MERRY e MUCC causaram um impressionante tumulto no infame Chikashitsu realizado no Zepp Tokyo, em um show de ingressos esgotados. A multidão estava presente para algumas surpresas com três muito interessantes sub atos e com bate-cabeças de sobra.
O show começou com a banda experimental inspirada em punk munimuni, e seus vocais profundos e baixo fluido. Os quatro homens fizeram um impressionante trabalho aquecendo o público e quando MERRY tomou o palco, o caos se instaurou.
Com apenas nove músicas a banda levou o público a uma louca volta em uma montanha russa, cheia de bate-cabeças e excitantes canções. A música era contagiosa e a banda deu a ela tudo de si, o vocalista Garase destacou com uma ousada performance que pegou os novatos desprevenidos. Uma tradicional carteira de ensino médio serviu como plataforma para o vocalista, tapete vermelho vinho cobria o chão enquanto ele se movia inquietamente, de pés descalços. A intensa bateria e as excessivas palhaçadas contribuíram para a performance teatral, e as roupas de Gara causaram muito impacto: calça de colégio acima da cintura e camisa tipo quimono. A colorida camisa não durou muito, logo caindo para revelar o peito nu do vocalista e um braço escuro. Batendo cabeça de modo intenso, a banda se movia constantemente por toda parte, Gara se sacudindo violentamente como se seu corpo estivesse sendo perfurado por choques elétricos e agitando o seu cabelo perigosamente.
A encenação ficou mais séria com o vocalista escondendo o rosto atrás de uma máscara de coelho, em uma canção um tanto inquietante. Os seus movimentos eram lentos e o faziam parecer um coelho demoníaco de tamanho humano. A sua frente, o público batia cabeça, incendiado por Yuu, Kenichi, e Tetsu, enquanto Nero marcava o tempo para o agitar de punhos.
“Bem vindos! Obrigado pelo seu apoio ao longo desses dez anos!” a voz do vocalista foi carregada pelo local, antes que rápidas, intensas, e ardentes músicas continuassem, deixando a plateia eletrizada. Levantando os braços, o vocalista usou os seus pés enquanto batia palmas com apreciação, uma divertida risada ecoou pela casa de show enquanto a banda saía.
A cantora e compositora hibikiko apareceu em seguida, com apenas um violão e bateria acústica de suporte, conquistando a plateia com seu vocal esplêndido. O som contrastou com as outras músicas daquela noite, mas ele foi calorosamente recebido. Doces, porém, fortes vocais e com um ritmo country fizeram o público se mover de um lado para o outro enquanto esperavam os anfitriões da noite. As músicas lentas permitiram a plateia recuperar a sua energia para um pouco do perigoso e visualmente impressionante bate-cabeça em seguida.
MUCC logo depois retirou tudo do palco exceto a bateria, o que deu a eles muito espaço para se moverem e dançarem – e os quatro se asseguraram de fazer uso de todo o espaço. A banda não trouxe a artilharia pesada logo no início, e abriu o show com uma música disco pop, cheia de efeitos de som que fizeram a voz de Tatsuro ecoar exageradamente. Luzes piscantes dominavam tudo, e Tatsuro ajudou com uma luva esquisita que projetava lasers de cada dedo. Quase se agachando, o vocalista pulava por todo o palco, se movimentando para os lados enquanto o seu volumoso cabelo encaracolado balançava com cada movimento. “Pessoal, é hora do show!”, ele exclamou antes que o guitarrista Miya e o baixista YUKKE tomassem a frente com dedos dançando sobre as cordas.
O tom ficou mais pesado nas próximas músicas, e o público mais do que acostumado com os costumes do show. Sem avisar, os fãs subiram uns nos ombros dos outros, e depois esperaram pacientemente. Para aqueles não acostumados com os shows da banda, a cena era simplesmente bizarra, com garotas e garotos subindo nas costas uns dos outros para criar uma cerca humana. A cerca logo virou uma onda, com pessoas rolando para frente e para trás sobre o público, enquanto as músicas ficavam mais pesadas. Como se tivessem sido carregados por uma mortífera cachoeira, os corpos rolavam até o final do palco onde o staff corria para pegá-los.
Havia algo para todos os gostos com ritmos étnicos, músicas funk e muitos guturais e heavy metal. O uso exagerado de efeitos de som e distorções algumas vezes parecia desnecessário, impedindo a plateia de apreciar completamente os hábeis instrumentais e vocais, mesmo assim os fãs pareciam não se importar e se asseguraram de fazer todas as coreografias, cantando e se movendo incansavelmente.
Um dos momentos mais memoráveis do show foi quando Tatsuro pediu a todos que se sentassem e toda a casa de show obedeceu, Miya e YUKKE se sentaram também. “Três, dois, um!” e o público pulou em um instante visualmente impressionante, antes de se inclinarem para frente e para trás com a batida. SATOchi estava impossível de ser parado atrás da bateria, a multidão se afogando na batida com ainda mais bate-cabeça. A banda deu adeus com um ótimo ar, e ela parecia mais feliz com a resposta efusiva da multidão.
O tom mudou novamente com o drag queen e artista performático ONAN SPELMERMAID. Ele entrou com uma roupa extravagante que lembrava um grou de origami de vestir, a super minissaia e pesada maquiagem causaram um grande efeito. O seu ato inspirado no cabaré europeu foi calorosamente recebido, os movimentos exagerados e comentários sarcásticos colocaram para fora risadas e comentários de aprovação, enquanto a plateia se agitava com os excessivos números teatrais.
Antes de o show terminar, havia tempo para uma super sessão com Makoto Takei (cali≠gari), Gara (MERRY) e Tatsuro (MUCC) nos vocais. Se juntando a eles com a guitarra, Ao Sakurai (cali≠gari), Kenichi (MERRY) e Miya (MUCC), enquanto Kenjiro Murai (cali≠gari) tomou conta do baixo e SATOchi (MUCC) ditava o ritmo atrás da bateria. Era uma louca festa que deixou os músicos se moverem por todo o palco e interagirem com a plateia, um final perfeito para a animada noite. Nós esperamos ansiosamente as edições futuras do show e suas loucas aventuras!
