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lynch. no Shibuya-AX

01/01/2014 2014-01-01 17:14:00 JaME Autor: Mikan Tradução: youko

lynch. no Shibuya-AX

O lynch. não apenas faz barulho – faz muito barulho!


© lynch. - Gan-Shin
A banda de nagoya kei lynch., agora já ativa por duros nove anos, cresceu para não ser apenas imensamente popular no Japão mas também em outras partes do mundo. Juntar-se ao selo CLJ Records lhes ajudou a conseguir essa impressionante fanbase do mundo todo. Sua popularidade não pode ser disputada, o que era óbvio nos shows lotados em Tóquio nos dias 23 e 24 de agosto.

Já presente na, em breve superlotada, praça em frente ao Shibuya-AX está um pequeno grupo de fãs leais em fila para comprar o single vendido apenas no show. Às cinco, a casa de show abre suas portas e em menos de 15-20 minutos é lotada por fãs. Surpreendentemente para uma banda “visual kei”, a multidão consiste de uma quantidade igual de garotos e garotas, a maioria em roupas completamente pretas, uma quantidade abundante de garotas “kawaii”, e as ocasionais garotas estrangeiras, a maioria delas alemãs.

Exatamente como programado as portas fecham e repentinamente a música alta assusta a maioria, dando-lhes um pequeno ataque do coração. Luz vermelha aparece, seguida por entusiásticas palma
s e gritos. A excitação lentamente desvanece enquanto a equipe e os membros da banda parecem provocar um pouco o público, mantendo as cortinas fechadas e então repentinamente desligando as luzes. Este é apenas um artifício: alguns minutos depois as cortinas se abrem, os guitarristas Reo e Yusuke, o baixista Akinori e o baterista Asanao entram no palco primeiro. Como a tradição manda, a estrela, o vocalista Hazuki, sai de seu esconderijo por último. Todos estão vestindo preto, preto e mais preto, mas é de se admitir que isso cai bem em cinco homens de boa aparência. O cabelo incrivelmente longo de Akinori hipnotiza alguns fãs também.

A hora de provocar terminou, contudo, e a banda deixa que os fãs saibam não apenas começando com uma de suas músicas de ritmo mais rápido e pesada, mas também com um impressionante show de luzes banhando a multidão num mar de luzes vermelhas, brancas e roxas. Hazuki fica imediatamente confortável em seu aparente habitat natural, dançando de forma selvagem e incitando a multidão a erguer os punhos no ritmo de seus grunhidos pesados. A escolha das canções no início leva a um clímax, todo o tempo acompanhado pelo variante e deslumbrante show de luzes e danças bobas do talentoso vocalista, sem perder uma única nota. Mesmo que os outros membros da banda toquem formidavelmente, suas chamas parecem precisar de um pouco de combustível. Nas primeiras canções não aconteceu muito, propositalmente ou não, banhando Hazuki com todo o foco, independentemente dos impressionantes solos realizados principalmente pelo guitarrista Yusuke e pelo baterista Asanao.

A função de Hazuki como estrela líder da banda, possivelmente merecida, é mostrada durante a quinta canção da noite, Beauty. Enquanto guincha e grunhe de forma selvagem, ele pula junto à multidão. Acompanhado pela rápida letra e outro exibicionismo, como bater em si mesmo (apenas atuação), nenhum erro ou nota falsa é audível. Impressionante, algo que ninguém poderia negar se estivesse presente nesse momento. Finalmente, a próxima canção traz um solo para Akinori, que dá tudo de si em seu belo baixo, após o qual o resto dos membros finalmente parece se soltar um pouco e começar a se mover no ritmo de suas próprias batidas. O tempo do show é rápido, sem espaço para pausas ou MCs, exceto para as breves e normais boas-vindas. Um incrível total de vinte canções é tocado, e durante toda a maioria do tempo o vocalista entretém a multidão. O público não parece se importar, especialmente após Hazuki beber rapidamente um pouco de sua garrafa d’água e ocasionalmente cuspir.

Quando a banda abruptamente termina o show, os fãs estão completamente agitados. Os gritos para o encore demoram poucos segundos para começar, enquanto algumas garotas nas fileiras da frente brigam por uma camiseta que Yusuke atirou para elas. Dez árduos minutos depois a banda finalmente responde aos gritos, surpreendendo eles com o que é, provavelmente, um dos mais longos e mais pessoais MCs até esse dia. Começa com um agradecimento geral quanto a comparecerem ao show, o apoio contínuo da banda e outras notificações menores, mas o monólogo eventualmente desvia para uma história do boneco daruma que os membros têm desde o início da banda. Seu desejo era tocar no Zepp Tokyo e foi realizado; eles tocaram lá nesse ano em novembro, dando à banda uma razão para preencher o vazio no futuro próximo.

O encore que segue consiste de quarto outras músicas, entre elas Evily, na qual todos os membros realmente dão tudo de si. Repentinamente a anterior falta de entusiasmo parece apenas um sonho do passado distante, especialmente quando Akinori decide surfar na multidão. É divertido ver que mesmo os anteriormente estóicos membros da imprensa em seu balcão privado sentem o impulso de ao menos sacudir levemente suas mãos ao ritmo da música. Após esse prolongado encore parece que a banda aparentemente não consegue se cansar de sua particular multidão de fãs, já que eles retornam ao palco mais uma vez, para um segundo encore que é tão habilmente e energeticamente realizado. Yusuke parece estar sofrendo incrivelmente com o calor dos holofotes e perde sua camiseta uma segunda vez, mas não após decidir seguir a ideia do baixista de surfar na multidão por um instante.

Se você prefere o tipo mais sombrio e violento de visual kei bem feito por esse talentoso grupo de pessoas, o show deles é provavelmente uma experiência que você deveria tentar. A energia pode demorar um pouco para aumentar, mas um espetáculo é o que você vai ter, é garantido.
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