Entrevista

Entrevista com o Onmyo-za

13/10/2006 2006-10-13 12:00:00 JaME Autor: Kagayaki Tradução: Gaga-Kun

Entrevista com o Onmyo-za

Entrevista exclusiva do JaME com a 'Yokai Heavy Metal Band' Onmyo-za antes do início de sua Tour!


© King Records
O JaME foi convidado pela King Records à participar de uma entrevista por email com a banda Onmyo-za. Logo a banda estará chegando na Europa para tocar em Paris e Berlim, então tivemos a oportunidade de perguntar diversas questões sobre os mais variados aspectos da Tour, bem como descobrir um pouco mais sobre o lançamento Europeu do álbum “Best Of” Inyo Shugyoku.

As questões forem respondidas em nome de toda a banda, pelo compositor, líder, vocalista e baixista Matatabi.

Sua segunda Tour Européia está para começar no mês que vêm, quais são seus pensamentos sobre sua segunda rodada de performances for a do Japão?

Matatabi: Nós fizemos nosso primeiro show no exterior ano passado, e naquela época, nós, honestamente não pensávamos que iríamos ser chamados para voltar tão cedo. Então nós ficamos muito surpresos, animados e bem alegres quanto a isso.

Vocês já estiverem em Tour por uma grande parte do ano! E quando voltarem ao Japão, vocês ainda terão vários concertos a fazer. Vocês gostam da experiência dessa Tour?

Matatabi: Nós acredittamos que performances ao vivo, é onde podemos mostrar nossas habilidades melhor, então estar em Tour, e tendo mais fãs vindo para nos ver no palco é muito importante para nós. Realmente gostamos disso.

Quais são os aspectos que vocês gostam ou desgostam em relação a Tour?

Matatabi: Nós amamos o palco. Nós amamos todos os aspectos de dar o máximo e fazermos uma excelente performance ao vivo, também adoramos conhecer lugares novos, provar da cozinha local e também provar bebidas alcoólicas de todas as variedades! Não há nada que não gostamos em relação a Tour, com exceção da parte em que ela acaba. Nós temos que lidar com uma sensação de solidão.

O que vocês estão esperando particularmente dessa nova Tour Européia?

Matatabi: A única coisa que está em nossa agenda é dividir nossa flamejamente performance ao vivo com nossos fãs que estarão esperando por nós na Europa. Oh, e também aproveitar a cozinha européia e provar um monte de bebidas alcoólicas de todos os tipos!

Sua última Tour foi um tanto ética, e foi vista como uma “marcha forçada” vocês esperam ter mais tempo pra visitar lugares interessantes ou tentar a cozinha local nessa Tour?

Matatabi: Nós soubemos que o calendário dessa vez é um pouco melhor, então talvez tenhamos tempo pra essas coisas. Vai ser ótimo se pudermos fazer essas coisas.

Vocês planejam, ou gostariam de tocar em outros países?

Matatabi: Nós não temos nada planejado ainda, mas nós achamos todos os países da Europa bem atrativos, então estamos inclinados a visitar qualquer um desses países se possível.

Da última vez que o JaME entrevistou à vocês, nós lhe perguntamos se vocês considerariam a idéia de abrir o Shikigami Kurabu (Fã-clube do Onmyo-za) para fãs estrangeiros. Vocês pensaram mais sobre essa idéia?

Matatabi: O staff do nosso fã-clube está sempre discutindo sobre isso, contudo, vai demorar um pouquinho mais pra fazer as coisas andarem. Mas nós prometemos a vocês, que enquanto vocês continuem levantando suas vozes, vai acontecer. Não importa o quanto demore.

Mesmo as letras do Onmyo-za sendo complicadas para entender até por japoneses nativos que falam e entendem a lingual, faz vocês ficarem felizes que muitas pessoas que não falam japonês apreciam e gostam de sua música mesmo que eles não entendam inteiramente as letras?

