ele gosta baseado nessas observações. Entretanto, se isso não dá certo, converso com Rui. Eu confio muito nele. (risos)

Bem, até mesmo suas roupas cotidianas parecem estilosas.

vistlip: (sorriem uns para os outros).

Por favor, nos contem sobre os papéis que cada membro exerce na banda.

Tohya: Bom... para ser honesto, eu não sei em que papel os outros me imaginam...
Tomo: Por que você está falando assim?!
vistlip: (muitos risos)
Tohya: Bem, pessoalmente, acho que sou responsável pelo lado pop da banda. (risos)
Yuh: Ah, você é encarregado pelo pop. Essa é uma boa definição, agora fica mais fácil responder! (risos)
Tohya: Tanto nas canções, como quando nos encontramos, eu sou tipo "Pop!"
vistlip: (muitos risos)
Yuh: Eu cuido mais do hip-hop e das partes pesadas. Eu quero juntar rap com um clima sombrio. Então sou responsável pelas partes pesadas. (risos)
Rui: Acho que sou o responsável pelos aspectos mais calmos e suaves. (risos)
Tomo: Você não é responsável pelo humor?
Umi: Ele é bom em criar um ambiente agradável.

Ele tem algum poder especial?

Umi: Eu acho que sim. Quando o clima está tenso, ele acalma a todos. Eu não sei se ele faz isso conscientemente ou não. Às vezes ele também faz isso quando estamos compondo.
Tomo: Bem, ele também é o responsável pela beleza.
Umi: Ele é o responsável pela parte bonita da banda.
vistlip: (muitos risos)
Tomo: Umi exerce um papel educacional. (risos)
Umi: Sou como um pai. (risos) Eu tenho o papel de guardião. Se esquecer deles por um momento, eles se tornam agressivos, e se eu não puxar as rédeas, eu não sei o que eles fariam. (risos) E eu organizo o aspecto visual... visualmente, eu sou responsável pela maluquice! (risos)
Tomo: Eu apenas falo o que quero... sou responsável pelo egoísmo. (risos)
Umi: Ele é, mas isso também é bom. Ele muda canções bonitinhas com seu incrível ego.
Tomo: Como resultado, os outros dizem que isso é bom, então acho que sou necessário... (risos)
Umi: Ele é egoísta na vida normal também. Quando nós falamos que queremos ir para casa, ele responde, "Não vou voltar para casa sem comer!"
vistlip: (muitos risos)
Umi: E falamos "Huuuuh!?" Seu incrível egoísmo às vezes acaba explodindo. (risos)
Tomo: Eu digo, "Umi, venha me pegar rápido!" (risos)
Umi: E eu respondo "Huh? O quê? Eu já cheguei!" (risos)

O conceito do novo álbum, PATRIOT, é "cura e drogas." Por que escolheram este tema?

Tomo: Fiz isso para a minha própria conveniência. (risos) Eu geralmente escrevo sobre temas psicológicos no meu blog, falo sobre como é difícil viver neste mundo, e os fãs me mandam e-mails sobre esse tipo de coisa também. Embora eu os leia, eu não respondo diretamente cada fã, não acho que seja uma coisa legal. Então eu tento responder a todos através de minhas letras. Eu tenho escrito sobre "cura" por um longo tempo, mas este aspecto se destaca cada vez mais. Eu espalhei palavras sobre "drogas" e "animais" em todas as canções desta vez, então suponho que isso se tornou o conceito.
Umi: Não é que decidimos o conceito de repente, nós discutimos que colocaríamos um significado mais profundo se fosse algo conceitual, e, com isso em mente, nós criamos canções, depois colocamos as letras e tal.
Tomo: Eu disse "vou fazer letras assim" e escrevi sem parar desde então.

Nas letras da primeira canção, Neiro ~melody line~, aparece o nome de uma droga, diazepam. Isso foi intencional?

Tomo: Eu queria espalhar "drogas" e "doenças" nas letras. Apenas pensei que seria interessante.

Você escreveu sobre seus sentimentos nesta canção, e em Kage oni também, certo?

Tomo: Isso mesmo.

Suas letras parecem ser bastante cínicas às vezes, não é?

