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ONE OK ROCK no Zepp Tokyo

23/03/2009 2009-03-23 12:00:00 JaME Autor: Sarah J. Tradução: R.

ONE OK ROCK no Zepp Tokyo

O ONE OK ROCK agitou o Zepp Tokyo com outro show intenso e excitante para iniciar a turnê Emotion Effect.


© ONE OK ROCK - AMUSE
A platéia era jovem e vibrante, conversando em tom animado enquanto se acomodavam em um Zepp Tokyo lotado. A atmosfera era agitada, a ansiedade era alta pela expectativa do maior show do ONE OK ROCK até o momento.

As conversas se transformaram em urros quando a introdução começou a tocar, misturando techno e metal e criando um tom pesado para o show. A platéia animada entrou em frenesi com o início de CONVINCING. Um mar de braços socando o ar ao som poderoso da música de abertura. O carisma de TAKA era magnético desde o começo, dançando confiante pelo palco e se comunicando com a platéia através de gestos. Ryota também dançou enquanto a banda seguiu com Yoru ni shika sakanai mangetsu e mais tarde Kaimu. Depois de alguns truques de guitarra de Alex, as batidas pesadas tomaram conta das músicas, enquanto os primeiros 'crowd surfers' rolavam sobre as cabeças do público. A banda queria uma grande participação do público naquela noite; os gritos de 'Tóquio!' de TAKA foram recebidos com entusiasmo e mais tarde a multidão teve a primeira chance de cantar juntamente com a banda.

No curto intervalo, TAKA pegou um megafone para a próxima canção, 20 years old, segurando-o como se estivesse comandando um exército. Apesar da teatralidade, o megafone soou estranho com as melodias, apesar da voz de TAKA manter-se tão forte e afinada como sempre. Os guitarristas também se movimentaram pelo palco, se destacando do cenário com uma bela batalha instrumental entre o baixo de Ryota, a guitarra de Alex e a bateria de Tomoya. O baixo de Ryota comandou a próxima canção, Doppelganger, com um som meio Offspring penetrando a melodia. O talento do ONE OK ROCK de tomar os sons de punk rock ocidentais, misturá-los com a língua japonesa e criar grandes músicas só parece aumentar com o tempo.

Depois de um começo arrasador, a banda teve a chance de conversar pela primeira vez com o público. "O dia que estávamos esperando chegou! Obrigado à todos por virem!", TAKA cumprimentou o público. Ele apresentou Toru, que passou algum tempo tentando fazer com que a platéia gritasse "yeah" para eles, primeiro as garotas e depois os garotos, embora ele tenha feito os garotos gritarem três vezes com um berro de "homens!" O fervor na pista tinha aumentado, guiando o ONE OK ROCK em Reflection, uma canção que mostra perfeitamente o talento de TAKA para cantar em inglês. O final dramático com seus gritos poderosos os levou até Break My Strings. De repente, o clima ficou mais sombrio, com progressões de acordes melancólicos e bateria precisa, abastecendo este número pesado. Apesar da música ter sido prejudicada por alguns problemas com o feedback, seu poder não pode ser negado e a pausa antes da dramática e pesada ponte soou fantástica ao vivo.

Mudar depois de tanto peso exigia um pequeno intervalo, e enquanto o palco escurecia, os nomes dos membros foram gritados pelo público com clareza. Quando as luzes voltaram, o som sutil dos dedilhados da guitarra, que logo se tornou uma gentil introdução, fez a platéia vibrar. Et Cetera era claramente uma das favoritas do público e suas vozes podiam ser ouvidas em uníssono acima de TAKA. Os suaves sussurros de TAKA no meio da canção trouxeram uma bela mudança de ritmo, resultando em mais um solo de Alex.

Hitsuzen Maker foi precedida por um curto comentário. Toru disse à multidão que 2.700 pessoas estavam presentes naquela noite, e depois ressaltou o número de câmeras gravando o show. "Mostrem seus rostos felizes para elas até o fim de show", ele gritou. Ryota decidiu entrar na conversa, pedindo para Toru mostrar seu exemplo de um 'rosto feliz' antes de TAKA fazer um discurso mais sério sobre como aquela noite era importante para ele. Poder andar no mesmo palco onde tantos grandes artistas tocaram, ele disse, o fez sentir bastante orgulhoso. A multidão vibrou alto, tornando o clima para Hitsuzen Maker ainda mais excitante. Os belos e suaves versos, com o refrão empolgante fez desta a música perfeita após o discurso. As coisas se tornaram mais dançantes com Yume yume e a bela linha de baixo de Ryota. TAKA apontou para uma enorme bola de espelhos que começou a girar, iluminando a platéia que agora pulava como nunca. Foi a primeira música em que Toru pode fazer seu rap, e ele o cantou com confiança e facilidade.

