Entrevista

Entrevista com Olivia

11/11/2006 2006-11-11 12:00:00 JaME Autor: Sarah Tradução: pinkspider

Entrevista com Olivia

JaME conversou com Olivia poucas horas antes de sua estréia na América, na PMX.


© Avex
Depois de dois anos afastada da música, a cantora e compositora Olivia retornou este ano com dois novos singles - ambos parte da série de anime "Nana", de Yazawa Ai - e satisfez seus numerosos fãs estrangeiros ao comparecer à Pacific Media Expo em Los Angeles, na California, no dia 28 de outubro. Ela fez sua primeira aparição julgando o concurso de cosplay de Nana, o que deu aos fãs a chance de mostrarem suas habilidades na confecção das roupas, falar um pouco sobre a série e cumprimentar Olivia. Muitos dos participantes eram, obviamente, fãs de longa data e uma pareceu estar a beira das lágrimas quando teve a oportunidade de dizer o quando a música de Olivia significava para ela.

Após, o JaME teve a chance de sentar para entrevistar esta talentosa celebridade, falar sobre o show programado para mais tarde naquela noite, e sobre o que ela pensava sobre apresentar-se na América pela primeira vez.


O que você pensa de estar de volta diante de uma platéia depois de tanto tempo?

Olivia: É uma sensação muito, muito boa. Eu estive querendo voltar durante o ano anterior ao lançamento das músicas de Nana. Estou muito feliz de estar ocupada novamente; muito feliz por estar fazendo música. E neste momento estou bastante empolgada por estar fazendo minhas músicas originais também.

Como você se sente finalmente vindo para a América, depois de passar tanto tempo de sua carreira no Japão?

Olivia: É um pouco... ah... como se diz, como se diz... Acho que estou um pouco nervosa quanto a isso. Como se diz, não lembro como se diz! (risos) Mas é muito bom. É muito bom ver fãs aqui. Eu recebo cartas dos meus fãs de todo o mundo dizendo "Ei, por favor, faça um show aqui, por favor!" Um mês antes de eu confirmar este show na PMX, todos estavam dizendo "Você precisa fazer um show em LA!" Era sempre LA por algum motivo! (risos) Eu estava tipo, "Eu adoraria fazer, mas...!"

Pois aqui está você em LA agora! (risos) Então é por isso que você decidiu vir para a California e não para Nova Iorque ou outro lugar na America?

Olivia: Para a PMX?

Sim, existe alguma razão em particular?

Olivia: Ah, não (risos)

Você tem preferência para cantar em Japonês ou Inglês?

Olivia: Ah, eu gostaria definitivamente de cantar em Ingles. Para mim é mais natural e eu posso brincar mais; há mais criatividade e mais coisas que eu posso fazer. Acho que quando eu canto em Japonês, existem algumas coisas que não me é permitido fazer e que eu não sei que não posso fazer, então eu cometo muitos erros. Realmente leva muito tempo e esforço para fazer uma canção em Japonês.

Como você decide, quando está escrevendo uma música - é uma decisão consciente escrevê-la em Japonês ou Inglês? É baseada no assunto?

Olivia: Basicamente, eu, ah... Depende. Se é um single, então eu definitivamente gostaria de cantar em Japonês. Se é a faixa principal do álbum, então eu gostaria de cantar em Japonês, porque quero que eles entendam o que estou dizendo. Então, os b-sides provavelmente seriam em Inglês.

Você fala alguma outra língua?

Olivia: Outra língua? Não.

Você tem interesse em aprender outras línguas?

Olivia: Sim, sim, sim. Francês, Espanhol... Acho que eu ainda teria que aperfeiçoar os kanji no Japonês, eu ainda tenho muito a aprender no Japonês.

Você pode nos explicar como funciona o seu processo de criação de letras? O que lhe inspira?

Olivia: Minhas letras... São meus picos; é sobre meus altos e baixos que escrevo. Eu escrevo sobre como me sinto no momento, eu tento não lembrar um momento em que eu 'era', entende... Não tento escrever sobre alguém. É sempre sobre o que estou sentindo no momento, algo em que estou pensando no momento.

