Entrevista

Entrevista com BLOOD

31/07/2012 2012-07-31 00:01:00 JaME Autor: lenin Tradução: neon-naito

Entrevista com BLOOD

Antes do último show da sua turnê europeia, JaME conversou com BLOOD sobre seus último lançamento, mudanças de integrantes e planos para o futuro.


© JaME - Cat Heroin
Apesar de sua agenda apertada, os membros da famosa banda de visual kei BLOOD conseguiram um tempo para falar sobre as suas atividades internacionais, o aniversário da banda que está por vir, e expectativas de voltar a Europa o mais rápido possível.

Boa noite! Os nossos leitores sabem muito sobre a banda de vocês, então em vez de uma tradicional introdução, por favor, nos diga algo de interessante da pessoa sentada ao seu lado.

Hayato: Esse é Kazuha, um guitarrista japonês, mas ele está tocando baixo hoje. Ele é o nosso comandante.
Kazuha: Dora, aquele que toca bateria (todos riem). (aqui há um trocadilho: a palavra bateria em inglês, “drums”, soa como “Doramu” em japonês; então ele diz, “Dora aquele que toca Doramu”)
Dora: Esse é o nosso guitarrista e confiável líder Kiwamu. Ele fundou o BLOOD e sempre nos salva graças ao fato dele falar inglês. Ele tem uma rica experiência em fazer turnê ao redor do mundo.
Kiwamu: JaME Europa. (todos riem)
Hayato: Eu sabia que você diria isso!
Kiwamu: Bem, eu deveria apresentar aquele ao meu lado, certo? (risos)

Hoje é o seu último show na Europa. Como foi a turnê? O que vocês gostaram? O que vocês não gostaram?

Hayato: Não aconteceu nada de ruim. Apesar de que foi um pouco difícil falar com os fãs porque o nosso inglês não é tão bom assim. Mas o público foi ótimo!

A sua agenda de shows da turnê foi um tanto apertada e vocês tiveram que tocar quase todo dia. Como vocês descansaram durante a turnê?

Kazuha: Nós gostamos da Europa, então andamos muito e tiramos várias fotos.

Qual país vocês mais gostaram?

Kiwamu: O melhor é sempre dizer aquele país onde você está. (risos)

Por que Azami não participou da turnê com vocês dessa vez?

Kiwamu: Por causa do orçamento. A turnê europeia é algo caro, é por isso que ele não pode vir conosco. Além disso, ele é membro de outra banda, Misaruka, e ele está muito ocupado tocando nela.

O que vocês pretendem fazer depois da turnê?

Kiwamu: Nós vamos tocar no Japão depois de amanhã. Nós vamos viajar amanhã, o dia todo, e imediatamente após chegarmos teremos um show.

Na Bélgica, vocês tocaram no festival Made in Asia. Como foi?

Kiwamu: Nós tivemos problemas com o som e o equipamento. Quando subimos ao palco não havia nada, exceto a bateria. (risos) O amplificador de Kazuha não funcionava e o microfone de Hayato estava quebrado. Eu tive que jogar água na primeira fila da pista, e somente Dora podia tocar.
Hayato: Ainda bem que tudo foi resolvido depois.
Kiwamu: Mesmo assim, depois da primeira música, eu pedi ao público que esquecesse tudo que aconteceu.

Vocês cancelaram o show na Rússia cinco anos atrás. Por quê?

Kiwamu: Eu queria tocar aqui, mas o promotor foi muito devagar. Várias agências de shows queriam nos convidar, porém o nosso promotor e os organizadores russos tiveram problemas. Houve um problema com os ingressos, é por isso que tivemos que cancelar tudo, e no lugar tocar mais um show em Vienna.

BLOOD está comemorando o seu 10º aniversário esse ano. Como vocês querem comemorar? Vocês planejaram alguma coisa especial?

Kiwamu: Talvez... Ano passado eu revivi a banda, troquei o estilo de música e compus novas canções. Eu tenho que ajustar a música para cada novo vocalista. Por causa disso, eu considero o BLOOD revivido como uma nova banda e não presto atenção a esse aniversário.

Logo vocês vão viver outra troca na formação porque Hayato os está deixando. Quais foram as razões para essa decisão e o que vocês vão fazer sem um vocalista?

Hayato: O principal motivo é que eu tenho outro projeto em que quero trabalhar, e vou dedicar todo o meu tempo e energia a ele. Sobre os planos do BLOOD ... deixem-nos falar por si mesmos.
Kiwamu: O som do BLOOD forma um determinado conceito. Sim, os membros podem variar, mas a atmosfera geral não muda enormemente. Ela continua sombria, pesada e gótica. Apesar de todas as mudanças de formação, BLOOD irá continuar o mesmo.