Tomo: Acho que este aspecto surgiu desta vez. Quando escrevo sobre mim é totalmente o oposto e eu as faço soar irreais. Eu não gosto de ser indelicado, e acho que não é bom expressar tanto minha personalidade. Como somos uma banda, quero que minhas expressões sejam abstratas. Eu achei que seria legal balancear os dois lados, e foi o que tentei fazer desta vez.
Umi: Além disso, muitas pessoas têm uma impressão de fragilidade quando eles escutam as palavras "cura" e "droga", mas, se pensarmos bem, cada pessoa tem sua própria "cura". Uma "droga" também tem diferentes significados e pode ser boa ou má dependendo do uso, então nós pensamos que seríamos capazes de transmitir bem a amplitude deste assunto.

Por que vocês escolheram o título PATRIOT? É para ser como uma "pessoa patriota?"

Tomo: Na verdade, não tem nada a ver com uma "pessoa patriota." Nós lançamos o álbum Revolver primeiro e "revólver" significa "arma", então colocamos "patriota" desta vez, como o nome do míssil. (risos) Nós lançaremos um novo álbum na mesma época do nosso álbum de estréia, e também é um mini-álbum, então nós pensamos em algo mais forte que um "revólver", simplesmente por brincadeira. (risos) E ele tem um significado diferente de "compatriota" também, e nós realmente apreciamos os laços entre os membros da banda. Então a definição de "pessoa patriota" não tem nada a ver com o título, apesar de ser seu significado mais comum. (risos)

Sobre a capa do álbum: os animais ficam em primeiro plano, um belo cenário está espalhado no fundo e ruínas se destacam, o que parece ter um significado artístico. O que vocês queriam simbolizar quando conceberam a idéia da capa?

Umi: As duas versões do CD, vister e lipper, têm duas canções especiais cada: Re: Ashita haretara e Princess Dizzy no vister e Pavé au chocolat e Aya em lipper. Quando as escutei, pensei em dois animais - uma girafa (em vister) e um porco (em lipper). Eu queria usar alguns animais quando pensei sobre a capa do álbum, mas nada surgiu em minha mente. Então eu conversei com Tomo e ele disse que este álbum é como uma cidade, então usei uma cidade ou uma rodovia com cores estranhas, um animal específico para cada versão do álbum e uma parte cinza em ruínas na frente. Eu acho que este álbum é como um livro. Como se as partes preto e branco das ruínas fossem a fronteira do mundo real, e quando abrimos o CD, que seria o livro, existe uma cidade colorida. Eu queria fazer capas artificiais, então pensei, "Não existem girafas em uma cidade. Não existem porcos em uma rodovia."

Então você as imaginou como um livro?

Umi: Não exatamente, mas depois que terminamos de fazer o CD e escutei as seis músicas exaustivamente, eu senti como se tivesse terminado de ler um romance. (risos)

Poderiam nos contar sobre seus planos para o futuro?

Umi: Nós faremos nosso primeiro show one-man no Shibuya O-WEST em 7 de julho!

Este é o dia do segundo aniversário da banda, não é?

Umi: Sim. Se fizéssemos um one-man, queríamos tocá-lo quando tivéssemos capacidade para tal, e queríamos fazê-lo em uma data que significasse algo para nós, então nós decidimos que não faríamos um one-man se não fosse no dia do nosso aniversário. (risos)
Tomo: As pessoas ao nosso redor têm perguntado porque não fazemos shows one-man, mas nós temos dúvidas sobre aqueles que fazem one-mans excessivamente. Para nós era como, "Onde faremos nosso show one-man? Está decidido!" Então valeu a pena esperar até agora, para que possamos realizá-lo em 7 de julho. (risos) Apesar de parecer um pouco tarde.
Umi: Nosso primeiro show oficial foi no O-WEST. Então, queríamos fazer um one-man lá, e quase não conseguimos agendá-lo para aquele dia. (risos)

Vocês têm planos para lançamentos depois de abril?

Umi: Ainda não decidimos. Entretanto, nós devemos começar a compor e gravar para o nosso próximo lançamento em breve.

Vocês costumam ter muitos eventos em lojas, não é?

Umi: Sim, pois pensamos que é o melhor lugar para ouvirmos as vozes dos fãs e poder responder diretamente.

Vocês já se acostumaram com estes eventos?

