THE DECADE – Show de 10º Aniversário do the GazettE no Makuhari Messe

“Para expressar o amor de dez anos”, como a própria banda colocou, the GazettE reuniu por volta de 20.000 dos seus fãs mais fiéis para um show de retrospectiva em Makuhari Messe. Com as luzes ainda acesas, a multidão batia palmas, e vozes surgiam ao mesmo tempo em que os integrantes da banda apareciam um por um, enquanto imagens da banda ao longo de seus dez anos de estrada eram exibidas em dois gigantes telões.

Uma chuva de tiras prateadas caía do céu com uma explosão enquanto Miseinen começava o show. URUHA acelerou com um solo de guitarra flamejante e o público balançou os seus braços com a batida. “No baixo~!” RUKI gritou, chamando REITA para frente, a multidão acompanhando-o com gritos de “Hei!”. “Me emprestem as suas vozes!”, o vocalista exigia para Akai One Piece, e o público obedecia com prazer. Depois de outro incandescente solo de guitarra que trouxe URUHA para frente, com seus dedos sobrevoando as cordas, tudo se transformou em caos com o tão esperado bate cabeça.

Com cabelos voando e braços se movendo para a direita e esquerda com a coreografia, a multidão se aquecia para Haru ni chirikeri, mi wa kareru de gozaimasu. O complicado movimento de braços continuou, RUKI pulava efusivamente enquanto ele cantava ou fazia guturais. Curvando-se sobre a sua guitarra, URUHA tomou a casa de show com uma guitarra ardente que deixou o público apreciar por completo as habilidades do guitarrista, enquanto ele continuamente trocava a guitarra elétrica pela acústica.

“Bem vindos!” cumprimentou o vocalista. “Já são dez anos e nós queremos dividir hoje com vocês dez anos de trabalho duro. Vocês conseguem nos acompanhar?” E a multidão os acompanhou. AOI começou ~Zetsu~zetsu~, as luzes dançavam enquanto gritos de “Oi!” eram repetidos com a batida. As luzes rosa e roxas que cobriam toda a casa de show ajudaram a estabelecer o clima de Psychedelic Heroine. A música iniciou com um curto solo de bateria, KAI tocava a bateria com vigor antes que as palavras “Vamos dançar!” saíssem atrevidamente da boca de RUKI, enquanto eles embarcavam em um ritmo rápido e uma música alta que fizeram público e banda se sacudirem.

Do mesmo modo, SWALLOWTAIL ON THE DEATH VALLEY começou com um pequeno e impetuoso solo, dessa vez com REITA sob os holofotes. As guitarras se uniram ao mesmo tempo em que um ritmo eletrônico vibrante ressoava ao fundo, combinando habilmente com doces vocais. Uma cortina de fogo emergiu em frente a RUKI para Ganges ni akai bara, as luzes vermelhas e o tom dramático deram ao vocalista uma aparência demoníaca. O jeito como as palavras saíam de seus lábios não somente enfatizavam a letra da música, mas também adicionava algo de excitante à música. Ela foi um dos destaques do show, com instrumentos, vocais, e encenações atuando perfeitamente juntos para uma sólida performance visual e musical.

Algumas músicas lentas e populares seguiram, permitindo ao público apreciar totalmente a voz de RUKI e os instrumentais. Sumire com o seu chamativo piano foi seguida por Kareuta. Um grito de aprovação sacudiu a casa de show para o próximo e interrogativo lamento, acompanhado por perturbadores riffs de guitarra e poderosas linhas de baixo que agradaram os fãs. O show ficou ainda mais cheio de energia com o grande sucesso Cassis. Fiel ao PV da música e às apresentações anteriores, o vocalista tomou a frente com uma guitarra em suas mãos. Luzes rosa e roxas caíram sobre o palco, e AOI agora sentado, tocava guitarra acústica. Os agradáveis vocais se misturaram com baixo e bateria de forma poderosa, em uma nova versão do clássico, com riffs sólidos que deixaram claro a nova direção e evolução da banda.

“Eu estava nervoso antes de vir ao palco hoje porque é difícil traduzir dez anos de trabalho em um show, mas olhando os seus rostos a minha frente eu percebi que nada mudou”, o vocalista confessou em um MC emotivo. “Vamos fazer esse o mais excitante show de nossa carreira!” Com a demoníaca risada de RUKI ecoando pela casa de show, a banda mergulhou de cabeça em THE $OCIAL RIOT MACHINE$. Pulsantes punhos e gritos de “Oi” tomaram a casa de show a força. Com os quatro homens na frente batendo cabeça e a multidão os imitando, RUKI perguntou, “I am?”, e o público já vibrava, pois sabia o que estava por vir.

O chão tremeu com as músicas pesadas que se seguiram, enquanto o público pulava e batia cabeça freneticamente com Ruder, VERMIN e VORTEX. Se movimentando bastante, the GazettE demonstrou um excelente domínio da plateia, encorajando os fãs a seguirem a coreografia e se movendo pelo palco constantemente. O público foi transportada para as profundezas do inferno à medida que uma fumaça adentrava o palco sob fortes luzes vermelhas para HEADACHE MAN. A multidão girava insanamente, e corpos se chocavam, no maior estilo bate-bate. O público continuava se debatendo em IN THE MIDDLE OF CHAOS, banda e fãs dando tudo de si antes que o caos se instaurasse com Filth in the beauty. A música começou com um grito, corpos se moviam em sincronia com a energética coreografia que fez a multidão pular, bater cabeça, e se envolver em si mesma enquanto gritavam com a banda.