Kazuha, BLOOD é a sua primeira banda? Você tocou com outras bandas antes?

Kazuha: Sim, eu toquei em várias bandas no Japão.

Quais bandas, por exemplo? (todos riem)

Kiwamu: Ele trocou o seu nome artístico porque ele queria mudar completamente para tocar na banda. Ele não gosta de falar do passado.

Dora, os nossos leitores conhecem você graças à sua banda anterior Hibi subete wo nomikomu fukamoka. Entretanto, você mudou o seu estilo drasticamente quando você se juntou ao BLOOD. Como tudo isso aconteceu?

Dora: Para falar a verdade, eu não acho que a minha imagem anterior combinava comigo, então eu fiz experiências. Eu realmente amo o meu atual estilo e imagem.

Por favor, conte-nos mais sobre o seu single Unseen the NEW WORLD recentemente lançado.

Kiwamu: Eu queria fazer algo especial para essa turnê e para os nossos shows no Japão, que irão começar assim que chegarmos lá. Nós o gravamos especialmente para os nossos fãs. Eles podem comprar esses CDs somente nos nossos shows. Se eles vierem para ouvir as nossas músicas e comprarem um CD, eles irão sentir o seu caráter único. Nós fizemos isso de propósito. Eu espero que a gente venda todos eles.

Como vocês escolheram a imagem da capa?

Dora: As imagens do primeiro e do segundo lançamentos eram interligadas, mas nós queríamos tentar algo totalmente novo nesse single.

Estrangeiros vão com frequência aos seus shows japoneses?

Kiwamu: Sete anos atrás, quando fazíamos festas, havia até 20% de estrangeiros, porque elas eram festas góticas e industriais. Infelizmente, eles não vão mais com essa frequência. Eles vão, mas não há muitos deles.

Onde vocês gostam de tocar – no Japão ou no exterior?

Kiwamu: Em todo lugar! (todos riem)

Vocês foram uma das primeiras bandas de J-rock a tocar na Austrália. Por que vocês decidiram ir para lá e como foi?

Kiwamu: Eu pensei em fazer turnê no Sul naquela época porque todos queriam ir para lá. O fato é que nós fomos uma das primeiras bandas de J-rock não apenas na Austrália, mas em muitos países: como Alemanha, Grã-Bretanha, México... A Austrália tem um promotor legal, ele é meu amigo. Ele nos convidou e fizemos um ótimo show. Mas nós tínhamos que nos deslocar a cada show, as cidades eram longes umas das outras, e a gente levava muito tempo para chegar ao próximo local. Era extremamente cansativo, mas aquelas duas horas no palco compensaram tudo.

Hayato, você pode ser visto com frequência pulando do palco. Você faz isso apenas no Japão ou no exterior também?

Hayato: Eu sempre faço isso.

E os fãs? Eles não tentam sair da pista nessas horas?

Hayato: Não, ainda não.

Vocês tiveram tempo de visitar a cidade?

Kiwamu: O produtor local nos disse que não é seguro, então decidimos não sair. O pessoal gostou do spa.

Kazuha E da academia!

Vocês gostam de esportes?

BLOOD: (todos riem) Fazer shows é o melhor esporte para a gente.

Bem, muito obrigado por essa entrevista! Vocês podem mandar uma mensagem final para os nossos leitores?

Hayato: Eu estou feliz por ter tido a oportunidade de vir aqui e tocar em frente a uma plateia tão grata. E eu também estou contente por continuarmos a tocar no Japão. Eu vou trabalhar duro por todos vocês!
Kazuha: Eu vou tentar muito voltar a Europa e encontrar os nossos belos fãs novamente.
Dora: Obrigado a todos que foram à nossa turnê Europeia. Obrigado pelas memórias maravilhosas. Eu espero que aqueles que não puderam vir dessa vez possam vir na próxima.
Kiwamu: Eu fiquei muito surpreso quando os fãs russos perguntaram sobre o show que foi cancelado cinco anos atrás. Isso mostra há quanto tempo eles estavam nos esperando. Hoje você perguntou sobre isso – é incrível. Eu acho que não há tantas bandas que as pessoas queiram ver tanto assim. Então, hoje nós vamos dar o nosso melhor, e eu espero que voltemos logo.

JaME gostaria de agradecer à banda e Kirill Tverezovsky da J-Concert Agency por tornar esta entrevista possível, assim como a Sayaka Kamada pela tradução.
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