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Arrebentando no STUDIO COAST com DIR EN GREY

22/01/2014 2014-01-22 00:01:00 JaME Autor: Amke Tradução: Youko, Shin

Arrebentando no STUDIO COAST com DIR EN GREY

O DIR EN GREY mostrou um espetáculo visual em seu show no STUDIO COAST, Tóquio.


© DIR EN GREY
STUDIO COAST de Shinkiba, 19 de outubro. Os ingressos foram esgotados e leva menos de meia hora para que o local inteiro esteja lotado. É o segundo dia que a banda está tocando no STUDIO COAST e também é quase o fim da turnê GHOUL no Japão. Após mais dois shows em Namba HATCH, Osaka, o DIR EN GREY vai para os EUA para o resto da turnê.

Um pouco após as sete da noite a introdução começa. Seus tons melódicos e poderosos contrastam com a introdução anterior Kyoukotsu no nari, que tinha uma atmosfera sinistra graças aos sons dissonantes. Um por um os membros andam no palco. Kyo é o último a chegar, seu rosto pintado de modo a lembrar uma monstruosa caveira. Telões no palco mostram a palavra GHOUL.

A primeira canção, Reiketsu Nariseba promete que a noite será de um show agressivo e pesado. Desde o começo, os membros da banda deram de tudo. Há muito acontecendo no palco. Os guitarristas Kaoru e DieToshiya se movem pelo tablado enquanto a bateria de Shinya está em uma plataforma na parte de trás para torná-lo visível à plateia. Os grandes telões mostram partes do PV de Reiketsu Nariseba, e o show de iluminação é maravilhoso, tornando tudo um verdadeiro espetáculo. O público grita quando Kyo sobe na plataforma, suas costas para eles e os braços abertos. Quando ele chega a palavra "Destroy"1 na letra, todos começam a pular com os punhos no ar, enlouquecendo enquanto Kaoru bate cabeça.

O repertório é bem balanceada com uma variação entre canções fortes e algumas um tanto mais suaves. Após a um pouco mais quieta LOTUS, onde a banda usa trechos de seu PV, OBSCURE é recebida com entusiasmo selvagem. A mudança de cores das luzes faz da música uma intensa e pesada apresentação. A interação entre a banda e o público é grande: os membros frequentemente trocam de lugar e encorajam o público, que responde com gritos. Toshiya, especialmente, adora deixar o público exasperado, e eles alegremente obedecem a cada comando seu. Parece que ele não consegue se cansar disso durante o set inteiro, um sentimento que parece ressoar pela multidão. Durante o último refrão, o público canta junto com Kyo.

Após tocarem Kiri to mayu, Kyo começa seu grito gutural. Agora ele veste um véu que cobre seu rosto deixando sua aparência não apenas assustadora, mas também misteriosa. Os sons inquietantes da bateria e o badalar de sinos intensificam a atmosfera. Fumaça começa a cobrir partes do palco enquanto o vocalista fica de pé sozinho no centro do palco. O público está completamente em silêncio, escutando aos sons sombrios e estranhos que ele produz. A experiência inteira é enervante. Kyo definitivamente sabe como assustar seus fãs.

Um telão desce e cobre o palco antes de BUGABOO começar. Por um momento o público é incapaz de ver a banda, mas quando as luzes aparecem as sombras dos membros tornam-se visíveis. Diversas luzes manipulam a imagem no telão, criando sombras distorcidas. Todavia, na próxima canção, Tsumi to batsu, o telão permanece em posição. Perto do final, o telão é levantado sinalizando o início do segundo vocal gutural. A atmosfera não é a mesma do primeiro por causa da diferente música de fundo, que dá um distinto, mas ainda assim estranho sentimento.

Vendo que o DIR EN GREY coloca muito esforço em seus visuais desse show, não é surpresa que o uso da luz seja impressionante. Esse uso está sempre mudando e nunca é repetitivo. A combinação dos visuais com o show de luzes torna a performance verdadeiramente surpreendente. Durante Kasumi, um cover próprio incluso no mini álbum THE UNRAVELING, há apenas luz azul no canto direito, dando ao palco um sentimento suave e calmo, enquanto durante OBSCURE, o ritmo das luzes foi acelerado para que o público ficasse animado. Após tocar Kasumi a banda deixa o palco e imediatamente a multidão começa a dizer “encore”.

E que encore surpreendente que é, enquanto HADES é tocada. A multidão berra e grita excitadamente enquanto cada membro da banda mostra seu entusiasmo e energia enquanto eles trocam de lugares no palco. Os guitarristas tomam o lado direito do palco enquanto Kyo está na esquerda com Toshiya. Shinya dá tudo que tem enquanto Toshiya mostra que ele também tem energia, pulando na caixa e dando o seu melhor. Kyo interage com o público que não consegue se cansar disso. É bem uma surpresa ver essa música no repertório, mas ver o público e a banda sendo tão energéticos, essa é uma escolha muito boa.

THE FINAL coloca um fim a esse implacável show. A multidão canta junto ao refrão e a frase “I can’t live”2. Depois os membros tomaram seu tempo para dizer adeus a seus fãs que estavam batendo palmas e dando vivas, agradecendo a eles pela apresentação. Após atirarem palhetas, baquetas e garrafas d’água para a multidão de pessoas, eles deixam o palco.

O show dessa noite no STUDIO COAST pode ser descrito apenas como fenomenal. Não apenas porque a banda deu um show maravilhoso, mas também por causa da teatralidade: visuais, telões, fumaça e iluminação. Além disso, a aparência assustadora de Kyo dá ao show um pequeno extra, que faz de GHOUL um nome que se encaixa perfeitamente na turnê.

O DIR EN GREY então anunciou dois novos shows para o próximo ano. Eles vão tocar durante dois dias consecutivos no Nippon Budokan com DUM SPIRO SPERO nos dias 8 e 9 de março. A banda também anunciou o lançamento de um novo single para o próximo ano, Sustain the UNtruth que será lançado no dia 22 de janeiro.

Setlist
SE
1. Reiketsu Nariseba
2. Unknown.despair.Lost
3. KARMA
4. LOTUS
5. OBSCURE
6. Kiri to mayu
7. audience KILLER LOOP
8. BUGABOO
9. Tsumi to batsu
10. Rinkaku
11. “Yokusou ni DREAMBOX” aruiwa seijuku no rinen to tsumetai ame
12. THE UNRAVELING
13. Juuyoku
14. Kasumi
Encore
15. Gaika, chinmoku ga nemuru koro
16. HADES
17. STUCK MAN
18. THE FINAL

N.R.: 1) Destruir, em inglês.
2) Eu não posso viver, em inglês.
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