Então você não gosta de remexer no passado?

Olivia: Não, não gosto. Mas eu faço, apesar de não gostar muito de escrever sobre isso.

Com as várias músicas que você escreveu durante os anos, existe alguma em particular que é realmente especial para você?

Olivia: Que é especial para mim? Hm... (silêncio) "Alone in our Castle". Esta é realmente especial para mim. "Cupid". "Sugarbloodsuckers". Hm... Tem músicas que eu não lancei ainda que são bem especiais para mim, mas estou guardando-as para um momento adequado. (risos)

Posso perguntar por que estas?

Olivia: As músicas que acabei de escolher?

Sim.

Olivia: Bem, "Alone in our Castle"... Eu estava muito, muito mal naquele momento e esta música, quando eu a escrevi e cantei, ela me curou e eu me senti tão tão próxima da música. Foi tão natural e tão fácil. É a mesma coisa com "Denial" também, a música. Eu amo as músicas que surgem tão rápido e facilmente que você nem está pensando de fato sobre elas. Parece que você está conectando diretamente do coração.

Então é bem rápido para você escrever músicas?

Olivia: Músicas assim? Sim. Mas existem músicas mais 'pop' como algumas que estou escrevendo agora, e algumas para "Trapnest". Não é fácil para mim escrever uma música pop. Eu preciso sentar e... Que me dêem pelo menos duas semanas, para pensar na melodia! (risos) Quero fazê-las o melhor que puder. Leva tempo.

Quando você iniciou carreira solo, como você se sentiu apresentando-se diante de um público como aquele? Ficou nervosa?

Olivia: Eu estava nervosa, estava nervosa. Não era muito boa em Japonês também, então quando fiz apresentações na TV e entrevistas, eu ainda tipo... Não conseguia colocar minhas palavras ou minha personalidade. Mas... é. Foi bom, foi bom. Eu ainda não era muito - no começo da minha carreira solo eu não estava realmente fazendo o que eu queria. Era mais o que a gravadora queria, mais ou menos. Então eu não estava... sabe, pelos primeiros singles (risos). Acho que todo mundo pode perceber, porém.

Existe algo sobre trabalhar em grupo do qual você sente falta? Ou você está mais feliz sozinha, fazendo suas próprias coisas?

Olivia: Sim, eu gostaria de participar de uma banda um dia. Porque é mais fácil, como em muitas coisas que posso fazer, posso distribuir o trabalho. É mais rápido, mais fácil, é divertido! Quando você sai em turnê também. E o caso é, eu sou bastante crítica sobre a minha música, e quando muitas pessoas começam a se meter... É tipo "Eu não quero isso, não quero aquilo, não quero isso..." (risos) Então existem coisas boas em se trabalhar solo.

Bem, falando nisso... Alguns dos seus irmãos estão também envolvidos com música. Você já pensou em montar uma banda com eles?

Olivia: Sim! Minha irmã e eu, e na verdade meu irmão também, nós escrevemos músicas juntos por diversão, de todos os tipos. Músicas R&B, só para rir, sabe? E então, minha irmã e eu escrevemos uma música tipo Beastie Boys feminino; é bem legal. Nós estamos tentando - acho que vamos só bagunçar mais um pouco e ver o que seria interessante.

Poderão vir a lançar algo no futuro?

Olivia: Talvez, talvez (pausa). Definitivamente! (risos) Ah, vamos, nós precisamos.

Em 2005 você se apresentou no "Halloween of the Living Dead", organizado pelo HYDE. Como foi?

Olivia: Ah meu deus. Isso foi... foi incrível. O público era tão maravilhoso, os trajes eram... uau! Foi bom. A apresentação do HYDE foi incrível, seu show foi ótimo, o traje dele era maravilhoso (risos). Ele estava vestido como "Edward Mãos de Tesoura" e o show que fizemos juntos, ele estava vestido como uma colegial japonesa. Uma garota, com uma saia plissada, uma blusa e peruca. Foi incrível e ele é um cara muito legal.