Depois de mais peso, a banda seguiu com a principal balada do álbum Kanjou Effect, Living Dolls. O som arrebatador da canção parecia mudar ao vivo, com a música se tornando mais crua e direta. Foi uma bela execução que deixou a platéia sem palavras por alguns momentos. Este momento de silêncio foi a deixa para outro MC, desta vez mais longo. "Eu não consigo acreditar que estou aqui no Zepp, eu não sei o que dizer!" TAKA começou. Ele parecia estar um pouco emocionado enquanto falava sobre o desenvolvimento da banda, como todos eles tinham feito 20 anos naquele ano e estavam tentando dar seu melhor na banda. "Daqui para frente, vamos criar um mundo maravilhoso com músicas". O MC foi interrompido por um momento por uma comoção na platéia, já que duas garotas tinham desmaiado na multidão. Elas foram retiradas da grade pelos seguranças, enquanto a banda parou para ter certeza que todos estavam bem. "Alguém aí está se sentindo mal?", TAKA perguntou brincando ao público. Um homem levantou sua mão nervoso, deixando a banda e os fãs em um pouco de choque. Enquanto o garoto era retirado da platéia, ele ganhou um obrigado de TAKA. Quando tudo voltou ao normal, o ONE OK ROCK anunciou que agora eles tocariam uma canção inédita, frase que foi muito bem recebida pelos fãs. A canção tinha um ritmo leve e positivo, com uma atitude punk e algumas progressões de acordes interessantes, que acabaram formando uma canção bem agradável.

A partir daí eles tocaram as músicas finais com violência, enchendo o Zepp de energia e barulho. O sempre divertido Ryota ficou ainda mais interessante de se assistir quando ele seguiu TAKA, gritando "Você consegue!", ecoando o título da música You can do (everything), enquanto as habilidades de Alex continuaram a impressionar na viciante energia de Koi no aibou kokoro no Cupido. JUST marcou uma mudança momentânea no ritmo, com sua melodia mais lenta. A pequena pausa na melodia que precedeu o clímax da canção sempre soou um pouco estranha no CD, mas aqui foi perfeita, criando o momento final perfeito da canção e do set. Viva Violent Fellow ~utsukushiki moshpit~ foi o penúltimo rugido oferecido pelo grupo. Os membros alongaram a introdução, enquanto Toru e Ryota agitavam o público antes de deslancharem na melodia principal. Viva Violent Fellow foi um destaque em particular; tocada ao vivo, toda a energia da música pode ser liberada enquanto a banda e os fãs dançavam entusiasticamente. Quando a ponte foi tocada, TAKA fez todos gritarem com ele, sem deixar a energia cair.

O show foi encerrado com Naihi shinsho. Foi perfeitamente empolgante, como todas as últimas músicas devem ser. Alex foi até o centro do palco, ocupando o lugar de TAKA para tocar, antes de ser acompanhado por Toru e Ryota no centro, enquanto o vocalista pulava pelo palco. Enquanto a música entrava em seus momentos finais, TAKA deixou o público cantar por ele para agitar e as vozes dos fãs do ONE OK ROCK tomaram conta do show até seu poderoso fim.

Gritos pelo bis começaram logo em seguida. A banda não demorou muito para responder e depois de mais algumas palavras, começaram a tocar Koubou. O pequeno moshpit na frente ficou maior e enquanto a banda tocava, seus fãs pulavam com entusiasmo. "Nós temos mais uma canção", TAKA anunciou enquanto Koubou chegava ao fim. O finale era Keep it real. Toru cantou com entusiasmo durante os versões, que seguiam lindamente no riff metódico do refrão. Enquanto a platéia cantava as letras em uníssono, o gentil dedilhado de Toru foi acompanhado por Alex e pelo ritmo da bateria de Tomoya em um momento incrível antes da música se encerrar.

"Obrigado!", gritou TAKA enquanto o grupo abaixava seus instrumentos e se reunia no centro do palco. Os cinco integrantes deram as mãos e fizeram uma reverencia com o grito de "obrigado". A platéia devolveu com gritos de felicidade. Toru teve a última palavra, "Hoje, nós somos as pessoas mais felizes do Japão." Após essa impressionante exibição de música ao vivo, não é de se estranhar que a audiência sentiu-se do mesmo jeito.
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