Resenha

the GazettE - DOGMA

02/02/2016 2016-02-02 00:01:00 JaME Autor: Jessieface Tradução: Nana, Shin

the GazettE - DOGMA

O novo álbum do the GazettE, DOGMA, explode de raiva por todas as suas 14 faixas e marca uma era obscura e arrepiante do som globalmente reverenciado do grupo.


© 2015 PS COMPANY. Provided by JPU Records.
Álbum CD

DOGMA

the GazettE

Cada segundo de DOGMA foi meticulosamente trabalhado e, de acordo com entrevistas japonesas, o álbum esteve em criação por mais de dois anos. O grupo mostrou seus esforços criando primeiro DIVISION e BEAUTIFUL DEFORMITY antes de considerar a atual era "PROJECT:DARK AGE" como um esforço colaborativo entre 18 criadores japoneses, e usando os álbuns anteriores como uma ponte para DOGMA.

Através das 14 novas faixas de DOGMA, the GazettE explora o rock pesado e o metal, com os vocais assustadoramente claros de Ruki por todas as músicas. A chave de cada faixa do novo álbum é o clima criado pelos primeiros trinta segundos ou menos, mas este clima frequentemente muda com cerca de um minuto de música, onde o vocalista Ruki ou o baterista Kai podem gritar ou grunhir entre o canto de Ruki, ou quanto o tempo oscila para cima ou para baixo.

A abertura do álbum, NIHIL, cria uma paisagem sonora fantasmagórica, que seria adequada como música de fundo para um ritual de invocação, antes de pular para um dubstep no meio da canção, enquanto que a faixa título DOGMA corre sem intervalos para uma bagunça ressonante em estilo clavicórdio cobrindo uma guitarra pesada. Esse é o som e o clima que o the GazettE é verdadeiramente hábil em criar.

RAGE faz jus ao seu homônimo com uma ruptura feroz de sons. Guitarra, bateria e rosnados se sobrepõe. Cheia de angústia, DERACINE pinta uma paisagem sonora de saudade e da busca por algo. A faixa seguinte, BIZARRE, apresenta uma linha de baixo sintetizada nos segundos de abertura, mas parece um som familiar com o qual os fãs estão acostumados.

No meio do álbum, o clima toma outra direção com os vocais monótonos de Ruki, que abrem WASTELAND. Depois, quando ele canta "true. dread" durante a parte instrumental entre ásperos riffs de guitarra, não há o que possa ser dito. Se ao menos também existisse um PV para esta faixa.

Não há baladas em DOGMA — no sentido tradicional de uma balada lenta — mas a faixa final, OMINOUS, retorna àquele sentimento assustador introduzido no início do álbum. Sendo a faixa mais longa e uma das melhores de DOGMA, OMINOUS traz uma sensação de calma distante, mas ferve lentamente com camadas de guitarra e sons distorcidos crescendo para alcançar o poder do refrão — o belo vídeo de OMINOUS ajuda a trazer ainda mais a tona a emoção forte da música. Dica: ouça NIHIL novamente, logo após OMINOUS. Soa muito bem.



Como sempre, o the GazettE é ótimo em criar música com alma, que é compartilhada e impacta um grande número de fãs, tanto japoneses quanto estrangeiros. Com o forte conceito "PROJECT:DARK AGE" do the GazettE, os membros mostraram verdadeiramente suas melhores qualidades, mas trouxeram um lado novo e obscuro ao lado natural do grupo.
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