Você vestiu alguma fantasia?

Olivia: Não, eu não. Mas eu tinha três, quatro... três? Três pessoas vestindo fantasias de kigurumi, que é como um urso de pelúcia, uma roupa de coelho. A coisa real, com pêlo e tudo mais, e eles estavam dançando no fundo, fazendo pequenas performances. Foi interessante. Na verdade nós filmamos isso no vídeo. Talvez lancemos isso em algum lugar, algum dia.

Tenho certeza que seus fãs esperam por isso! Existem outros músicos com os quais você gostaria de trabalhar no futuro?

Olivia: No futuro... No Japão?

Em qualquer lugar? (risos)

Olivia: Aaah, existem tantos (risos). Existem vários músicos com os quais eu adoraria trabalhar. Mas... (silêncio longo) Eu não sei, não sei. Acho que eu precisaria pensar sobre isso um pouco mais.

Como tem sido a experiência de trabalhar no anime "Nana"?

Olivia: Tem sido bastante... Tem sido bom para mim; aprendi muito sobre trabalho em equipe. Não é sobre mim, este projeto; é Nana, é Reira e Trapnest. Existem tantos... Há a Yazawa Ai, a escritora, seus empresários, a Avex, meus empresários, eu, e todos estamos trabalhando juntos. Ouvindo as opiniões de todos e vindo a mim e eu tipo "Ok, ok, ok." É trabalho em equipe, sabe? Tem sido uma boa experiência.

Tem sido difícil escrever músicas para o anime Nana?

Olivia: Tem sido fácil porque meu estilo é parecido com o do Trapnest. Yazawa Ai-sensei queria - a imagem dela do Trapnest é esta coisa pesada, com guitarras distorcidas, realmente obscuro e gótico com, tipo uma pequena pena flutuando por cima; minha voz. Como "Denial" ou "Merry & Hell Go Round". Há várias músicas no álbum que tinham esse estilo, por isso o trabalho veio para mim. Eu quis dizer que é fácil num sentido, mas é difícil porque eles querem que as músicas sejam bastante melodiosas. Portanto, para fazer o refrão é preciso um pouco mais de esforço.

Você já era familiar com "Nana" antes?

Olivia: Não, não. O trabalho veio e todos estavam tão empolgados; "Nana!" E eu estava tipo, Nana? O que é isso? (risos) Mas eu logo li a revista e vi o filme. Eu estava realmente surpresa com como Reira - eu entendi esta parte e achei que tínhamos muitas coisas em comum. Eu realmente sei - eu realmente sei como ela se sente. Então fiquei bem empolgada para fazer isto.

No seu website, podemos ver alguns dos trabalhos de arte feitos por você. O que a motivou a se aventurar na arte também?

Olivia: Durante os dois anos em que eu não estava bem, que estava em hiatus, eu não podia escrever. Eu quis dar um tempo da música porque minha paixão havia sumido depois de tanto trabalho; depois do álbum Lost Loli, eu estava "não posso fazer mais músicas, não consigo mais fazer isso." Então eu comecei a desenhar porque precisava de uma forma de expressar minha arte, sem ter alguém me dizendo que eu devia fazê-lo deste ou daquele jeito. Eu só precisava de algo no qual pudesse dar vazão a todas as minhas reais emoções. Então comecei a desenhar.

Você planeja continuar a fazer isso no futuro?

Olivia: Sim, acho que vou.

Alguns anos atrás você também tinha uma grife de roupas. Pode nos contar um pouco sobre isso?

Olivia: Sim, eu fazia isso com Kozue Rin e durou uns dois anos. O negócio ia realmente bem, mas ela se mudou, ela decidiu se mudar para os EUA. E eu não poderia mesmo ter continuado sozinha, porque tinha meus próprios compromissos, portanto acabamos com o negócio.

Você acha que fará um projeto como este novamente?

Olivia: Sim, com certeza.

Talvez outra linha de roupas?

Olivia: Talvez, talvez. Minha irmã e eu estivemos conversando; talvez uma camiseta ou algo simples, ou... Não sei. (risos) Nós ainda temos muitas idéias e precisamos conversar sobre isso.