Eles não tinham ainda saído do palco quando os pedidos pelo encore começaram de forma alta e intensa. KAI e REITA voltaram para a instrumental Ride with the ROCKERS, compartilhando com os fãs algumas ternas palavras. A forte chuva que caía desde cedo naquele dia abriu a conversa e o baixista exclamou, “Parece que o tempo está ruim para o nosso show de décimo aniversário”. Como se não quisessem perder para a chuva, bateria e baixo começaram um escaldante dueto. “Eu quero agradecer a todos por estarem hoje, aqui! Eu preciso admitir que seria mais legal se tivesse um tufão lá fora, mas chuva...” KAI confessou com um sorriso. “Por favor, se divirtam! Vamos!” A música instrumental continuou por mais alguns minutos, agora os guitarristas ajudavam com os guturais enquanto a multidão agitava os punhos.

Com RUKI de volta ao palco, as populares e nostálgicas canções continuaram. A plateia entrou em frenesi com Nausea & Shudder, se envolvendo em si mesma nas partes pesadas, ou cruzando os braços no ar nos momentos mais leves. Muito dramático, RUKI se envolvia com a música, seus braços contorciam vagarosamente para enfatizar a letra. REITA dominou 14sai no knife e a sólida linha de baixo continuou em Dorodarake no seishun.

“Obrigado por terem vindo hoje!” o vocalista agradeceu aos fãs solenemente. “Depois de dez anos nós estamos aqui! Nós fizemos o nosso primeiro show em Meikan (uma casa de shows famosa), mais ou menos a essa hora, dez anos atrás. Nós tínhamos dez pessoas nos assistindo naquele momento!” ele lembrou com um sorriso, mostrando os dentes. “Nós éramos uma banda estranha... bem, nós ainda somos estranhos!” o público riu com RUKI antes que ele continuasse. “Nós viemos do nada, mas nos mantivemos positivos e andamos por um longo caminho. Muitas coisas boas e muitas coisas ruins aconteceram ao longo desses anos. Houve momentos em que a gente achou que não conseguiria nada, em outros momentos achamos que talvez nós devêssemos desistir. É graças a todos vocês que acreditaram na gente, que continuamos e estamos hoje, aqui! Eu amo vocês!”

Braços se moviam para a direita e para a esquerda em Anata no tame no kono inochi para os potentes riffs de guitarra que trouxeram URUHA para frente do palco. “Bem vindos ao inferno!” gritou RUKI, fazendo cabeças baterem violentamente para a popular Kanto dogeza kumiai. Como um só, a casa de show se sacudiu para a música conhecida, em um memorável momento visual. Enquanto o local batia cabeça loucamente ao som dos efusivos gritos de “Oi!”, a banda se movia fazendo uso de todo o palco, e proporcionava algumas cenas mais quentes, bem recebidas pelos fãs. O rebolado de AOI foi particularmente divertido.

O show terminou no mesmo estilo com LINDA~candydive Pinky heaven~. Cabelos se esvoaçavam e corpos se debatiam quando fãs e banda deram tudo de si na última música. Entre aplausos e gritos, a banda fez reverências, dando adeus. Knocking on heaven’s door do Guns N’ Roses era tocada ao fundo enquanto a multidão gritava “Encore” repetidamente.

“Há uma música que gostaríamos de tocar para vocês! Se não fosse por essa música, não haveria the GazettE! Ela foi a nossa primeira música e para nós ela é muito importante!” Com essas palavras RUKI anunciou Wakaremichi. Esse foi um belo instante em que a plateia cantou em uníssono enquanto os instrumentos pararam em um momento tocante. Shunsetsu no koro concluiu o show, e uma chuva de confetes brancos caía em cascata do céu.

Antes de sair, a banda dividiu algumas emocionantes palavras com os fãs. “Eu nunca pensei que continuaríamos por dez anos. Parece um sonho!” admitiu RUKI claramente emocionado, e com um sorriso acrescentou, “Sim, há alguns que estão prestes a chorar!” A casa de show ficou em silêncio. “Nós somos uma banda, mas na verdade, somos cinco pessoas seguindo juntos em direção a um sonho. Obrigado a todos, nós tivemos um bom momento! Com o seu apoio nós iremos continuar e celebrar vinte, trinta, quarenta, cinquenta anos juntos! Eu gostaria que todos segurassem as mãos das pessoas perto de vocês. Sim, eles podem feder, mas vocês são todos amigos!” Com um agradável sorriso mostrando os dentes, ele acrescentou, “Vamos todos para o espaço, todos juntos em um só pulo!”.


SET LIST

Miseinen
Akai One Piece
Haru ni chirikeri, mi wa kareru de gozaimasu
~Zetsu~zetsu~
Psychedelic Heroine
SWALLOWTAIL ON THE DEATH VALLEY
Ganges ni akai bara
Sumire
Kareuta
Cassis
THE $OCIAL RIOT MACHINE$
Ruder
VERMIN
VORTEX
HEADACHE MAN
IN THE MIDDLE OF CHAOS
Filth in the beauty

ENCORE
Ride with the ROCKERS
Nausea & Shudder
Juuyonsai no Knife
Dorodarake no seishun
Anata no tame no kono inochi
Kanto dogeza kumiai
LINDA~candydive Pinky heaven~

ENCORE 2
Wakaremichi
Shunsetsu no koro