Entrevista

Entrevista com o bis na Alemanha

25/07/2007 2007-07-25 12:00:00 JaME Autor: JackSkellington & thond Tradução: kAoRu

Entrevista com o bis na Alemanha

Com o primeiro show fora do Japão já marcado, a ser realizado no J-Shock de Köln, Alemanha, o bis reservou alguns instantes para uma entrevista com o JaME, um dia antes do evento.


© bis
Believe In Style, ou bis, antes uma banda Visual kei e agora Oshare kei, teve sua primeira apresentação européia durante o evento J-Shock em Köln, na Alemanha. Não se engane pela mudança de gênero da banda; mudaram seu estilo, mas não se trata de mais uma banda oshare “açucarada” como é de se esperar, e sim uma banda bastante competente no que faz.

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Olá. Como foi o vôo, e como estão todos no momento?

Tsukasa: Ser impedido de fumar no avião é horrível! Fora isso, está tudo bem.

Em primeiro lugar, nós gostaríamos de saber por que escolheram esse nome, bis (Believe in style). Em qual estilo vocês acreditam?

Maru: Nós acreditamos no estilo pessoal de cada um. Cada indivíduo tem seu estilo de se expressar e demonstrar suas emoções. É importante para engrandecer seu próprio espírito.

Por que vocês optaram pelo Visual kei, ao invés de outro gênero?

Maru: Era importante para nós podermos nos expressar da melhor forma possível e sermos compreendidos, também. Nós acreditávamos que o Visual Kei seria o melhor caminho para isso.

Você acaba de dizer que acreditou que o Visual Kei fosse a melhor escolha para vocês, mas recentemente mudaram muito seu estilo. Suas músicas se tornaram mais pop, com um pouco de influência de hip-hop, e a aparência do grupo ficou mais casual. Qual é a razão disto?

Maru: Nós queríamos mostrar nossas verdadeiras faces, por isso escolhemos nos apresentar de maneira mais natural. Não era possível fazer isso com toda aquela maquiagem.
Shunsuke: Sim. Não é que nossas influências tenham mudado de uma hora para outra, nós apenas queríamos nos expressar melhor, mostrar quem somos de verdade.

E por que vocês chamaram o álbum mais recente de Believe in Style? Vocês acham que ele reflete a vocês e sua música melhor do que os anteriores?

Maru: É o primeiro álbum em que nos mostramos de verdade.
Shunsuke: Believe in Syle representa uma nova tomada de consciência do bis. O crescimento em relação aos álbuns anteriores está no fato de termos decidido trilhar o mesmo caminho como um grupo.

Quanto as vidas de vocês se modificaram depois de terem trocado a PS Company pela Free Will?

Tsukasa: Depois da mudança, tudo fluiu calmamente; tornamo-nos mais capazes de decidir por nós mesmos. Resumindo, o clima está bem melhor.

Como o bis foi criado? E o que vocês gostam mais na banda?

Maru: Quando encontrei o Shunsuke, ele estava numa turnê com sua antiga banda. Mais tarde ele me convidara para tocar com ele, e um tempo depois criamos o bis. O que mais gosto na banda é que nosso relacionamento não é superficial. Há algo profundo que nos conecta, e não sentimos necessidade de nos escondermos um do outro.
Shunsuke: Nós somos muito mais próximos do que na minha banda anterior. Atravessamos os bons e maus momentos juntos. Há uma grande união no bis.
Seika: Na minha banda anterior, vestíamos fantasias loucas e usávamos bastante maquiagem. Aqui posso ser eu mesmo, o que me faz sentir muito melhor.
Tsukasa: Meu caso é semelhante ao de Seika... Montes de maquiagem.

Conte-nos mais sobre os membros do bis, por favor.

Maru: Shunsuke é bem tímido, mas também é bastante cuidadoso. Ele é do tipo ingênuo, que acredita em tudo que dizem, e está sempre nervoso. Tsukasa é o feliz! É uma pessoa muito alegre. Já Seika... é bem egoísta, mas também é muito amigável.
Tsukasa: Shunsuke é totalmente louco, fala bastante… mas ele consegue se controlar! Maru é um idiota, mas ele está sempre se esforçando. Seika é bastante honesto... [todos gargalham]
Seika: Todos são muito atenciosos.
Shunsuke: Maru ama sua guitarra acima de qualquer outra coisa! Tsukasa é... contagiante!
Tsukasa: [risos] Contagiante?
Shunsuke: Sim... sempre feliz. Seika é egoísta, mas ele pensa igualmente nos outros membros da banda.

De onde vocês tiram inspiração?

Maru: É claro que temos nossas influências musicais, mas nossas experiências são a principal fonte de inspiração para as músicas.

Como rola o processo de escrever as letras?

Maru: Primeiro compomos a música juntos, depois as letras. Tudo é então processado e repetido algumas vezes, até termos o resultado final.

Maru, seu jeito de cantar mudou bastante com o tempo. Antes você rosnava mais, agora parece mais seguro nos vocais. Por que a mudança?

Maru: Bem... Todos modificam seu estilo vocal a depender do que queiram expressar. Já cheguei a tomar aulas antes, mas agora eu pratico mais com a banda e tento desafiar a mim mesmo no karaokê.

Que músicas do karaokê você gosta de cantar?

Maru:: JPop, Hip-Hop, Reggae, Rock’n’Blues e músicas de animes. Particularmente prefiro músicas do Dragon Ash. Antes eu não curtia Hip-Hop, mas isso mudou. O Dragon Ash me conquistou!

Qual é a coisa mais divertida em estar numa banda?

Maru: Os shows, com certeza! É ótimo apresentar músicas em que todos trabalharam! É uma satisfação ver as reações da platéia, o retorno que nossos fãs nos dão é muito importante pra gente.

O que vocês estariam fazendo hoje, se não fossem músicos?

Maru: Hikikomori. (Hikikomori são pessoas que se recusam a deixar a casa dos pais e se isolam da sociedade e da família num quarto simples, por vezes por mais de seis meses)
Tsukasa: Eu seria um indigente.
Seika: Professor de inglês e de Ciência Política.
Shunsuke: Eu abriria um restaurante de tempura... não, espera, gyoza seria melhor. [risos]

Que impressões tiveram da Alemanha?

Seika: É bem cara...
Shunsuke: Parece que o sol nunca se põe por aqui! No Japão já estaria tudo escuro lá fora, agora. Quando é que fica tudo escuro por aqui?! [risos]

Quais são seus planos para depois do J-Shock?

Maru: Agora que vimos a Alemanha, queremos viajar pelo maior número de países possível. Uma turnê mundial e ter o cd lançado pelo mundo todo seria maravilhoso.

Pra terminar, gostaríamos de uma mensagem para os fãs de vocês.

Shunsuke: Existem muitas pessoas legais por aqui, e esperamos poder romper a distância entre Japão e Alemanha com a nossa música.
Tsukasa: Nossas letras são em japonês, mas não importa, já que nossos fãs compreendem nossa música.
Seika: A Alemanha já tem um lugar guardado no meu coração.
Maru: Daremos o nosso melhor amanhã, e esperamos receber um bom retorno de nossos fãs. Obrigado!
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JaME gostaria de agradecer ao bis por reservar tempo para a entrevista e à GanShin, Free Will pela oportunidade de realizá-la.
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