O que a fez decidir por expressar sua criatividade pela música, ao invés de arte ou moda?

Olivia: Não sei. (risos) Naturalmente eu... Quando ouço música, isso... (silêncio longo) Não sei, eu comecei a cantar quando era pequena. Eu somente comecei a dançar e cantar e eu só - eu amo música. Eu amo música demais. Não sei, não sei, o que é? Me sinto em paz quando ouço música. E quando estou cantando... Quando me sinto nervosa ou triste, começo a cantarolar, para me acalmar.

Qual é a sensação quando você está no palco?

Olivia: Eu... É muito bom quando estou no palco. Na verdade eu sou bem tímida e nervosa, e me comunico muito mal, e o tipo de garota que é meio solitária. Quando estou no palco posso esquecer tudo; posso esquecer meu passado e entrar naquele momento, na música. É uma sensação muito boa. Me sinto mais em paz quando estou no palco.

Você já pensou em outras formas de se expressar no futuro, como escrever um livro, talvez?

Olivia: Ah sim, como um livro. Eu pensei em fazer isto mas não em breve. Pintar e desenhar... Arte visual, eu pensei sobre arte visual porque eu adoro videoclipes. Adoro Michel Gondry e Chris Cunningham e, ah meu deus. Você já viu "Rubber Johny" do Chris Cunningham?

Não, não vi.

Olivia: É tão incrível, tão inspirador. Chris Cunningham levou os videoclipes a um nível além, e eu pensei que queria fazer algo assim também. Minha irmã e eu fazemos muitos trabalhos de arte visual e, algumas vezes, para meus shows, colocamos na tela ao fundo. Tem sido realmente divertido, gostaria de fazer algo do tipo.

Você acha que gostaria de dirigir um videoclipe?

Olivia: Ah meu deus. Acho que vou, algum dia (risos). Definitivamente. Tenho tantas idéias para videoclipes legais.

Você ainda é bastante próxima à família?

Olivia: Sim. Muito, muito próxima. Minha irmã, meu irmão e eu - nós somos melhores amigos e nunca brigamos. Somos muito, muito legais um com o outro. Tenho muita saudades deles. Mal posso esperar para vê-los; eles virão hoje.

Toda a sua família virá para o seu show?

Olivia: Ah, não. Meus pais vivem na Alemanha agora, mas espero poder vê-los em dezembro.

Falando na Alemanha, podemos esperar mais algum show internacional seu?

Olivia: Espero que sim! Tenho que lançar alguns álbuns aqui e meu mini-álbum virá em janeiro, e então um álbum do Trapnest virá depois. E estamos planejando também um full álbum depois daquele do Trapnest, então eu não sei quando poderei fazer isso. Mas estou pensando, talvez em dois anos, depois de dois anos, acho que poderei fazer mais coisas como estas.

Você quer mesmo voltar para a América?

Olivia: Ah sim! (risos)

(risos) Definitivamente quer fazer turnê na Europa?

Olivia: Sim, definitivamente, definitivamente. Acho que em dois anos, meu nível musical também subirá, o que é bom. Será bom em dois anos.

Quais são algumas de suas outras ambições para o futuro?

Olivia: Outras ambições... (momento em silêncio) Bem, eu quero aprender a tocar guitarra melhor. Isso é algo que quero fazer. Quero viajar mais. Quero viajar e ajudar mais, fazer mais. Quero ajudar, como ir para a África ou fazer trabalho voluntário, ou algo desse tipo. Porque eu definitivamente acho que isto é algo que preciso fazer quando as coisas se acalmarem um pouco.

Você ficou surpresa por ter tantos fãs internacionais?

Olivia : Fiquei surpresa? Recentemente, estive recebendo tantas cartas de países estrangeiros mas, é, fiquei surpresa. (risos) Estou muito, muito grata. Acho que tenho muita sorte.

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O JaME gostaria de agradecer a equipe da PMX, Avex e, é claro, Olivia por toda a ajuda!
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