Matatabi: Nós ficamos maravilhados. Aqui no Japão, nós podemos nos relacionar perfeitamente com ouvintes que gostam da música sem entender totalmente as letras... A maioria de nós gosta de muitas formas de música estrangeira, só por ser uma “música” e pela batida que ela tem. Então nós entendemos perfeitamente como funciona a mente humana e estamos muito felizes que é isso que está acontecendo na Europa.

O álbum best Inyo Shugyoku será lançado em breve na Europa. Quais são seus pensamentos sobre o lançamento?

Matatabi: Nós estamos muito felizes que finalmente nossos fãs Europeus poderão colocar suas mãos em um dos nossos álbuns sem o álbum ter que ser “importado”! Nós esperamos que o lançamento desse álbum seja somente um ponto inicial e que seja o primeiro de muitos álbuns do Onmyo-za à serem lançados na Europa.

Vocês vêem o lançamento desse álbum na Europa como uma chance de construir uma fanbase consistente, ou vocês esperam mostrar sua música para uma nova audiência?

Matatabi: Ambos. Se você vive na Europa, você não vai achar uma cópia do lançamento japonês do Inyo Shugyoku numa loja de CD local. E para aqueles que não conhecem o Onmyo-za ainda, é absolutamente necessário prover eles de uma boa introdução para nossa música. O lançamento europeu vai cuidar das duas coisas.

O lançamento japonês do álbum duplo Inyo Shugyoku continha 30 músicas! Mesmo com bastante material de álbuns e singles para selecionar um best, vocês tiveram alguma dificuldade para escolher as faixas?

Matatabi: Acredite em mim, foi um pesadelo! Para todos os álbuns nós tentamos assegurar que só o melhor das melhores músicas vão para lá. Então, o processo de selecionar as melhores de uma longa lista de músicas que por sua vez são as melhores para começar...Oh céus, isso foi difícil. Foi como ser pedido para escolher seu filho favorito, quando é claro que você ama todos! Não tem como escolher, pra ser honesto. Então nós decidimos nos focar no fato que nós queríamos que o CD fosse um grande pacote introdutório para os fãs que não nos conhecem bem. Seleção após seleção, nós finalmente chegamos na lista que agora é chamada de Inyo Shugyoku.

O álbum contém uma boa variedade das músicas do Onmyo-za. Vocês escolheram as faixas tentando mostrar todo o alcance musical da banda, por exemplo, músicas pesadas, baladas lentas, o estilo “matsuri”? Ou vocês só escolheram as músicas que vocês consideraram que fossem melhores/mais famosas?

Matatabi: O Onmyo-za é um grupo multi-dimensional, e quando estávamos construindo esse álbum balanço foi a coisa mais importante para nós. Nós realmente não pensamos muito em colocar as músicas mais ‘populares’, porque nós achamos que a definição de ‘música popular’ difere de fã pra fã e de membro pra membro da banda.

Terão muitas diferenças entre a versão japonesa e o lançamento europeu?

Matatabi: Eu acho que não. Será a mesma coisa que a edição standard que foi lançada no Japão.

Vocês pretendem lançar velhos CDs ou até mesmo os futuros lançamentos na Europa também?

Matatabi: Estamos tentando relançar nosso velho material pouco a pouco. Eu não posso dar mais detalhes nesse momento, mas as conversações sobre isso estão num nível bem real.

Quando se apresentam no inicio de um show vocês se descrevem como ‘Yokai Heavy Metal Band – Onmyo-za’. Você pode me dizer o que isso significa? E o quanto essa descrição é importante pro conceito do Onmyo-za?

Matatabi: “Yokai” é uma criatura espiriual que mostra o interior dos seres humanos como um espelho. Além disso, quando você canta sobre “Yokai”, você canta sobre todo aspecto das emoções humanas. Alegria, fúria, felicidade, sofrimento – tudo. E quando dizemos “heavy metal” não estamos nos referindo somente a um gênero particular de música. Estamos falando sobre a inovação, a crença, que tem sido representada pelo heavy metal e tem lhe envolvido desde que nasceu. Estes são os sentimentos que colocamos em palavras quando nos apresentamos. Então a tradução direta para “Yokai Heavy Metal Band” seria “Uma banda com a crença na inovação que canta sobre o ser humano”, Este é um conceito muito importante para o Onmyo-za. Isso é nosso tudo.