Tomo: Eu não... (risos)

Você fica nervoso com perguntas súbitas?

Tomo: Recentemente, houve um evento que achei que foi um sucesso e pensei, "Finalmente eu pude falar bastante!" (risos)
Umi: Tomo está se acostumando muito bem. Entretanto, se ele acha que é ruim em alguma coisa, ele se torna incrivelmente fraco... como um cervo recém-nascido. (risos)

Você não consegue falar?

Tomo: Bem, eu não sei... eu acho que nossos fãs ainda não se acostumaram conosco também. No nosso caso, existe uma proibição total para fãs que estão esperando nossa chegada ou saída dos locais. É tipo "vocês não devem conversar com eles!", então não temos chances de conversar com nossos fãs, e em nossos eventos em lojas, quando nós falamos eles ficam em silêncio...
Umi: Eles não sabem como reagir.
Tomo: Mesmo quando faço piadas. (risos)
Umi: Os fãs ainda não se acostumaram conosco, então eles não sabem quando podem rir, eles não conseguem adivinhar se continuaremos a falar ou não, e eles pensam, "Posso rir agora? Posso falar?"

Que tal mostrar-lhes um daqueles sinais como "Ria agora?" E usar risadas gravadas nessas partes. O evento pareceria bem divertido.

vistlip: (risos)
Tohya: Como um show de TV, não é? (risos)
Umi: Tomo já se acostumou.
Tomo: Estou bem agora.
Umi: Sobre Tohya, seu rosto sempre fica vermelho.
Tohya: Sim. Eu acho que é uma doença. (risos)
Umi: Ele realmente fica vermelho como uma maçã. E ele começa a falar de um jeito que nos deixa confuso, como "Hein? Você é esse tipo de pessoa?" porque ele fica muito tenso. (risos) De repente, ele diz algo que não faz sentido.
Tohya: Sei que existem vários "eus" dentro de mim... eu não sei quem devo ser. Quando me perguntam algo, eu penso "que Tohya sou eu agora!?" e tento decidir enquanto estou tendo um conflito dentro de mim. (risos)

É fácil conversar com você?

Yuh: Ele é o tipo de pessoa que é forçada a provocar risos.
Tohya: As pessoas me pedem para fazer piadas. As piadas em nossas vidas privadas e quando estamos na banda são diferentes.
vistlip: (risos)
Tohya: Então tenho um conflito dentro de mim sobre isso. Até que ponto é OK, e até que ponto é proibido? (risos)
Tomo: Ele pensa se o que ele vai dizer é proibido ou não.
Tohya: Se estou muito tenso, começo a dizer coisas que deveriam ser censuradas... o que leva a conseqüências inúteis e eu começo a refletir sobre isso. (risos)
Umi: Rui está sempre alegre.

Pelo fato dele sempre manter o ambiente agradável?

Umi: Às vezes é difícil dizer se ele realmente está escutando nossa conversa. (risos)
Tomo: Mas ele é um cara muito interessante. Nós dois conversamos bastante.
Umi: Geralmente ele tem muito bom senso durante as conversas, mas durante os eventos... não é?
Tomo: Acho que seu botão de ligar e desligar é muito claro. (risos)

Então ele muda na frente das pessoas. Imagino que ele também muda quando bebe álcool, certo?

Tomo: Ele muda. Oh, é horrível.
Umi: Na verdade, mesmo sem beber, se tiver álcool na frente dele já basta. Ele já fica bêbado. (risos)
Tomo: Se o forçamos a beber, ele logo cai no sono. (risos)
Umi: Yuh muitas vezes se confunde. Tipo, "Não, não estamos falando disso agora". (risos)

Talvez ele pense à frente.

Yuh: Exatamente. Eu vejo o futuro! (risos)
Umi: Não, eu acho que ele é bobo mesmo. (risos) Ele fica muito confuso e esquece coisas que acabou de falar, e ele interpreta coisas que não fazem sentido.
Yuh: Eu sou pr... progressivo. (risos) Eh... eu não costumo falar tão bem assim!
vistlip: (muitos risos)

Espero que ele arranque risadas dos fãs em momentos como este.

