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SoundWitch ao vivo no Kichijoji

14/07/2013 2013-07-14 00:01:00 JaME Autor: Mikan Tradução: Nasake, Shin

SoundWitch ao vivo no Kichijoji

O SoundWitch encantou a plateia enquanto agitavam o show de aniversário do Kichijoji Crescendo.


© Soundwitch - Anastasia Jallais
Para quem ainda não é familiar com a SoundWitch, eis o que resume melhor a banda: uma mistura saudável de rock pesado com música industrial, uma talentosa vocalista e uma quantidade tremenda de energia. A banda de cinco membros de Osaka consiste no guitarrista Drug-on, baterista Sack, vocalista Twin, baixista Matsubai e, último, mas não menos importante, Maiden com seu Kaoss Pad e outros instrumentos que trazem o aspecto industrial do som da banda.

Nessa noite em particular eles tocaram na casa de show Crescendo, como parte da 300ª edição do evento HEAVY GROOVE. Eles estavam acompanhados por outras bandas maravilhosas: Vorchaos, DazzleVision e Sense of Stability. Vorchaos foi a primeira a se apresentar, e é preciso ressaltar que a performance foi realmente impressionante. Crescendo é um local pequeno: a quantidade máxima de pessoas que o lugar pode suportar é cerca de 80 a 100 pessoas. O lugar estava cheio até a metade durante a primeira performance, e verdadeiros a sua imagem "hardcore", todos estavam parados em silêncio. A voz poderosa do vocalista da Vorchaos e a, em geral, boa performance da banda com certeza deve ter causado um impacto nessas pessoas, mas além dos ocasionais gestos com a mão e socos no ar, era difícil notar que essas pessoas estavam em um show. Para quem não é familiar com os rituais do cenário musical japonês: eles são grandes fãs de danças meticulosamente sincronizadas, gestos com as mãos, etc, daí o assombro com a falta de movimento. Era possível se imaginar em algum show de alguma banda europeia. A plateia estava espalhada através do local enquanto ao fundo havia uma mesa com produtos e algumas camisas penduradas aleatoriamente nas paredes. Vorchaos terminou com algumas músicas teatrais e bem desempenhadas, e em seguida as cortinas se fecharam para a preparação do evento principal, enquanto os membros da banda passeavam entre os fãs. Nesse momento tornou-se óbvio que eles são amados apesar da falta de entusiasmo da plateia, já que muitos fãs imediatamente se grudaram aos membros da banda, desesperados pelo bastante esperado tempo cara-a-cara.

Com um atraso de quase 25 minutos as cortinas se abriram novamente, acompanhadas com o início de uma música que soava macabra e sinistra. Os membros da banda rapidamente subiram ao palco escuro, talvez conscientes de seu atraso de celebridade arduamente ganho, com Twin, como manda a tradição, entrando no palco por último. As roupas dos membros não eram necessariamente coerentes ou particularmente criativas, mas como uma banda definitivamente combinavam bem. Maiden com seus amados detalhes em roxo, incluindo um pedaço roxa e rosa na parte raspada de seu cabelo, do qual o restante era longo. Os outros membros simplesmente vestiam preto, mas o vestido de Twin merece uma menção especial também. Simplesmente observe a foto acima, onde você talvez possa ver os detalhes incorporados no vestido, especialmente na miscelânea da blusa sem manga.

Talvez a característica mais agradável dessa banda seja sua franqueza. Eles entram no palco um tanto teatralmente, mas então se colocam em seus lugares e começam a tocar. Sem travessuras, sem objetos adicionais no palco além de seus instrumentos, sem bandeiras ou toalhas, ou seja lá o que que você precise comprar antecipadamente como fã - somente a música. Apesar de terem começado com Daydream, uma de suas canções mais calmas, ficou claro que uma grande parte da plateia estava ali por essa apresentação em particular. De repente a parte traseira do local estava deserta, enquanto as primeiras fileiras estavam esmagadas. A banda imediatamente deu sequência com algumas outras músicas que mostram sua verdadeira natureza: rock pesado com influências industriais, enquanto Matsubai e Drug-on pulavam como loucos, e Twin conduzia a plateia a se juntar a eles em um frenesi de pulos. A plateia obviamente não os decepcionou e uniu-se a eles, pulando, batendo cabeça, socando o ar e muito mais. As três primeiras fileiras eram um borrão de movimento, enquanto Twin, sorrindo como se estivesse muito satisfeita consigo mesma, entrou nessa também.

Esse espetáculo continuou por algumas canções mais, das quais a banda mostrou o quão bem entrosada é. Nada domina ou abafa algum dos outros instrumentos, tudo é equilibrado e organizado. Twin mostrou que sua voz pode soar tão imaculada quanto nas gravações, e sua energia em especial era ilimitada; ela até mesmo fez algumas danças de robô em um momento, sem motivo aparente.

A plateia em si consistia em cerca de 50 a 60 pessoas nesse momento, já que pessoas continuavam a entrar e deixar o local, consistindo em rostos bastante similares. A proporção estimada era cerca de metade homens e metade mulheres, todos vestidos de preto, sem particularidades ou extravagâncias, exatamente como a banda e seu palco. Até então o palco estava assim, com luzes brancas e às vezes piscantes, mas quando chegamos à canção Frustrate Me o clima mudou bruscamente. O palco foi mergulhado em um oceano de luz vermelha, tornando os membros menos amigáveis. Aqui o vocal pareceu vacilar um pouco, mas a letra salva a música, já que a linha "there is no future" ("não há futuro") foi gritada para a horda de fãs. Twin se soltou mais uma vez, girando e curvando-se para trás, como se fosse invertebrada. Depois de um breve silêncio, o início 'hardcore feliz' de Jesus tornou-se audível, acompanhado por luzes resplandecentes, um grito impressionante e um vocal em rap, já que o ritmo dessa canção é mortífero.

Depois de um breve MC, do qual Twin contou à plateia que a banda estava muito feliz que os fãs compareceram, é difícil não notar suas qualidades coquetes ao falar com os fãs. Essa mulher com certeza sabe como agradar uma plateia japonesa. A performance rapidamente continuou e não perdeu nenhum pouco de seu poder em nenhuma canção. Maiden merece uma atenção especial por sua performance em Spider Spider, da qual ele mostra verdadeiramente suas variadas habilidades e um pouco de influencia do dub-step americano. A última canção, Unfinished Color, é a única música tranquila realizada desde o início do show. Não fica claro porque essa música em particular foi escolhida como encerramento, mas se a intenção foi mostrar as qualidades da voz de Twin uma última vez, com certeza funcionou. A plateia se balançou uma última vez, mostrando seu apoio à banda, da qual em seguida deixa o palco sem muita complicação, somente com um simples: "obrigada, tchau, e nos vemos na próxima vez".

Resumindo: se você é fã de músicas pesadas e rápidas, com muitas influências notáveis, performances energéticas, intérpretes talentosos, e uma experiência de show em geral boa, talvez seja sábio dar uma oportunidade à esta banda da próxima vez.


Set list:

Intro: Prussian of Grotesca
1. Daydream
2. New Song
3. Vanilla
4. Distory
5. Música Nova
6. Frustrate Me
7. Jesus
8. You Love Me
9. And now I know, Alright
10. Música Nova
11. Spider Spider
12. So Sweet So Scratch
13. Unfinished Color
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