No começo de suas carreiras, o primeiro cd lançado foi um álbum, ao contrário do usual, que seria uma série de single (algo bem ousado para uma banda independente) Quais foram as razões para essa escolha?

Matatabi: Lançar Singles e EPs primeiro, ao invés de álbuns, dá a impressão de aquilo ser algo como um “cartão de apresentações” – somente algo para dar um “alô”. Onmyo-za tinha uma expressão musical bem clara a mostrar, e nós sabíamos exatamente o que deveria ser feito desde o primeiro dia. É por isso que não precisamos de um single antes do álbum para fazer um teste, e nós aparecemos com um álbum, que é nosso material de arte, desde o começo.

Que músicas vocês mais gostam de tocar ao vivo?

Matatabi: Nós pensamos nossas performances no palco como um todo, então nós não temos como pensar neles música por música. Dessa forma, não tem como escolhermos qualquer de nossas canções.

O Onmyo-za tem uma influencia da música tradicional Japonesa muito forte, vocês já pensaram ou consideraram adicionar instrumentos tradicionais autênticos japoneses em suas músicas?

Matatabi: Não temos planos pra isso agora, mas nós faremos quando for a hora certa e quando sentirmos a necessidade.

Quais passatempos vocês gostam além da música?

Matatabi: Todos nós gostamos de um sem número de hobbies. Livros, filmes, vídeo games, assistir esportes – provavelmente as mesmas coisas que todos vocês.

As roupas que vocês usam no palco são inspiradas nas roupas do período Heian, a mais de 1000 anos atrás. Existe alguma razão do porque vocês escolheram esse período como sua inspiração?

Matatabi: Porque fica lindo no palco, e representa toda a imagem de nossa música no seu design.

Há algum músico em particular que os inspirou, ou que vocês admiram particularmente?

Matatabi: Todo membro tem uma longa lista de artistas favoritas, então fica difícil listar todos eles aqui. Mas tendo em vista que sou eu, Matatabi que estou respondendo, posso te dizer que meus ídolos são do JUDAS PRIEST. Eu vou louva-los até o dia que eu morrer.

O Onmyo-za produziu a música Koga Ninpocho que foi usada como tema para o anime “Basilisk”. Vocês ficaram contentes em compor e tocar a música?E vocês gostam do anime?

Matatabi: Nós não temos nenhum sentimento particular, nem negativo nem positivo em relação a fazer temas para animes, mas “Basilisk~Koga Ninpocho” foi uma bem especial para mim. Porque o anime foi baseado no livro “Koga Ninpocho” do meu autor favorito Futaro Yamado, uma pessoa que eu respeito muito. Então foi como um sonho sendo realizado pra mim. Eu também sou um grande fã das versões de mangá e de anime de “Basilisk~Koga Ninpocho”.

O acompanhamento de Kumikyoku Yoshitsune leva mais de 20 minutos por causa de sua duração, é especialmente difícil tocar essa música ao vivo?

Matatabi: Todos nós concordamos que tocar essa música no palco é a experiência mais excitante.

O onmyouza parece estar profundamente envolvido em cada aspecto da produção de seus materiais, desde o design da capa do CD, até o design e o artwork do merchandising. Você acha que o envolvimento nessas áreas de produção é um aspecto importanto do que a banda representa?

Matatabi: Eu não sei se toda a banda precisa fazer isso, mas ao menos para o Onmyo-za, nós queremos estar encarregados de todos os aspectos que envolvem nosso nome. Nós devemos estar em controle de nossa música e de tudo que a cerca igualmente. Nós acreditamos que isso seja importante para nossos fãs também.

Há alguma banda que vocês gostariam de tocar junto em uma Tour?

Matatabi: Nós estamos inclinados e prontos a tocar com qualquer artista com o qual nós consigamos nos simpatizar do fundo de nossas almas.

Muito obrigado por participar dessa entrevista! Muita sorte em sua Tour européia e com o lançamento do CD!
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