Umi: Quando ele não consegue falar bem, seu rosto fica muito vermelho. (risos)
Tomo: Bem, mas quando vi os vídeos de nossos eventos em lojas, achei nossos dois guitarristas normais. Não sei se posso dizer o mesmo sobre os outros três. (risos)

Vocês querem fazer shows no exterior algum dia?

Tomo: Claro que quero! Mas para ser honesto, estou preocupado com isso. Não quer dizer que não somos confiantes, mas eu nunca fui para o exterior.
Umi: E também desejo isso. Entretanto, fico preocupado com outros aspectos, como se realmente estamos prontos para isso. E também, eu tenho estômago fraco e tenho medo que aconteça alguma coisa. (risos)
Tomo: Eu tenho muitos amigos que já tiveram a experiência de tocar fora do Japão e eles dizem que é divertido. Eu ouvi que o público do exterior responde muito bem. Podemos chegar lá apenas com nossa música, então nós realmente queremos fazer shows no exterior algum dia.

Vocês têm um MySpace oficial para que os fãs no exterior possam se comunicar com vocês.

Tomo: Isso mesmo.

Por favor, dê a sua mensagem aos nossos leitores.

Tohya: Eu não usei meu passaporte e ele vai expirar em breve, mas claro que desejo ir para o exterior. Eu ainda não tive a chance de ir, e apesar de não saber se os estrangeiros aceitarão nosso estilo, eu realmente quero que eles conheçam o vistlip, quero que eles comecem a gostar de nós, e eu gostaria de poder me comunicar com pessoas de diferentes lugares. (em inglês) Obrigado e eu amo vocês!
vistlip: (muitos risos)
Rui: Eu quero ir para o exterior o máximo possível.

Quais países você já visitou até agora?

Rui: Eu já estive na Austrália, França, Londres, Califórnia nos Estados Unidos, Coréia do Sul e China. Eu fiquei nos Estados Unidos e Coréia do Sul como estudante de intercâmbio.
Tomo: Ele é um garoto rico. (risos)

Rui, pela sua cara não é fácil adivinhar sua nacionalidade.

vistlip: (muitos risos)

Você não costuma ouvir que é japonês quando viaja para o exterior, não é?

Rui: Não, as pessoas me dizem que sou japonês. Se você tiver a chance, por favor nos toque.
Tomo: Diga "Toque-me agora!" (risos)
Umi: Nós não distribuímos nossos CDs no exterior, então mesmo que pessoas estrangeiras se interessem pelo vistlip, nós não somos facilmente acessíveis. Nós ainda não fizemos shows no exterior e ainda não temos planos para isso. Se vocês esperarem por nós, nós faremos com que nossos CDs cheguem a vocês e nós faremos shows em seus países. Mas, se vocês realmente quiserem nos ver agora... venham para o Japão! Agora mesmo!
Yuh: Eu morei por um bom tempo no exterior, morei em Munique, Alemanha. (risos) Quando retornei ao Japão, disse aos meus amigos, "Eu quero muito voltar para lá". Para realizar esse desejo, eu quero me tornar maior, ser conhecido e ir para a Europa. Também nos Estados Unidos, a diversidade musical é grande e acho que posso aprender muito lá, então quero estudar essas coisas. Estou ansioso porque não sei que tipo de música as pessoas do exterior esperam do vistlip, ou que tipo de música eles gostam, mas continuaremos fazendo novas coisas sozinhos. Então, eu quero que vocês escutem nossa música cada vez mais e se alegrem com o sentimento de "Achei um novo gênero".

Você morou bastante tempo na Alemanha?

Yuh: Não, eu menti, foi só por um ou dois anos. (risos)

Você escutava heavy metal na Alemanha?

Yuh: Não, eu estava sempre estudando música clássica.
Tohya: Então, por favor, diga uma mensagem em alemão!
Yuh: Em alemão...? Eu não sei mais! (risos) Guten tag, olá!
Tomo: Nós costumamos receber mensagens do exterior nos pedindo para lançar nossos CDs ou fazer shows no exterior. Como vocês sabem, nós precisamos de muitas mensagens. Isso faz com que as pessoas ao nosso redor as levem a sério, então por favor se unam e nos convidem para o exterior! Nos chame! Diga "Por favor, lance nossos CDs!" Eu espero que possamos levar isso a diante. (em inglês) Sim, nós podemos!
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